Rebecca Oliveira:
Minha vó estava sentada ao meu lado contando como foi difícil entrar no hospital e que tinha uma multidão chamando pelo Pedri. Gavi tentava acalmar o moreno que estava apavorado.
— Eu sou acostumado com muitas pessoas em cima de mim só que, agora é uma situação totalmente diferente. — Pedri diz suspirando e eu vou até ele.
— Vai dar certo González. — segurei seu rosto. — Vamos passar por isso juntos, já estamos enfrentando dores demais sozinhos.
— Eu não quero te machucar, já te machuquei demais. — suspirou. — Meu sobrenome foi o motivo da morte de sua mãe, eu não posso deixar que carregue esta dor.
Ele chorava. Chorava muito. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, ele se virou ficando de costas. Pedri não conseguia me encarar, ele se sentia culpado por algo que ele não tinha culpa.
Me aproximo dele e o abraço por trás, forte para que ele não se solte. Encosto minha cabeça sobre suas costas e digo:
— Não se afaste de mim, não me deixe sozinha. — apertei ainda mais. — Você não é culpado e mesmo que se sinta culpado não se afaste de mim. Me ame, me ame com intensidade e cuide de mim que eu cuidarei de você, estou aqui para cuidar da sua dor e da sua ferida.
Ele se vira pra mim e retribuí o abraço.
— Vou te proteger desse povo desocupado González, vou fazer você entender que não é culpado e que eu Rebecca Oliveira preciso do meu moreno ao meu lado.
— Eu te amo, sério eu não sei como eu enfrentaria tudo isso se você não tivesse me perdoado e tivesse virado as costas para mim.
— Eu não te odiei, eu só fiquei magoada e tudo me fez te culpar. — beijei sua bochecha. — Me sinto mal por isso.
— Tá tudo bem linda. — ele deixa um beijo no canto da minha boca.
— O casal vai parar de melação ou querem que eu vá pegar papel higiênico? — Gavi pergunta e Pedri mostra o dedo do meio pra ele. — Fernando chegou Pedri.
Pedri suspirou quando viu o irmão entrar e logo se aproximou do mesmo abraçando com força, novamente ele começou a chorar e o irmão dele sussurrava coisas em seu ouvido.
Me aproximei da janela e vi a multidão com vários cartazes, alguns até diziam "Justiça pelas vítimas", bando de hipócritas. Até uns dias atrás estavam parabenizando Pedri pelo ótimo desempenho na seleção espanhola e hoje estão aqui julgando sem saber.
Me virei encarando Pedri que ainda continuava abraçado com o irmão, ele tá enfrentando tantas coisas, está passando por tantos problemas. Se olharmos bem para ele é perceptível o quanto está exausto e esgotado.
Meus olhos lacrimejaram, me viro novamente para a janela e passo a mão sobre o gesso. Se eu ainda fosse criança eu estaria pedindo as assinaturas dos meus amigos para por aqui. Sempre tive esse sonho.
Respirei fundo para não desabar ali mesmo, eu tinha que ser forte — ou melhor tentar não é mesmo!? Pelo Pedri.
Sinto Gavi se aproximando, ele passa as mãos pela minha cintura e me abraça forte enquanto escora minha cabeça em seu ombro.
— Não fique olhando esses cartazes. — ele diz e depois encerra o abraço. — Sabe, — ele encara Pedri. — Ele sempre foi chorão, ele tem muita dificuldade de lidar com os problemas.
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Yellow - Pedri González
FanfictionQuando seu mundo está em cinza, é muito difícil dar uma nova coloração a ele. Percas, decepções, problemas, é tudo tão sufocante que chega a ser impossível dar uma tonalidade viva para o mundo dentro de nós, mais como sempre dizem: Ainda há esperanç...