Cap 19 - O pirulito carnudo

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O apartamento estava vazio quando chegamos. No caminho, ficamos presos no trânsito ― que novidade ―, então, quando chegamos, já estava escuro.
A volta foi cheia de tensão sexual, algo que nunca tinha realmente sentido por um período tão longo, então, em vez de tentar conversar, virei a cabeça para a janela e fingi estar dormindo. Fingir era a palavra-chave. Não tinha como dormir com a mão de Noah acariciando levemente minha coxa no caminho inteiro.
Ansiosa e inquieta, segui Noah para dentro do apartamento conforme ele acendia as luzes. Como uma covarde, fui direto para o meu quarto, onde poderia questionar meu dia com meu diário e, possivelmente, pensar em que tipo de comida chinesa queria me afogar.

— Aonde pensa que vai? — Noah perguntou ao ficar bem atrás de mim.
Sem me virar, respondi:

— Para o meu quarto, me trocar e…

— Não — ele me interrompeu. — Nós vamos para o meu quarto.

— O quê? Por quê?

Sem responder, Noah me levou ao seu quarto e, então, fechou a porta. Me virou em seu abraço e me olhou com a expressão mais séria que já tinha visto. Sua mão segurou minha bochecha conforme seu corpo invadia cada centímetro do meu espaço pessoal. Minhas costas encontraram a porta quando ele me prendeu, certificando-se de que eu não pudesse fugir, não que quisesse. Com seu polegar em meu maxilar, comecei a derreter.
Sua outra mão apertou minha cintura enquanto sua cabeça baixou até a minha. Ele era mais alto do que eu, então era meio que um longo caminho para nossos lábios se encontrarem, mas não me importava de ficar na ponta dos pés a fim de encontrá-lo na metade, o que era exatamente o que eu estava fazendo enquanto minha mão envolveu seu pescoço.
Nossos lábios se conectaram e meu estômago afundou por ter Noah me abraçando de novo. Todas as preocupações que sentira antes, a tensão, a inquietação, tudo se esvaiu no instante em que Noah me abraçou.
Ele era quente, reconfortante e sexy.
Caramba, ele era sexy, não tinha como negar, principalmente quando Virginia comemorou no instante em que seus lábios se conectaram aos meus.
Sendo um pouco aventureira, abri a boca e passei a língua em seus lábios, o que provocou um gemido saindo do seu peito. Sua mão, que antes estava em minha cintura, deslizou para baixo até a barra do meu vestido.

— Esperei tanto tempo para te beijar assim, te tocar assim. Deus, Sina, você está realizando meus sonhos agora.

Meu coração vacilou com suas palavras conforme ele começou a erguer meu vestido até sua mão encontrar a costura da minha calcinha na coxa. Arfei quando seus dedos dançaram pela costura da minha lingerie de vovó.
Afastando-se, ele olhou para mim, como se pedisse permissão para tirar meu vestido.
Puta merda, Noah queria tirar meu vestido, e o estranho era que eu queria que ele tirasse.

Engolindo em seco, assenti com a cabeça, tirando um sorriso dele.
A mão que estava no meu rosto foi para a barra do meu vestido e, com precisão, ele o tirou, exibindo meu sutiã tomara que caia e minha calcinha branca de algodão.
O quarto pareceu frio conforme fiquei apenas de lingerie diante de Noah, meu melhor amigo. Conseguia sentir meus mamilos se enrijecendo e não sabia se era devido à temperatura do quarto ou se pelo olhar de Noah, enquanto ele me analisava de cima a baixo. Mas sabia que a palpitação que se iniciou em Virginia era por causa de Noah, definitivamente por causa de Noah.

— Você é tão linda — Noah disse, e suas mãos encontraram meus quadris.

— Obrigada — agradeci, tímida.
Segurando minha mão, ele me levou para a cama e me sentou. Aquilo estava ficando sério, pensei, conforme Noah pegou sua camiseta emprestada e a tirou, revelando aquele peitoral perfeito.
Inclinando-se, ele me pressionou contra o colchão e pairou sobre mim.
Observei, fascinada, seu peito ondular, por estar se segurando. Sua pele era bronzeada, macia e lambível.
Acabei de falar lambível? Meu Senhor, estava ficando fogosa, mas, poxa, não conseguia evitar, já que Virginia estava me implorando para lamber cada parte do corpo dele.
Me sentindo um pouco descarada, segurei sua cabeça e a abaixei para meus lábios, continuando a beijá-lo, algo que sabia que fazia bem.
Ele ainda estava suspenso sobre mim, mas senti sua parte inferior relaxar, e foi quando senti a ereção dele na minha coxa. Curiosa, mexi a perna para sentir mais um pouco, para explorar sem deixar muito óbvio.
Através do seu short, senti o quanto ele estava excitado, o quanto ele era grande, e isso só serviu para fazer Virginia gritar de alegria. Erguendo e baixando a perna, eu o acariciei discretamente por cima do short e, depois da quinta vez, ele finalmente percebeu o movimento e começou a pressionar mais forte minha coxa, tornando o movimento cheio de fricção.
Conforme acariciava sua ereção com a perna e beijava o cara mais sexy que já tinha conhecido, pensei se isso era roçar. Ou era considerado afagar forte? Era difícil saber, porque parecia que eu o estava afagando ― que coisa estranha de se dizer ―, mas ele estava esfregando minha perna, então o que era isso? Um afago de ambos?

Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora