WANDINHA

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Antes de tudo quero pedir desculpas pra vocês por ter sumido, tava com bloqueio e atrapalhou muito mas estou de volta.  e pretendo fazer uma outra fanfic quando terminar essa mas é conversa pra outro momento.

Espero que gostem, comentem aí pra incentivar, tenho que dar um final pra essas mulheres né galera.

Aproveitem o capítulo <3


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 Fazia quase uma semana que estávamos no hospital e somente ontem eu pude visitar a minha mãe, ela estava cheia de fios e acessos e com um tubo na boca que segundo o médico estava ajudando-a a respirar. Eu já me sentia melhor e tinha ameaçado metade do hospital para não ter que usar aquela camisola ridícula de hospital, eles me deram um conjunto de moletom do hospital que me tampava por inteiro, fazia pouco tempo que o médico tinha permitido que eu pudesse fazer uma pequena caminhada para me exercitar, sempre e quando estivesse acompanhada e me escorando no suporte de soro ou em muletas.

Para poder vir aqui uma enfermeira me ajudou, disse que eu teria cerca de 20 minutos e então ela viria me buscar, eu fiquei o tempo todo apenas olhando para o rosto sereno da minha mãe, apenas me lembrando do que havia visto na minha visão e nas palavras daqueles demônios. Eu havia pedido o médico para também visitar a senhorita Elise, precisava perguntar muitas coisas a ela, mas segundo ele hoje eu não poderia pois os enxeridos dos diretores já estavam lá. Enquanto eu estava com minha mãe, em um certo momento eu senti o hospital tremer e senti passar por mim uma corrente de energia que me causou arrepios, eu não sabia o que era, mas consegui sentir apenas uma sensação imponente.

O tempo acabou e a enfermeira veio ao meu encontro para me levar de volta ao meu quarto e lá vejo Enid sentada na poltrona mexendo no celular distraída enquanto me esperava, ela estava linda, com um vestido rosa suave e suas cicatrizes da batalha a mostra, o que pra mim a deixavam ainda mais bonita.

_Oi Wandinha. Conseguiu ver a sua mãe e a senhorita Elise? – Enid diz tirando o foco do celular ao ouvir meus passos.

_ Oi. – Entro e me sento na maca - Eu só consegui ver a minha mãe, o médico disse que apesar de tudo ela e meu irmão estão bem. – Fico pensativa por um instante, desde o ocorrido não tenho notícias de Feioso e isso estava me incomodando muito. – Eu não consegui falar com a senhorita Elise, aqueles diretores tomaram o horário de visitas. – Digo com a cara fechada.

_ Por causa deles eu também não consegui ver a diretora – vejo Enid fazer um biquinho emburrado.

_ Amanhã a gente vai conseguir visitar elas.

A noite passa e consigo dormir sem ter nenhum pesadelo ou qualquer sonho. Fiquei ansiosa o tempo todo antes de poder ir visitar a senhorita Elise, o médico me acompanhou até onde ela estaria e fiquei confusa quando ele me levou em direção ao quarto da minha mãe.

_ Pensei que o senhor estava me levando para ver a Srtª Elise.

_ E estou te levando para vê-la. – Ele fala com um sorriso irritante no rosto.

_ Então porque está me levando para o quarto da minha mãe? – fecho a expressão ainda mais.

_ Bom, elas estão no mesmo quarto e tenho que dizer que sua mãe está reagindo muito melhor com a presença da Elise no quarto.

Eu estava confusa e meu olhar inquisitório caiu sobre o médico

_ O que quer dizer com isso?

_ Bom... ontem a senhorita Elise ficou muito agitada e achamos melhor deixá-la ver sua mãe, e digamos que isso fez bem as duas. Mas você vai ver com seus próprios olhos. – Ele diz e abre a porta do quarto pra mim. – A pedido da Elise eu vou deixar você ficar um bom tempo na visita, qualquer coisa aperta o botão azul e alguém aparece. – Ele diz saindo e deixando a porta do quarto aberta.

Assim que entro me deparo com uma cena que não estava esperando, duas macas coladas uma na outra e a senhorita Elise deitada ao lado da minha mãe com um braço possessivamente posicionado ao redor da barriga dela e com a cabeça encostada no ombro, também percebo que minha mãe está novamente ganhando a cor pálida característica dela e aquele tubo já não estava mais na sua boca. Entro e fecho a porta e percebo que a professora parecia estar tendo um pesadelo, me aproximo e antes que eu a tocasse ela acorda assustada e consigo ver o alívio se instalar nela quando os seus olhos caem sobre o corpo da minha mãe.

_ Senhorita Elise. – Tento chamar sua atenção.

Ela se vira e me olha dentro dos meus olhos com um brilho diferente.

__ Wandinha. – Ela se vira pra mim e dá um sorriso fraco. – Que bom que você está bem.

_ Por que você fez um pacto com demônios pra salvar a minha mãe e eu? - Pergunto de uma vez. – Não faz sentido algum fazer isso por uma pessoa que você mesma disse que foi apenas uma conhecida, por que fez essa estupidez?

_ Eu sei que eu disse que apenas conhecia sua mãe, mas eu menti sobre isso e sobre muitas outras coisas. – Ela suspira e bate a mão na maca me chamando para sentar. – E eu sei que você quer respostas, então eu vou te mostrar, porque se eu falar você não vai entender. E a primeira coisa que você precisa saber é o meu nome. – Ela diz olhando nos meus olhos. – O meu verdadeiro nome é Vivian Nereeza.

Eu me aproximo da maca e me sento na beirada em silêncio, vejo ela segurar minha mão e logo em seguida me sinto ser puxada pra um lugar escuro e na minha frente consigo ver uma porta. Eu me aproximo e lentamente abro a porta e me deparo com o quarto do dormitório Ofélia.

Entro e vejo uma garota de cabelos ruivos sentada em sua escrivaninha com o uniforme de Nunca Mais, escrevendo o que parecia um diário, pela janela eu podia ver que o dia estava lindo, chuvoso e frio, sua parte do quarto era decorada com tons de verde e branco o que combinava muito com o tom do seu cabelo. Ouço uma batida na porta do quarto e vejo a garota se levantar e ir em direção a porta e pude ver seu rosto, ela era bonita tinha os olhos verdes, igual esmeralda, lábios carnudos e um sorriso branco, ela parecia o sol de tão brilhante.

_ Bom dia senhora Eliote. - A garota fala ao ver a mulher entrar acompanhada da minha avó e ao que parece da minha mãe quando era mais nova.

Então foi aí que eu percebi que estava em uma memória, talvez fosse da garota de ruivo, que apesar de algumas diferenças, parecia com a senhorita Elise, ou melhor com a Vivian.

_ Bom dia Vivian, essa será sua nova colega de quarto. Mortícia Frump.

Sou tirada das minhas incontáveis perguntas ao ouvir a mulher que provavelmente era a diretora apresentar minha mãe.

_ Muito prazer. – Vivian leva a mão para cumprimentar a minha mãe e eu consegui ver os olhos de ambas brilhar de um jeito diferente. – Meu nome é Vivian Bron.

O sobrenome era diferente, mas porque?

Minha mãe aperta a sua mão e logo em seguida diz:

_ O prazer é meu.

_ Senhorita Bron, poderia levar a senhorita Frump para conhecer a escola e para pegar os materiais.

_ Claro senhora Eliote.

Vejo as duas saírem mantendo uma distância razoável entre ambas enquanto conversavam, as duas eram bastante diferentes, enquanto Vivian parecia um dia ensolarado a minha mãe parecia uma noite sem estrelas. Eu as acompanho até a porta da secretaria, mas elas fecharam a porta na minha frente.

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No próximo capítulo vamos ter um pouco do passado das duas eim, talvez tenha aí um pouco de coisa fofa depois de tantas desgraças. 

Enfim até a próxima

Tudo por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora