Capítulo 30

216 32 5
                                    

Eu não estou te amando do jeito que eu queria
O que tive que fazer, tive que fugir de você
Estou apaixonado por você, mas a vibração é errada
E isso me assombrou, todo o caminho para casa

Agora mantenha seu amor trancado
Seu amor trancado
Agora mantenha seu amor trancado
Você perdeu
(Love Lockdown - Kanye West)

Agora mantenha seu amor trancadoSeu amor trancadoAgora mantenha seu amor trancadoVocê perdeu(Love Lockdown - Kanye West)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*Anastasia Byers*

   Já estava com a minha camiseta enorme do Scorpions que eu usava de pijama, prontíssima para deitar na minha cama, quando ouvi alguns toques na janela do quarto. Franzi as sobrancelhas e caminhei na direção do som. Abri as cortinas e dei de cara simplesmente com Billy Hargrove do lado de fora, com um sorriso amarelo no rosto, uma garrafa de champanhe em uma mão e duas taças em outra.

   Óbvio que me lembrei de como ele vem me tratando essa semana, e inclusive no dia de hoje, que ainda era meu aniversário. Ele nem sequer se importou em olhar para a minha cara, e agora estava na minha janela? Senti meu sangue ferver, mas ao mesmo tempo, meu coração se agitou, o que me deixou com mais raiva ainda. Aquele cara só podia ser meu karma de vidas passadas, não era possível.

   Ergui uma sobrancelha, mas ainda não abri a janela por mais que eu quisesse que ele entrasse logo. Seus lábios se moveram em um "Feliz Aniversário" que ouvi de forma abafada por estar do outro lado da janela. Lambi os lábios de forma irritada, erguendo dessa vez as duas sobrancelhas, esperando algo a mais. Ele não ia chegar com um champanhe só falando "feliz aniversário" e simplesmente entrar no meu quarto como se ele não tivesse agido como um completo babaca antes.

   Billy suspirou, relaxando os ombros e colocando uma expressão diferente no rosto. Talvez fosse arrependimento? Não saberia definir ainda. Ele me encarou com o canto dos olhos, e bateu novamente no vidro da janela, como se pedisse para eu pelo menos abrir. Revirei os olhos, mas abri a janela. Cruzei os braços esperando ele dizer algo.

   — Posso entrar? — Ele perguntou.

   Dei alguns passos para trás, dando livre passagem para que ele pudesse entrar. Quando ele o fez, deixou o champanhe e as taças em cima da cômoda ao lado da cama, e se dirigiu até mim, parando em minha frente. Estava tão próximo, que por um breve segundo quis esquecer seu comportamento anterior e simplesmente me jogar em seus braços. Porra, eu devo ter batido com a cabeça e não percebi. O que estava acontecendo?

   Ele ainda não disse nada. Billy se afastou, após olhar cada canto do meu rosto, e voltou até o champanhe. Ele abriu a garrafa, tentando não fazer barulho e serviu as duas taças, voltando a se aproximar de mim e estendendo uma delas em minha direção. Ainda não descruzei os braços, um pouco hesitante.

   — Ah, qual é, gata, não precisa dessa tensão toda. — Ele disse, abrindo aquele sorriso safado que tanto mexia comigo. Tive que me controlar mais uma vez.

DESIRE - Billy Hargrove Onde histórias criam vida. Descubra agora