Capítulo 34

204 31 5
                                    

Não vou admitir, mas não estou muito bem
Eu queimaria essa cidade, mas você não pode queimar esse inferno
Quero uma mentira que eu possa sentir
Eu preciso do seu toque, estou vagando como carrossel

Faz um minuto que comi estas palavras e engoli
Eu continuo mordendo até eu sentir
Sedento como um lobo cheio de juventude, mas eu sou oco

Estou com sede como um lobo e mordo e mordo
Eu tenho seu corpo em minha mente e eu mordo e mordo
(Wolf - Boy Epic)

Estou com sede como um lobo e mordo e mordoEu tenho seu corpo em minha mente e eu mordo e mordo(Wolf - Boy Epic)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*Billy Hargrove*

Se eu pudesse descrever minha vida e meus sentimentos com uma palavra, seria "caos". Impressionante como algumas palavras, uma decisão e um simples olhar poderiam foder com toda minha vida desse jeito, e o pior de tudo: Anastasia Byers não saía da minha cabeça em momento algum. Toda hora me pegava pensando em seus olhos, seu corpo, seu cheiro e sua voz, tudo nela me hipnotizava e me fazia querer estar perto dela, como se ela fosse um ímã. Porém, nem isso eu podia mais.

Tudo começou há meses atrás, em março, quando levei Anastasia para tomar um sorvete no shopping Starcourt. Dormi na casa dela naquele dia, e as coisas não podiam estar melhores; eu tinha a mulher mais gostosa da cidade quase toda noite, a conversa com ela era confortável, assim como o silêncio, e o sexo... Não saberia nem descrever. Mal sabia eu que era só o início de um vício muito difícil de ser controlado.

Desde a primeira vez que a vi, na verdade, eu pensava em toca-la, não entendia o interesse todo que eu tinha nela e achava que depois da primeira transa eu não ligaria mais, assim como sempre acontecia com todas as outras. Mas não, quanto mais eu a sentia, mais eu queria explora-la, e em consequência, sua imagem marcava presença em meus pensamentos, ao ponto de eu começar a não entender o porquê disso tudo. Inclusive, ainda não entendo.

De qualquer jeito, no dia seguinte que saímos, voltei para casa com um sorriso idiota no rosto. Tentei a todo momento parar e lembrar que era só um caso, ela tinha deixado isso claro, e eu também. Mas não conseguia tirar da minha cabeça não só o corpo e o sexo com ela, mas sim o sorriso, o olhar, tudo. A pequena alegria insistia em ficar estampado no meu rosto até o momento que entrei em casa. Neil estava parado na sala, me esperando, e tinha uma expressão péssima em minha direção.

— Onde estava? — Ele perguntou, sério.

— Dormi na casa de um amigo. — Menti, mesmo sabendo que meu pai nunca ligou tanto para as várias garotas que eu transava.

— Sério? Eu acho que não. — Engoli em seco. — Sabe, Billy, essa é uma cidade pequena, e por isso ela tem suas vantagens. — Ele fez uma pausa e se aproximou de mim. Encolhi os ombros, involuntariamente. — Onde estava? — Ele repetiu.

DESIRE - Billy Hargrove Onde histórias criam vida. Descubra agora