Cap 1 - A Roseira

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Seu peito se elevava a uma velocidade alarmante conforme a mão áspera dele seguia para sua roseira macia, mas volumosa e densa... - Roseira? O que você está escrevendo?

- Jesus! - gritei ao fechar com força a tela do meu laptop. - Noah, você não pode simplesmente chegar atrás de mim e começar a ler minhas histórias.

- Histórias? - ele perguntou, com a testa franzida. - Peito, roseira?
Está escrevendo uma cena de sexo?

- Por quê? Estou. Estou sim - respondi, erguendo o queixo.

Ele cruzou os braços e disse:

- A que você está se referindo como roseira?
Sentindo o calor por sua pergunta começar a aparecer no meu rosto, virei a cadeira de costas para ele e empilhei minhas anotações para ficarem arrumadinhas. Roseira era um termo bem respeitável para usar quando queria me referir à área íntima de uma mulher; pelo menos, foi o que minha mãe me ensinou.

- Sina, a que você estava se referindo?

Pigarreando e com o peito estufado, olhei nos olhos dele e falei:

- Não que seja da sua conta, mas eu estava me referindo ao jardim de grande prazer de uma mulher.

Observei Noah me analisar cuidadosamente com aqueles olhos esverdeados que passaram os últimos seis anos estudando a mim e a minhas excentricidades. Ele foi meu primeiro amigo de verdade e me aceitou como sou desde o dia em que nos conhecemos: uma garota ingênua, protegida, que tinha sido ensinada em casa a vida toda, em seu primeiro dia de faculdade.
Finalmente, ele jogou a cabeça para trás e deu risada, me deixando imediatamente tensa. Embora fôssemos melhores amigos, eu tinha consciência da minha falta de "verborragia moderna".

- O que é tão engraçado? - perguntei, segurando o laptop apertado no peito.

- Sina, por favor, me diga que você não chama a vagina de jardim de prazer.

- Noah! - eu o repreendi.

Isso provocou outra risada nele conforme envolveu os braços nos meus ombros e me levou para fora do meu quarto, no apartamento que compartilhávamos com nossa outra amiga, Sabina.

- Sina, se não consegue falar vagina em voz alta, então não tem como conseguir escrever sobre pênis latejante e mamilos excitados.

O calor me inundou com a menção de pênis latejante, algo que eu nunca tinha vivenciado realmente. Os únicos pênis que eu já tinha visto foram cortesia do Tumblr e da pesquisa cautelosa no Google. Eu preferiria analisar um ao vivo porque, pelo que pude ver na internet e lia em outros romances, eles tinham uma mente própria, tensionando-se e se levantando quando excitados. Fiquei fascinada ao ver acontecer a verdadeira ereção. O que aconteceria se eu encostasse? Essa era uma pergunta que estava constantemente na minha cabeça.
Fui muito bem protegida por meus pais ao longo da vida. Fui ensinada em casa e passava muitos dias na praia ou lendo no meu quarto. Qualquer coisa escrita por Jane Austen era meu estilo de livro, até eu descobrir um dos romances eróticos da minha mãe no seu criado-mudo. Nós não conversávamos sobre sexo, nunca, então fiquei fascinada ao ler um livro sobre peitos e protuberâncias grandes. Não consegui evitar, fiquei viciada.
Desde então, leio livros de romance. Quando era jovem, lia apenas na biblioteca para nunca ser pega pela minha mãe, e conseguia me safar.
Durante a faculdade, me concentrei nos estudos, então foi só quando me formei que comecei a ler de novo, alimentando a paixão por romance dentro de mim.

- Ei, está ouvindo o que estou dizendo?
Sabina, minha melhor amiga e colega de casa, perguntou ao olhar para mim com a mão em seu robe cobrindo o quadril e seu cabelo enrolado em uma toalha.

- Humm, não - falei, com um sorriso inocente. Quando Sabina apareceu? - O que você estava dizendo?
Revirando os olhos, Sabina repetiu:

- Começou a escrever seu romance de novo?

Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora