Cap 4 - A estrada dos tijolos vermelhos

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Fabio estava deitado na cama esperando sua amante medieval tirar seu cinto de castidade e finalmente deixá-lo colher a flor de Mayberry do jardim que ela preparou lindamente para ele. Ele a observou andar em sua direção enquanto tirava as roupas, começando com seu sutiã branco de algodão. Ele percebeu que seus seios eram de tamanhos significativamente diferentes, mas expulsou esse pensamento e se concentrou no cinto que ela estava abrindo em sua cintura. Ela tirou a roupa de baixo e revelou um monte sedoso de cachos vermelhos brilhantes, que combinavam com os cachos em sua cabeça. Fabio começou a babar com a ideia de ser capaz de se perder nos cachos da cabeça dela e em seu jardim mágico…

— Não, você não pode escrever sobre as cortinas combinarem com o pano. Está maluca? — Sabina perguntou de trás do meu ombro, assustando-me até a medula.

— Vocês não podem continuar fazendo isso — berrei, cobrindo a tela do computador com a mão.

— Amante medieval? Você é melhor do que isso, Sina.

— Sei que sou — eu disse, desanimada. — Para ser sincera, nem sei mais se quero escrever um livro medieval. O sexo parece tão desastroso com toda essa armadura e tal. Quero dizer, onde ele coloca a espada? Só joga para o lado?

— Não, ele enfia na boceta dela, dãh.
Revirando os olhos, fechei o computador e peguei minha bolsa.

— Não estou falando sobre essa espada.

— Uau. — Sabina deu risada. — Noah me contou que vocês assistiram pornô ontem à noite, mas não achei que ele tivesse te influenciado tanto.

— Consigo ser atrevida se eu quiser — respondi, de cabeça erguida.

Saímos do apartamento, descemos as escadas e demos de cara com Noah, que estava carregando uma caixa de pizza e um fardo de cerveja. O homem conseguia comer e beber o que quisesse e não engordar um quilo. Como isso era justo?

— Jantar, senhoritas? — ele ofereceu.

— Desculpe, temos um compromisso — eu disse rapidamente ao tentar passar por ele, mas fui parada, é claro, por aquele sorriso.

— Que tipo de compromisso?

— Hora de arrancar o mato do “jardim feminino” — Sabina revelou, usando aspas.

— Cortar as ervas daninhas.

Noah ergueu uma sobrancelha para mim e, depois, olhou para minha virilha.
— Você é toda natural lá embaixo, amor?

Cobrindo a virilha com as mãos, como se não estivesse usando calça, falei:
— Não encare, e não. Eu aparo.

— Então qual é o problema?

— Ela vai depilar com cera — Sabina anunciou.

Encolhendo-se, ele olhou para mim com pena.
— Caramba, divirta-se com isso. Me mostra depois? — Ele mexeu as sobrancelhas, sempre me zoando.

— Saia da frente. — Eu o empurrei para o lado e saí do prédio.

Enquanto Sabina e eu andávamos até o metrô, ela falava sobre seu dia na Cosmo e ter que testar diferentes tipos de absorventes internos; pelo menos, não eram pegadores de cocô de gato. Eu preferiria falar sobre um absorvente interno todos os dias do que sobre uma pá de merda certificada.

— Então, Noah parece estar interessado em seus novos trabalhos — Sabina disse enquanto estávamos no metrô indo para o salão.

— Não parece diferente para mim. — Dei de ombros e verifiquei o feed do meu Instagram.

— Até parece, ele está claramente interessado em tirar sua virgindade.

— O quê?! — exclamei, engasgando com a saliva. -
Nunca que Noah estava interessado em transar comigo. Éramos amigos desde o primeiro ano, praticamente irmãos. Só de pensar que ele estava meio interessado em mim era, na verdade, hilário. Ele me via todos os dias desde o primeiro ano da faculdade, e com certeza não estava interessado.

Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora