Beauxtons e Durmstrang (30)

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No dia seguinte, na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor Moody anunciou que ia lançar a Maldição Imperius sobre cada um de nós, a fim de demonstrar o seu poder.

– Mas... se o senhor disse que é ilegal, professor – perguntou Hermione, incerta, quando Moody afastou as carteiras com um movimento amplo da varinha, deixando uma clareira no meio da sala.– O senhor disse... que usá-la contra outro ser humano era...

– Dumbledore quer que vocês aprendam qual é o efeito que ela produz em uma pessoa – disse Moody.– Se a senhorita preferir aprender do método difícil... quando alguém a lançar contra a senhorita para controlá-la... para mim está bem. A senhorita está dispensada da aula. Pode se retirar.

Ele apontou o dedo nodoso para a porta.

O professor começou a chamar os alunos à frente e a lançar a Maldição sobre eles, um de cada vez. Eu observei cada um fazer coisas mais extraordinárias sob a influência da Imperius.

– Lupin – rosnou Moody –, você é a próxima.

Eu me adiantei até o meio da sala, no espaço que Moody deixara livre. O professor ergueu a varinha, apontou-a para mim e disse:

– Imperio.

Foi uma sensação maravilhosa. Eu senti que estava flutuando e todos os pensamentos e preocupações em minha mente desapareceram suavemente, deixando apenas uma felicidade vaga e inexplicável. Eu fiquei ali extremamente relaxado, vagamente consciente de que todos me observavam.

Então, ouvi a voz de Moody ecoar em uma célula distante do meu cérebro vazio: salte para cima da carteira... salte para cima da carteira....

Meu joelhos se dobraram obedientemente, me preparando para saltar.

Mas por quê?

A próxima coisa que eu senti foi uma imensa dor. Eu saltei e não saltei e tentei não saltar ao mesmo tempo – o resultado foi um fratura nas duas rótulas.

– Agora está melhor – rosnou a voz de Moody e, de repente, eu ele percebi que a sensação de vazio e os ecos tinham desaparecido de sua mente. Só sobrou a dor insuportável nos joelhos que pareceram se dobrar de intensidade.

– Olhem só isso, vocês todos... Lupin resistiu! Lutou contra a maldição e quase venceu! Vamos experimentar de novo, Lupin, e vocês prestem atenção, observem os olhos dela, é onde vocês vão ver, muito bem, Lupin, muito bem mesmo! Eles vão ter trabalho para controlar você!

– Pelo jeito que ele fala – resmunguei, ao sair mancando, apoiada em Ron, da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, uma hora depois –, a gente vai ser atacado a qualquer momento.

– É, eu sei – respondeu Ron.

Havia notado que decididamente houvera um aumento na quantidade de deveres exigida dos professores neste trimestre. A professora Minerva explicou o porquê, quando a turma gemeu particularmente alto à vista do dever de Transfiguração que ela passava.

– Vocês agora estão entrando numa fase importantíssima da sua educação em magia! – disse ela, os olhos faiscando perigosamente por trás dos óculos quadrados.– O exame para obter os Níveis Ordinários em Magia estão se aproximando...

– Mas não vamos fazer exames de nivelamentos até a quinta série! – exclamou Dino Thomas, indignado.

– Talvez não, Thomas, mas, me acredite, vocês precisam de toda a preparação que poderem obter! A senhorita Granger foi a única aluna desta turma que conseguiu transformar um porco-espinho em uma almofadinha de alfinetes razoável. Eu talvez possa lhe lembrar, Thomas, que a sua almofadinha ainda se encolhe de medo quando alguém se aproxima dela com um alfinete!

Mary lupin Onde histórias criam vida. Descubra agora