sorte ou azar

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—E ai como foi? Conte logo.
Tay suspirava.
—Foi bom.
—Vish, me falaram que Lyon era o melhor. Mas acho que não.
—Macau. O nome dele é Macau.
Porsche levantou as sobrancelhas.
— Não tem nenhum Macau na empresa Tay.
—Como você sabe? Por acaso trabalha nela e não me contou?
—Um...amigo trabalha lá...mas deve ser novato.
—Pois é,deve ser. Ele era bem novinho mesmo. Mas...- colocou a mão na boca—eu fiquei bêbado e não rolou.
—Tem certeza que não aconteceu nada?
A preocupação estampada na cara do amigo.
—Aconteceu...eu bebi, vomitei e cai. Pronto resumo da noite.

O amigo caiu na risada. Só Tay mesmo para conseguir tudo isso em um encontro.
—olhe pelo lado bom...nenhum cliente será igual a você.
*********

Já na mansão, Macau estava relaxado. Sentado na sala com o computador ligado. Sorria lembrando da cena. Ele ainda se perguntava se teria feito errado deixado seu número para o cliente.Não resistiu. Não queria largar Tay e algo dizia que isso não iria mudar com o tempo.
—Sorrindo sozinho. Cara de quem está descansado. Hum, acho que passou a noite namorando.

O cunhado fala alisando os cabelos do outro.
—Sim e não. Passei a noite muito bem mas não transei.
—Sem pesadelos?
Balançou  a cabeça que não.
— Então agarre esse homem pois ele é pra casar.
—Quem te disse que era um homem?
—Meu bem, pra cima de mim? Você pode pegar mulher, mas é de homem que você gosta. Todo mundo aqui é gay, tá decretado. Sabia não?
Macau balança a cabeça rindo.
—Por que você não se apaixonou por mim? Seria tudo tão fácil...
—Never. Você é um amor de pessoa.Mas sabe o que isso importa pra mim? Nada! Eu gosto é de um criminal.
—Maluco. Jantar às nove viu. Vá vestido dessa vez.
-—vou pensar no seu caso.
*******

Tay estava imperativo. Não iria ligar, não tinha nada o que falar, mas ele dormiu o sono justo com aquele toco de gente.

Enquanto passava na rua, já tarde, ele viu uma pessoa conhecida.

A curiosidade matou o gato. Não o matou, então não fez nada.

Era Macau ali, jantando com um homem. Deveria ser um cliente. Tay deveria sair dali, todavia, logo em seguida chegou outro fofo. Esse fofo paparicava Macau toda hora.

Tay se lamentou. Bom, ele iria lamentar mais tarde.

Ele foi chegando mais perto e se escondeu bem próximo, onde ficavam os garçons.

Ouvia o papo meloso, sentindo certa vergonha.

"Seria um trisal?", ele pensou.

Meu Deus!! um trisal com aqueles três ele até pagaria pra vê. Deveria ser pecado três beldades juntas.


Tay estava tão perdido em seus pensamentos que não viu o garçom chegando.

O garçom bateu sem querer nele, fazendo Tay cair estatelado no chão, mas o pior foi ver os três pares de olhos lhe encarando.


*********
— Tay, o que faz aqui? - O que ele faz ali? Nem ele sabia, oras!!

— Eu...eu…

-—Você veio fazer nada em um restaurante? - Ele não tinha mais o que responder. E vermelho ele ficou.

-—Ele vai pra onde ele quiser. Agora deu o caralho mesmo, é fiscal da vida dos outros  agora?? -—O baixinho fofo respondeu.

— Venha, eu e meu marido estamos de saída.

Macau ficou encarando com cara de poucos amigos para Tay.

-—Desculpe atrapalhar seu encontro triplo.

-—Hum.

— Eu queria...Quero...Dormir com você novamente.

—Você sabe a forma de me ter novamente em um encontro, Tay.

-—Eu pago!!! Parcelado, mas eu pago - Macau sorriu. Deveria esganar Tay, mas ele não conseguia.

— Estou pensando aqui, quando foi que deixei de ser acompanhante de luxo para ser colocado em liquidação? - Tay sorriu, pegando o restante da bebida que estava na mesa:

— Liquidação ou não, eu só saio daqui com você, Má-cão.










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