VIVIAN

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Era quase meia noite, eu estava dormindo junto a Tish quando de repente ela começa a ficar agitada e começa a se contorcer na cama, me acordando. Quando acendo as luzes para ver o que estava acontecendo eu vejo que ela está convulsionando, mas não era uma simples convulsão, ela estava mais pálida do que de costume, seus lábios estavam quase que totalmente pretos e por todo seu corpo estavam espalhadas veias tão negras quanto a noite. Primeiro eu pensei que fosse uma visão, mas estava diferente demais.

Ao vê-la se debatendo e naquele estado, afastei qualquer pensamento e duvida, apenas fui ao seu encontro e fiz o que é recomendado nesses casos, e esperei ela parar de se debater, sua pele estava absurdamente quente, era estranho ela sempre foi fria. Passaram-se minutos e ela não parava, eu estava começando a me desesperar ainda mais, não sabia o que estava acontecendo, não conseguia fazer nada para que ela parasse. Quando eu achei que ia enlouquecer sem conseguir ajuda-la ela simplesmente para, eu a pego em meus braços, toco em seu pescoço para verificar seus batimentos e por alguns segundos meu coração parou, acontece que a frequência cardíaca dela estava perigosamente baixa e sua respiração parecia dolorosa demais.

_ Tish? O que aconteceu? – tento acorda-la - Por favor, acorda.

Digo com as lágrimas surgindo em meus olhos. Ela não acorda e não posso leva-la a um hospital sem que Gomes fique sabendo.

E foi aí que minha ficha caiu, eu já havia lido sobre esses sintomas antes, era uma maldição muito antiga, não me lembrava exatamente qual, mas sabia que ela não teria chances se não tivesse atenção medica.

Não tive escolha, a vesti com as roupas que estava quando a peguei e a levei de volta para a floresta. Chamei uma ambulância para que a levassem a um hospital, assim seria fácil inventar uma desculpa para eu estar com ela. quando chegamos no hospital os médicos a levam para examiná-la e me perguntam o que aconteceu. Eu respondo usando uma mentira de que fui caminhar durante a noite pela floresta e a encontrei naquele estado. Os médicos perguntaram se eu a conhecia e se fazia parte da família ou conhecia alguém que fosse. Disse que conhecia sim alguém que fazia parte e fui em busca de Wandinha em Nunca Mais.

Meu coração doeu em deixar Tish naquele hospital sozinha, mas não tive escolha. Quando cheguei na escola fui ao encontro primeiro com a diretora Weens. A busco em seu escritório, bato na porta e em alguns segundos ouço passos.

_ Elise. O que faz aqui tão tarde? – Diz ao abrir a porta.

_ Aconteceu um problema. Estava fazendo uma caminhada no meio da floresta... 

_ Você perdeu a cabeça!? – Disse alterada e me puxa para dentro do escritório. – Por que estava andando na floresta sabendo o que está acontecendo?

_ Desculpa, eu não estava pensando bem, estava entediada e me havia esquecido do monstro. Mas o importante não é isso, enquanto eu estava andando pela floresta avistei algo estranho e me aproximei. Quando cheguei perto era uma pessoa.

_Meu Deus e estava viva?

_ Estava. Fui verificar quem era... era Mortícia Addans. Vim para buscar Wandinha - Disse tentando esconder o que sentia.

_ Mortícia! Mas porque ela estava aqui?

_ Eu não sei. Mas ela não está nada bem. Pediram para levar alguém da família.

_ Vá acordá-la, terei de ligar para Gomes, ele é quem precisa estar lá por ela.

Saio e vou em direção ao dormitório Ophélia, não sei como vou contar a Wandinha. Chego em frente à porta do quarto de Wandinha e bato. Depois de um tempo ela abre a porta com o rosto sonolento

Tudo por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora