A chave de portal (22)

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Eu tive a impressão de que eu tinha acabado de me deitar para dormir no quarto de Ginny quando eu fui acordada por Hermione.

– A senhora Weasley falou para levantarmos.– sussurrou ela.

Eu me sentei na cama. Ainda estava escuro lá fora. Hermione estava descabelada e Ginny ainda estava deitada resmungando.

Me vesti em silêncio, desanimada e sonolenta, depois, bocejando e espreguiçando, eu desci as escadas rumo à cozinha.

A senhora Weasley estava mexendo o conteúdo de um grande tacho em cima do fogão, enquanto o senhor Weasley, sentado à mesa, verificava um maço de grandes bilhetes de entrada em pergaminho. Ergueu os olhos quando eu desci e abriu os braços para que eu pudesse ver sua roupa. Vestia algo que parecia um suéter de golfe e uma calça jeans.

– O que você acha querida? – perguntou ansioso.– Estou parecendo um trouxa?

– Está – aprovei sorrindo – muito bom.

George, Fred, Ron e Harry já estavam na cozinha, e logo atrás de mim estavam Hermione e Ginny.

– Onde está Bill, Charles e Percy? – perguntei.

– Eles vão aparatar – disse a senhora Weasley, carregando um panelão para cima da mesa e começando a servir o mingau de aveia nos pratos fundos.– Eles podem dormir mais um pouco.

– Então elas ainda estão na cama? – concluiu Fred, mal-humorado, puxando um prato de mingau para perto.– Por que não podemos aparatar também?

– Porque ainda são menores e ainda não prestaram o exame – respondeu a senhora Weasley.

– A pessoa tem que prestar um exame para poder aparatar? – perguntou Harry.

– Ah, tem – respondeu o senhor Weasley, guardando as entradas cuidadosamente no bolso traseiro da jeans.– O Departamento de Transportes Mágicos teve que multar umas pessoas, ainda outro dia, por aparatarem sem licença. Não é fácil aparatar e quando não se faz corretamente pode acarretar complicações desagradáveis. Esses dois de que estou falando se racharam ao meio.

Todos fizemos careta.

– Mas Bill, Charles e Percy, todos sabem aparatar? – Harry perguntou.

– Charles teve que prestar o exame duas vezes – disse Fred sorrindo.– Levou bomba na primeira vez, aparatou a oitenta quilômetros do ponto que queria,  bem em cima de uma pobre velhinha que estava fazendo compra, lembram?

– Foi, mas ele passou da segunda vez – disse a Senhora Weasley em meio a gostosas risadas.

– Percy só passou há duas semanas – disse George.– Desde esse dia tem aparatado todas as manhãs aqui embaixo, para provar que sabe.

– Por que temos que levantar tão cedo? – Perguntou Ginny, esfregando os olhos.

– Temos que andar um bom pedaço – respondeu o senhor Weasley.

– Andar? – espantou-se Harry.– O quê, vamos a pé para a Copa Mundial?

– Não, não, a Capa vai ser quilômetros daqui – disse o senhor Weasley, sorrindo.– Só precisamos Andar um pedacinho. É que é muito difícil um grande número de bruxos de reunir sem chamar a atenção dos trouxas. Temos que tomar muito cuidado com o modo de viajar até um tempos normais e numa ocasião grandiosa como a Copa Mundial de Quadribol...

– George! – chamou a senhora Weasley rispidamente e todos se assustaram.

– Quê? – perguntou George, num tom de inocência que não enganou ninguém.

Mary lupin Onde histórias criam vida. Descubra agora