A Copa Mundial de Quadribol (24)

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Agarrados às compras, o senhor Weasley à frente, todos corremos para a floresta seguindo o caminho iluminado pelas lanternas, Bill, Charles e Percy haviam chagado a um tempo. Ouviamos a algazarra de milhares de pessoas que se movimentavam à nossa volta, gritos, gargalhadas e trechos de canções. A atmosfera de excitação febril era extremamente contagiosas; eu não conseguia parar de sorrir. Caminhamos pela floresta durante vinte minutos, conversando e brincando em voz alta até que finalmente emergimos do outro lado e nos vimos à sombra de um gigantesco estádio. Embora eu só pudesse ver partes das imensas paredes douradas que cercavam o campo, eu podia afirmar que caberiam dentro dele.

As escadas de acesso ao estádio estavam forradas com carpetes púrpura berrante. Nós subimos com o resto da multidão, que aos poucos foi se distanciando pelas portas à direita e à esquerda que levavam às arquibancadas. O grupo do senhor Weasley continuou subindo e finalmente chegamos ao alto da escada, onde havia um pequeno camarote, armado no ponto mais alto do estádio e situado exatamente entre as duas balizas de ouro. Umas vinte cadeiras douradas e púrpura tinham sido distribuída em duas filas.

– Então isso é um elfo doméstico? – murmurou Ron olhando para um criatura escondida.– Esquisitos, não são?

– Dobby era ainda mais esquisito – disse Harry, com veemência.

Ron pegou um oníoculo e começou a testá-lo, observando a multidão embaixo, do lado oposto do estádio.

– Irado! – disse ele, girando o botão lateral para fazer a imagem voltar.– Consigo ver aquele velhote lá embaixo meter o dedo no nariz outra vez... mais uma vez... e mais outra...

Entrementes, Hermione estava lendo superficialmente o programa que tinha borla e capa de veludo.

– Vai haver um desfile com os mascote dos times antes da partida – leu ela em voz alta.

– Ah, a isso sempre vale a pena assistir – disse o senhor Weasley.– Os times nacionais trazem criaturas da terra natal, sabem, para fazer farol.

O camarote foi-se enchendo gradualmente em volta deles durante a meia hora seguinte. O senhor Weasley não parava de apertar a mão de bruxos, obviamente muito importante. Percy levantou-se de um salto tantas vezes que até parecia que esteva tentando sentar em cima de um porco-espinho. Quando Cornélio Fudge, o Ministro da Magia, chegou, Percy fez uma reverência tão exagerada que seus óculos caíram e se partiram. Muito encabulado, ele os consertou com a varinha e dali em diante permaneceu sentado, lançando olhares invejosos a Harry, a quem o ministro cumprimentara como um velho amigo. Os dois já se conheciam e Fudge apertou a mão de Harry paternalmente, perguntou como ele estava e apresentou-o aos bruxos de um lado e de outro.

– Harry Potter, sabe – disse ele em voz alta ao ministro búlgaro, que usava esplêndidas vestes de veludo preto, enfeitadas com ouro, e aparentemente não entendia uma única palavra de inglês.– Harry Potter... ah, vamos, o senhor sabe quem é... o menino que sobreviveu ao ataque de Você-Sabe-Quem... tenho certeza de que o senhor sabe quem é...

O bruxo búlgaro, de repente, viu a cicatriz de Harry e começou a algaraviar em voz alta e excitada, apontando para a marca.

– Sabia que íamos acabar chegando lá – disse Fudge, esgotado, a Harry.– Não sou grande coisa para línguas, preciso de Bartô Crouch nesses encontros. Ah, vejo que o elfo doméstico está guardando o lugar dele... bem pensado, esse búlgaros danados têm tentado arrancar da gente os melhores lugares... ah, aí vem Lucius!

Eu me virei depressa. Avançando vagarosamente pela segunda fila, em direção a três lugares ainda vazios, bem atrás do senhor Weasley, vinham Lucius Malfoy, seu filho Draco e uma mulher que eu imaginei que fosse a mãe do garoto.

Mary lupin Onde histórias criam vida. Descubra agora