Pete e Vegas

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Assim que Pete entrou em casa, ele sorriu.

A vista das costas do marido era uma das melhores. Só perdia para outra parte quase que sempre coberta em público.

— Cheguei vivo.

-—Ainda bem, pois caso contrário, os outros estariam mortos.

-—Exagerado. Gun está insuportável como sempre. E Eu? Atrevido como sempre. Mas a novidade foi Tay.

— Macau levou Tay? Mas…

— Mas nada. Macau está apaixonado. E Tay precisa ter a opção de escolher.

— Como  você não teve - Pete abraçou o marido.

-—Eu sempre tive e tenho, mas eu sempre vou escolher você.

— Eu também.

Vegas amava aquele homem de todas as formas. Nem ele sabia definir o quanto era grande o seu amor, ou o quão longe ele poderia ir para tê-lo por perto.

Ele só queria que Macau sentisse isso também. E se era Tay, que ele conseguisse suportar todo esse fardo.

Todo mundo quer ser da Família, mas nem todos querem pagar o preço.

********
— Vamos namorar.

— Não.

— Só um pouco.

— Não.

— Um tiquinho assim— Macau respondia risonho. Nem lembrava mais do estresse que foi ter encontrado o seu pai.

— Você está insaciável, porém...não posso te levar mais uma vez ao hospital pelo mesmo motivo, Tay.

—Era meu último pedido. Estou voltando para casa. Você sabe, né?

— Quantas últimas transas você vai pedir antes de ir?

— Quantas eu puder. Bem que dizem viu...Só foi eu parar de te pagar que o ritmo diminuiu.

— Falador. Quando eu te pegar, você vai engolir cada palavra.

— Só a palavra que vou engolir é?...

"Lembrar de não dar mais doce para Tay. Ele está impulsivo!!", Macau suspirou em seu peito.

-—Queria te levar pra um jantar lá na casa do meu irmão, porém vai ter mais gente lá.

-—E você tá com vergonha de mim?

-—Eu estou com vergonha é deles, Tay.

-—Se você transar comigo, eu vou —Macau não respondeu. Só balançou a cabeça que não.

Tay estava prestes a voltar à vida real. Ele queria aproveitar até os últimos minutos com seu Macau.




Quando chegaram na casa de Vegas, Tay ainda quis desistir, mas continuou.

Para a surpresa dele, Vegas foi quem abriu a porta, o recebendo com um sorriso carinhoso nos lábios.

Não foi para o irmão. Aquele sorriso foi para ele.

Deu medo. Muito medo.

A casa era linda e enorme. Pete estava trazendo mais comida para a mesa.

Sorriu quando viu Tay.

— Pensei que Macau não iria vir — Disse abraçando o cunhado.

-—Ele está topando tudo pra fugir de mim — Pete sorriu. Não entendeu, mas logo logo iria perguntar sobre isso.

Quando todos estavam na mesa, Kinn chegou. E para a alegria de Tay, Porsche o estava acompanhando.

Enquanto Vegas estava conversando com Kinn, Pete, Tay e Porsche estavam batendo papo.

— Ouvi dizer que você esteve no hospital, Tay?

— Não é que foi verdade. O médico quase morreu de rir. Só que por isso, Macau não quer nem encostar em mim. Estou me sentindo um virgem imaculado.

— Não lembro de você tão ativo assim não. O que mudou? — Porsche perguntou rindo.

— O macho mudou...e você seu danadinho!! Está recebendo pra sair com um gato daqueles.

-—Tay…

— Pete não vai te julgar. Ele é um dos nossos.

-—Nunca. Nem posso.

—Não transei com Kinn.

—Pois deveria, só ouvi coisas boas sobre ele.

—E você, Pete? Seu marido é um pedaço de mal caminho.

— Meu marido é mesmo viu. Só de olhar pra ele, já quero sentar. Nós deveríamos acabar com essa reunião, e ficar com eles.
********



—Você está namorando esse Tay, Macau? — Kinn fala sem nem se tocar.

—Esse Tay não, Kinn. Meu Tay.

-—Modo de falar.

— E você?

— Eu não namoro, Macau.

— Sim, Christian Grey. “Eu não transo, eu fodo”. Seus olhos nem piscam quando olha o moreno tatuado ali.

— Macau — Vegas também achava aquilo. Mas hoje eles decidiram dar uma trégua, então ele ia respeitar.

Olhou o marido rindo com os outros. Ele era tão pitico no meio dos dois. Porsche bem bronzeado, Tay branquelo e Pete no meio, um toquinho de gente.

O coração de Vegas apertou.

Pete estava contando uma história muito focado, e aquela cara não enganava Vegas: ou era maldade ou era safadeza.

E ele torcia para ser a segunda opção.


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