Capítulo XVIII

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AVISO IMPORTANTE:

Este capítulo pode conter cenas sensíveis ou gatilhos, se não se sente confortável pule o capítulo por favor.

Boa leitura.

Rebecca Oliveira:

Meus olhos estavam pesados faziam exatamente uma hora que Pedri estava dentro daquela sala de cirurgia, ele havia perdido muito sangue e passou muito tempo sem oxigênio.

Eu estava com muito medo de perdê-lo, não posso perder mais uma pessoa importante na minha vida. Eu não conseguiria suportar, é tão sufocante a sensação de ver quem você ama indo embora e você ficando para trás.

É como se fossemos imortais e quem amamos fosse meros mortais, o doutor falou que o estado dele era muito grave e que qualquer erro seria o fim de sua vida.

Todos os amigos dele já estavam aqui e as mídias já noticiaram pro mundo inteiro o ocorrido, minhas lágrimas escorriam e pingavam no chão como a chuva que caía em um dia de tempestade.

Era uma dor insuportável, meus pés batendo freneticamente no chão e a vontade de vomitar era grande. Ânsia de vômito, dor de cabeça e tontura era uma das coisas que mais me deixavam mal.

O pior de tudo era a enfermeira que não parava de insistir para me examinar, neguei diversas vezes no entanto Gavi me convenceu a fazer uma checape rápida.

- Já disse que estou bem Gavi.

- Becca não é normal uma mulher ter esses sintomas e estar bem. - Gavi retruca e eu bufo.

- Claro que é, eu estou morrendo de preocupação com o Pedri. - digo e Fernando vem até mim e segura minhas mãos.

- O Pedri com certeza iria querer que você se cuidasse, além disso ele vai ficar bem. - Fernando diz sorrindo fraco.

- E se ele não ficar bem? E se ele partir? Eu estrago tudo ao meu redor. - entro em desespero. - Não quero perder ele Fernando, traz ele de volta por favor.

- Eu prometo que vai ficar tudo bem. - Fernando diz. - Agora prometa que vai deixar te examinarem!

- Tudo bem, por favor não minta pra mim sobre o estado do Pedri. - digo e ele concorda.

Sigo a enfermeira e Gavi vem logo atrás de mim, sendo sincera eu não via necessidade de me examinarem as dores e tonturas nem estavam tão fortes.

Me sento e encaro Gavi que por fora tinha um sorriso e um semblante confiante, quem não conhece ele de perto até acreditaria. Mas eu o conheço, eu sei que ele está chorando por dentro.

- Pode deitar por favor? - a enfermeira pergunta e eu concordo.

Gavi segura minha mão e eu fecho os olhos já sentindo o medo me sufocar, eu só pensava em uma pessoa. Pedri González.

Como eu queria estar no lugar dele, queria salva-lo e fazer ele se esquecer de mim, porque sei que eu sou o motivo de tudo isso estar ocorrendo com ele.

Depois de alguns minutos a enfermeira encerra e pede para que aguardemos dez minutos, fico em silêncio apenas observando o teto branco.

Yellow - Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora