Garoto de programa não... acompanhante de luxo

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Tay já havia trocado de roupa umas mil vezes. Ele não sabia o que vestir, como se vestir. No final, um pouco cansado, ele resolveu ir como sempre se vestia; simples. No entanto, se arrependeu na hora que chegou. O local era chiquérrimo.

Na mente dele,  chegaria e teria pessoas transando nas mesas, homens nus, rolação de sodomia e etc, mas não. Era uma perfeição só.

Entrou por uma porta estreita. No final, a recepcionista explicou as regras e conferiu o seu cartão.

Era tudo incluso mesmo. Ela também falou que o acompanhante não era obrigado a fazer sexo. Cada um tinha que respeitar a decisão do parceiro.

Quando tudo estava acabado, Tay entrou no lounge, onde já tinha uma pessoa lhe aguardando.

Ele suspirou. O acompanhante era deveras lindo, bronzeado, novo; muito novo.

"Será que era uma rede de tráfico humano e ele estava saindo com um menor de idade?", ele questionou rapidamente em sua mente.

Não. Seu amigo era advogado e saberia disso de primeira.

A recepcionista o deixou sozinho e ele esqueceu, por um momento, como se andava.

Macau sorriu. Ele havia percebido que o outro estava nervoso. Ele também estava. Bom, não era nervosismo em si, ele estava emocionado. Não sabia explicar o motivo para tal emoção.

Conseguindo controlar melhor suas emoções, Macau se aproximou e logo depois se apresentou.

-—Macau!

Tay estava tão aéreo que respondeu:

-—Macau!

-—Jurava que seu nome era Tay. É difícil ter dois Macau no mesmo ambiente —Tay se deu conta do que tinha feito. Ele ficou rapidamente vermelho.

-—Desculpa, me atrapalhei. Sou o Tay, prazer.

-—Espero que seja prazer mesmo, Tay - Se ele pudesse, ele sairia correndo dali.  Estava com vergonha, muita vergonha.

Ele logo mudou de assunto.

— E então? Bonito aqui, né?

Macau continuava imponente. Olhou Tay de cima a baixo.

— Lindo!

Por um minuto, a certeza que a resposta não foi sobre o lugar.

—Quantas coisas gostosas, vou experimentar todas!!

Realmente a mesa de bebidas e comidas estava repleta de variedades. Tinham coisas que Tay nunca havia visto ou provado.

Macau só se divertia. Passando algum tempo que Tay continuava a comer. O outro resolveu que era hora de parar.

-—Acho que você já experimentou demais, está na hora de experimentar outra coisa… —Sugestivo, Macau falou enquanto tirava o copo da boca de Tay.

Era muita tentação. Tay olhou para aquele homem tão perto, a sua insinuação era bastante clara. Ele sorriu. Ele iria aproveitar. Quando estava se ajoelhando e já estava se imaginando com o membro do outro na boca, Macau colocou uma garrafa de água para freá-lo.

- Água! É disso que você precisa!! - Matar alguém, era isso que ele precisava. Só de raiva, Tay pegou a garrafa e bebeu de uma vez.

Erro número um: O vômito veio logo em seguida.

Erro número dois: Nunca, nunca corra quando estiver vomitando e bêbado. A queda era e foi certeira.

Só restou se fingir de morto e se lamentar.

Macau de primeira ficou preocupado, mas depois não segurou o riso.

Levantou Tay e o fez tomar banho em seguida.

Tay não deu uma palavra sequer. A cachaça antes de matar ela humilha, humilha muito mesmo.

Macau lavou a roupa de Tay na pia e colocou perto do aquecedor. Deu o blazer pra ele se cobrir, mas Tay preferiu o lençol.

Abraçando Macau, Tay dormiu o sono que há muito tempo não dormia.

Macau não queria acreditar que veio a procura de sexo e outras drogas, mas acabou a noite admirando um bêbado lindo dormindo.

O mais estranho é que ele sentia que já tinha vivido aquilo. Trazia uma certa sensação de conforto ali que ele não conseguia explicar.

Também se aconchegou quando o sono chegou, sentindo a respiração do outro em sua face. E sem perceber, dormiu sem esforço. Nem ele mesmo acreditou naquele milagre.

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