- LAR DOCE LAR -

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A PORTA foi fechada com tamanha força que chegou a assustar as duas pasaageiros da frente. As garotas olharam rapidamente para o banco de trás, vendo o vampiro suspirar, jogando o cabelo para trás.

— Seja delicado, o carro é novo. — A morena no banco do passageiro avisou.

— Desculpe, eu tomei café demais. — O acastanhado enunciou, se jogando no banco de trás.

— Uh, ele está ansioso para ver a ex dele. — Millie zuou, com um sorriso divertido no rosto.

— Cala a boca. — Matt jogou um saco de batatinhas na bruxa, mas seu reflexo foi rápido em pegar. — Vai me dizer que você não está com saudades do seu lobinho raivoso, seu primeiro amozinho.

Millie sentiu seu coração acelerar ao ouvir as palavras de Matt. Ela ainda se lembrava dos momentos com o Dunbar, do jeito do garoto, do seu cheiro, de seus lindos olhos, mas ela preferia confiar que isso não lhe afetaria. Já havia se passado muito tempo, seu sentimentos eram antigos.

— É mesmo, mas eu acho que ele está no japão. — disse Lexie, começando a dirigir. E Millie soltou o ar que ela nem sabia que estava segurando.

Eu já superei, superem também. — a morena exclamou. — Faz 15 anos, um crushzinho não dura tanto.

— É, faz 17 anos que eu sou apaixonada por seu pai. — Lexie indagou, olhando para Millie.

Um ano após o casal se casar, resolveram que adotariam Millie, e desde então, eles vivem como uma família.

— Aí, cadê meu detetive favorito? — questionou Matt, sentindo falta de Stiles.

— Ah, eu mandei ele não vir. Essa cidade trouxe muitas cicatrizes para nós dois, não quero que mais coisas assim aconteçam. — Lexie explicou. — Eu sei que agora ele é um vampiro, mas isso me dá mais medo.

— Por que? — Matt questionou. — Ele tem velocidade e força para se defender, e ainda tem a cura.

— É, mas fica mais fácil dele morrer com uma estaca em seu coração, e aí, eu não vou poder dar meu sangue para cura-lo. — Lexie contou, olhando para a pista, sentindo-se mal.

— Mãe, não vai ser tão fácil assim para ele morrer. — Disse Millie.

Lexie apertou os volantes, lembrando-se dos últimos 15 anos que passou. Lembrando-se das perdas que teve.

— Eu vi umas das pessoas que eu tinha como mãe morrer queimada na minha frente, em logo alguns dias depois vi meus tios, os originais, aqueles que não deveriam morrer tão fácilmente. — Lexie engoliu seco, se lembrando de tudo. Aquilo foi o motivo pelo qual ela e Lydia se afastaram um pouco. — Eles morreram na minha frente, viraram pó, como se não significassem nada. Eu não quero que o mesmo aconteça com Stiles.

— Eu sinto muito minha amiga. — Matt estendeu o braço, apertando o ombro da loira.

— Faz 15 anos, mas eu nunca vou conseguir superar aqueles dois segundos. — Lexie enunciou, sentindo seu peito apertar.

— Nós nunca superamos, apenas aprendemos a viver com a dor. — Millie indagou, segurando a mão de Lexie sob o volante.

E assim eles começaram uma viagem silênciosa até Beacon hills, presos em suas próprias mentes, turbinados de pensamentos.

Ao amanhecer, eles já haviam entrado em Beacon hills, e foram direto para o ponto de encontro marcado com Scott.
Lexie estacionou seu carro bem atrás de um carro azul, que estava atrás de um vermelho. O azul com certeza seria o de Lydia, aquela garota tinha uma fixação por azul e também aquele era o carro que Nicklaus havia dado para ela.

Lexie abriu a porta do carro e desceu do seu carro. Ao pisar o pé no chão, pode sentir arrepios passar por sua pele. Aquele lugar sempre lhe traria arrepios, era o lugar onde havia perdido sua melhor amiga.

Enquanto ela andava em direção ao seus melhores amigos, flashs se passavam em sua cabeça. Scott e Lydia se abraçavam quando ouviram Lexie se aproximar. Os dois se distanciaram olhando para Lexie, um sorriso se formou no rosto de Scott, enquanto Lydia se remexia inqueita. A loira correu em direção aos amigos, agarrando os dois em um abraço.

— Você não mudou nada, garota. — Scott comentou, com um sorriso divertido. — Eu estou ficando velho e careca, mas você ainda parece uma garota de 16 anos.

— São os novos produtos Lydia Martin que eu estou usando. — Lexie brincou, arrancando uma gargalhada dos amigos.

— Obrigado por virem tão rápido. — Disse o Mccall.

— É estranho estar de volta. — Lexie indagou, se soltando de seus amigos.

Atrás dela vinham Matt e Millie, a mais nova foi em direção a Lydia e a abraçou, enquanto Matt dava um aperto de mão com Scott.

— Você tá tão grande, garotinha. — Scott sorriu para Millie, a puxando para um abraço.

— Mas não deixa de ser nossa garotinha. — Lydia enunciou, sorrindo para as garotas.

Seu olhar se encontrou com o de Lexie e um leve desconforto se estabeleceu nas duas, lembrando da última vez que se viram.

— Eu senti sua falta, Lyd. — Lexie se aproximou, acariciando o braço de Lydia.

— Eu também senti muito sua falta. — Lydia sorriu fraco, puxando Lexie para um abraço novamente.

— Então, foi aqui que tudo rolou? — Matt perguntou olhando para o local cheio de mato.

— Está diferente de como estava, mas foi sim. — Lexie confirmou, segurando a mão de Scott.

— Acha mesmo que é tudo verdade? Que a Alisson tá presa e não consegue atravessar? — Lydia questionou seus amigos.

— Eu não sei, mas se vir aqui e fazer isso, ajudar ela, e ninguém mais se machucar, eu topo tentar. — Scott confirmou.

— Tá bom. Vamos tentar. — Lydia assentiu, abrindo um envelope. — A gente precisa de um punhado de terra do chão onde a Alisson morreu.

— Tá. — Scott confirmou, se abaixando no chão.

O homem passou a mão pelo chão duro. A terra onde a Argent havia morrido estava bem embaixo. Lexie se agachou ao lado de Scott e segurou sua mão, fechando seu punho. Em seguida a loira se afastou e o moreno socou o chão, fazendo ele quebrar.

Mccall se levantou com um punhado de terra na mão e colocou em um pano.

— É melhor um saco. — Lexie entregou para Scott, colocando o pano e a terra juntos.

— E agora? — Scott perguntou.

Lydia assentiu para o Mccall segui-la, assim como os outros amigos, e todos foram para seus devidos carros.

Lydia assentiu para o Mccall segui-la, assim como os outros amigos, e todos foram para seus devidos carros

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𝙈𝘼𝘿 𝙒𝙊𝙍𝙇𝘿, ˢᵗⁱˡᵉˢ ˢᵗⁱˡⁱⁿˢᵏⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora