Capítulo 22

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Sol antigo, lança sua luz
Porque não há esperança no inverno sem fim
Quando você cai do céu
Meu sangue gela e me sinto paralisado
(Paralysed - Jamie Bower)

Sol antigo, lança sua luzPorque não há esperança no inverno sem fimQuando você cai do céu Meu sangue gela e me sinto paralisado(Paralysed - Jamie Bower)

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⚠️Capítulo com gatilhos de ansiedade, abuso e crise de pânico⚠️

*Anastasia Byers*

   Dois meses se passaram. A escola já havia voltado, infelizmente, porém era meu último ano. Jonathan havia conseguido um emprego no jornal da cidade junto de Nancy. Ele trabalhava como fotógrafo e ela... Bom, ela ficava na sombra dos homens ridículos e nojentos daquele lugar. Eu ainda não consegui um emprego fixo, porém Eddie havia feito um acordo para que tocássemos em um bar, chamado Hideout, toda terça-feira. Era bem merda, a maioria das vezes tínhamos uma plateia de mais ou menos... Cinco bêbados, mas já era alguma coisa.

   Eu ganhava uma merreca, mas ganhava algo então sempre tentávamos enxergar o lado bom de tudo aquilo. Estávamos tocando, mostrando nossa música para mais pessoas, e quando conseguíamos pesar na propaganda, o bar conseguia encher um pouco mais. Em nossas orações e desejos, era questão de tempo até que alguém importante nos notasse.

   Além disso, o calor começava a se fazer presente, e com esse fato, a piscina comunitária da cidade começava a abrir. Billy havia conseguido um emprego lá e nas raras vezes que eu ia, era apenas para apreciar a imagem daquele garoto. Eu não era idiota, percebia todos os olhares de todas as mulheres — e alguns homens — sobre ele, inclusive de mulheres casadas que levavam seus filhos até lá. Certeza que com a intenção de ver a tentação que era Billy Hargrove.

   Amber parecia estar naquela piscina todos os dias, obviamente ela não tinha nada para fazer já que os pais eram extremamente ricos. Ela não precisava ralar para conseguir alguma coisa, então ela apenas marcava território, e vivia para enaltecer Billy. Além dela, outra que eu percebi não tirar os olhos do garoto era a sua colega de trabalho, Heather Holloway. Do jeito que ela o olhava, e as vezes ele devolvia, gritavam que eles já haviam transado alguma vez na vida, e o pensamento me incomodava sem eu saber o motivo. Porém, até eu já havia transado com o outro funcionário de lá, que eu nem ao menos lembrava o nome, então estávamos na mesma.

   Bom, era uma quarta feira, pós show no Hideout, sem ensaio com a Corroded Coffin e sem o que fazer em relação a escola. Ver a casa vazia apertava meu coração, porque eu sentia ser a única que não fazia algo para ajudar, mas sempre tentava me lembrar que era pelo bem da banda. Eu precisava ter todo tempo do mundo para ela, porque eu sabia que um dia iria valer muito, mas muito a pena.

   Minha mãe e Jonathan estavam trabalhando e Will iria passar o dia na casa de Mike junto de seus outros amigos, consequentemente, eu estava sozinha em casa. Depois de comer qualquer coisa, decidi abrir meu caderno velho no qual eu fazia alguns rascunhos de novas músicas e coloquei minha cabeça para pensar um pouco. Não fiquei tanto tempo olhando para ele, já que minutos depois a campainha tocou.

DESIRE - Billy Hargrove Onde histórias criam vida. Descubra agora