O Mapa Do Maroto (05)

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- Vamos lá! Pare de se esconder nesse cão, Sírius!- digo me aproximando do cachorro em minha frente.- Eu não sei como eu fui tão burra de não perceber no dia do lago.

O Cão vai para trás da porta, ouço barulho de algo bater contra a parede, a porta vai se fechando, mostrando aos poucos um homem esquelético, com cabelos longos e cacheados, porém extremamente bagunçandos. Ele tinha olhos acinzentados, vestia uma roupa folgada e suja.

- Minha pequenininha.- Diz ele se aproximando aos poucos, em seus olhos tinham lágrimas que se deslizavam através de seu rosto.

Eu estava imóvel, eu não sabia se gritava com ele, se eu chorava ou se eu ia abraçar ele e matar um pouquinho da falta de doze anos que ele não estava aqui.

Mas eu não precisei tomar nenhuma decisão, pois ele fez isso por mim. Ele passou os braços pela minha cintura me abraçando em um abraço tão apertado que por alguns segundos eu achei que fosse ficar sem ar, porém eu não ligava, ele estava ali, bem na minha frente... Bem nos meus braços, me deixei chorar, me deixei aproveitar aquele momento.

- Como você está aqui? Como fugiu? Você está magro, também está fedido e sujo.- digo rápido e ele sorri, um sorriso enorme e radiante.

- Eu não acredito que você está tão enorme minha pequena, está tão bonita.- diz passando a mão em meu cabelo.- Não mais bonita que eu, porque isso é impossível.

Eu solto uma risada, ele era igualzinho como o meu pai o descrevia.

- Você não respondeu nenhuma das minhas perguntas, senhor Black.- Digo.

- Bom, eu consegui fugir graças à minha forma animago esquelética, o Dementadores não perceberam a diferença, burros.- diz ele.

- Mas por que só agora? Eu e o meu pai ficamos sozinhos.- digo.

- Mary, eu juro que ter deixado você e o seu pai foi o que mais me magoou, mas eu não tive escolha...- disse se sentando na cama.

- Você tinha a escolha de acreditar no homem que você se casou ao invés de Peter.- digo e ele abaixou a cabeça.- Você não respondeu a minha pergunta, por que fugiu a essa altura do campeonato?

- Peter está no castelo, eu vi nesse jornal.- disse e tirou um exemplar do profeta diário do bolso de sua veste, nele havia uma foto de Ronald e sua família.- aqui, esse carinha.

- Mas esse é o Perebas, Sírius.- digo olhando com cuidado o jornal.- Você deve ter se confundido.

- Não, Liza!- Eu fico parada, o observando enquanto ele passa a mão em seus cabelos.- Eu conheço esse cretino! Conheço muito bem a forma animago dele, nunca me confundiria.

- Você deveria falar com o meu pai, Sírius.- digo cruzando os braços.

- Ele não deve nem querer olhar na minha cara, Liza.- disse chorando.

- Com razão, né.- digo e ele me encara.- Desculpe.

- Tudo bem, você está certa, eu fiz besteira no passado e agora o meu Moony não me ama mais.- ele diz de uma forma meramente dramática.

- Não é assim também, Sírius.- digo sentando ao seu lado.- Você fez merda, muita merda. Porém o meu pai te ama, disso eu tenho quase certeza, você só precisa ganhar a confiança dele de volta.

Digo e Sírius encara o chão.

- Precisa de banho e comida também.- digo o encarando.- A comida eu consigo, Você não sabe nenhum feitiço de limpeza própria ou coisa assim?

- Sei.- diz simples.

- Toma.- entrego a minha varinha.- acho bom ficar cheiroso e arrumado logo, vou atrás de comida e do meu pai, vou ver se ele ao menos consegue andar, e o senhor não saí daqui.

Mary lupin Onde histórias criam vida. Descubra agora