XXIX

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REBECCA OLIVEIRA:

Depois que fui obrigada a ir pra casa descansar eu não consegui pensar nos melhores cenários, na minha cabeça eu só via o Pedri dizendo que não era o momento para ter filhos e o pior era que eu não consegui dormir com esses pensamentos me atormentando.

Vejo meu celular vibrando e meu coração erra uma batida quando vejo o nome do Fernando ali, no pior das hipóteses eu pensava que o Pedri havia piorado.

— Desculpa se te acordei Becca, mas o Pedri está te chamando que nem louco. — automaticamente eu abri um sorriso.

— Diz pra ele que Jajá chego aí e que tenho uma surpresa.

Após isso a chamada é encerrada e começo a me organizar para ver o meu gatinho, eu estava nervosa,  ansiosa e com certeza com medo. No entanto eu sei que ele não é uma pessoa mal e vai entender independente da situação.

Pego meu celular e dou partida para o hospital, meus pés batiam freneticamente no chão do carro e minhas mãos estavam trêmulas. Um ato que me acalmou foi quando eu acariciei minha barriga e desde então eu comecei a ficar calma.

Adentrei no hospital e vejo que não tinha muita gente ali na sala de espera, apenas Gavi, Ferran, Ansu, Balde e Fernando. Creio que a mãe do Pedri foi descansar, os olhos vermelhos dos meninos indicava que eles passaram a noite em claro.

Cumprimento a todos e Fernando me leva até o quarto de Pedri, minhas mãos se esfregavam uma na outra tentando conter o suor, respiro fundo antes de tocar a maçaneta.

— Vai ficar tudo bem Becca. — Fer diz me abraçando.

— Obrigada. — dou um sorriso antes de me afastar e abrir a porta.

Pedri estava encarando o chão quando eu entrei, seus olhos subiram indo de encontro aos meus e um sorriso se abre em seus lábios. Ele tinha a cabeça enfaixada e algumas agulhas em suas veias, ele deu dois tapinhas na maca para que eu me sentasse ali.

— Desculpa pelo susto minha gatinha. — ele diz segurando minha mão.

— Você quase nos matou de preocupação. — digo me referindo a criança também.

— É eu sei, o Ferran me disse que a mamãe e você passaram mal.

— Eu te amo González, por favor não faça mais isso. — acaricio seu rosto.

— Eu nunca havia usado drogas então não sabia o efeito, eu só queria fugir da realidade um pouco. — ele diz com a voz rouca.

— Pesquisa antes. — digo brava. — E não quero saber de você usando essas coisas nunca mais pelo nosso bem.

— Eu sei gatinha.

— Promete?

— Prometo. — ele diz me encarando. — Você está mais gordinha ou é impressão minha?

— Impressão sua. — minto.

— Não linda, você realmente está mais cheia. Será que é preocupação? Desculpa amor.

— González. — ele me observa. — Lembra da surpresa?

— Sim. — ele responde entrelaçando nossas mãos. — O que é?

Yellow - Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora