𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢

014: Uma Jogada De Mestre

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◆   Boa Leitura     ◆

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Sentada no sofá, Hayun passou horas naquela posição desde que Yibo deixou sua casa, a mulher teve um ataque de fúria que faltou realmente pouco para ela descontar sua raiva em objetos da casa, mas não, ela não poderia dar esse gostinho ao irmão, ela era mais esperta que isso — ela só precisava pensar — passando furiosamente as mãos no cabelo, ela se inclinou para frente e fechou os olhos, respirando fundo ela tentava se acalmar, embora aquele breve momento de perda de controle, não a afetou tanto, pois sabia o quanto era esperta, sempre conseguia tudo que queria, e não era agora que não não faria de novo. Sendo impedida de pensar, Hayun olhou para a porta de entrada quando escutou o barulho do carro do marido, aquilo foi o suficiente para ela sorrir, então ela desfez o sorriso quando a porta se abriu, colocou as mãos no rosto fingindo um choro desesperado.

— Linda? — preocupado ao ver o estado da esposa, Len soltou a maleta no chão e correu até a mulher que não parava de chorar. — Ei, vamos conversar.

— Ele.. ele veio aqui. — gaguejando, ela soluçou, com as mãos trêmulas, Hayun abraçou o marido com força e chorou. — Yibo veio aqui. Ele me disse coisas horríveis.

— Como ele nos encontrou? — tentando ser calmo e não descontar nenhum tipo de raiva na amada, ele respirou fundo.

— Não sei, mas ele veio, disse que irá tirar o nosso filho. — afastando para olhar o homem, ela derramou mais lágrimas, colocou as mãos no rosto e grunhiu. — Por favor, não deixe ele tirar o nosso menino.

— Fica calma, não vai acontecer nada. — abraçando ela novamente, o homem beijou sua cabeça demoradamente. — Ninguém vai tirar Yuam de nós, não se preocupe.

— Eu tenho tanto medo que.. que ele consiga. — confessou baixinho apertando o homem ainda mais em si. — Por favor, traga Yuan para cá, eu preciso saber que ele está seguro.

Mesmo cansado do trabalho, Len não se importaria de ir do outro lado da cidade buscar seu filho na casa de um amiguinho de escola, não só Hayun, mas ele também se preocupava muito com o menino.

— Claro, mas tente se acalmar, ele não pode ver você assim, tudo bem? — acariciando o rosto dela, ele secou as lágrimas e ela assentiu.

— V-vou tentar. — respirou fundo e forçou um sorriso.

O homem beijou brevemente a amada e saiu, ainda bem mais preocupado do que estava. Quando a porta foi fechada, Hayun arqueou a sobrancelha e logo ouviu o carro ligar, rapidamente ele secou o rosto e gargalhou se jogando no sofá colocando as mãos atrás da cabeça.

— Tão bobo. — ela falou baixo, cheia de sarcasmo.

Encarando o teto, Hayun passou a pensar como seria diferente se o irmão não tivesse entrado em seu caminho, seria muito mais fácil e bom, com certeza ele não teria passado por tudo aquilo, mas o fato de ser tão ingênuo e ao mesmo tempo curioso, acabou pagando o preço por isso, simplesmente por ter tirado o'que seu, — Jhon-Len sempre foi seu — voltando ao passado, sim, ela sempre quis ter um irmão, mas não pensava que isso seria bem mais difícil do que imaginava, ela gostava de brincar com o jovem, contar histórias e fazer um monte de besteiras infantis, mas ela era apenas uma criança, quando os anos começaram a passar e Yibo passou a ter bem mais destaque que ela, inicialmente não havia sido um problema, ela sabia do seu potencial, caráter e beleza, mas no momento em que Yibo resolveu aparecer com o homem que ela gostava a muito tempo mas que não tinha coragem de falar, tudo começou a desandar, claro, era apenas o começo para o inferno de sua própria existência.