Cap 6 - A Vagina Esfumaçada

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— Está pronta? — Sabina perguntou, esparramada na minha cama, com as mãos sob o queixo e os pés no ar.

Não, pensei comigo mesma, conforme encarava o espelho. Estava usando um vestido de bolinha que ia até os joelhos com um topete grande sendo segurado por uma quantidade decente de spray de cabelo. Para finalizar o look, coloquei uma flor vermelha no cabelo com alguns grampos para garantir que ficaria presa. Eu estava pronta, pelo menos por fora, meu coração, por outro lado, estava batendo com força no peito.
— O máximo de pronta que consigo ficar.

— Bom, você está fantástica, sério, Sina, estou abismada.

— Obrigada, Sabina. Tem certeza de que meus peitos não estão muito à mostra?

— Não, estão ótimos e sua cintura está impossivelmente fina nesse vestido.

Era surpreendente, já que eu não era tão pequena quanto Sabina.

— Obrigada. Cadê o Noah? Pensei que ele fosse estar aqui.

— Não faço ideia. Enviei uma mensagem, mas ele não respondeu.

— Certo, bem, não quero me atrasar. Obrigada por toda a ajuda, Sabina.
Agradeço muito mesmo.

— Qualquer coisa para minha menina. Vá se divertir e não pense na parte do sexo durante a noite. Só relaxe, aproveite a companhia e, se beijar, beijou.

Assenti e olhei em volta no quarto.
— Viu meu tubinho de talco?

— Para que precisa dele? — ela perguntou ao olhar em volta comigo. — Aqui está.

— Obrigada. Desde a depilação, fiquei coçando, e descobri que talco ajuda. Acho que nunca mais vou depilar com cera.

— Você só teve uma reação ruim, nada de mais.

— Não é nada de mais quando tudo que você quer é arreganhar as pernas e agir como um maldito macaco coçando as bolas em um dia quente.

— Macacos fazem isso? — ela perguntou com uma sobrancelha erguida zombeteiramente.

— Na minha cabeça, fazem. Ok, preciso ir. — Me inclinei e dei um beijo na bochecha de Sabina. — Te mando mensagem mais tarde.

— Divirta-se. — Ela acenou para mim, depois uniu as mãos em uma palma.

O trajeto de metrô até o clube foi enervante, principalmente porque eu parecia bem fora de lugar, mas, então, era Nova York, ninguém parecia normal. A cidade era um caldeirão eclético de esquisitões, porém eu tinha orgulho de ser um deles. Não era sempre que se podia viver em um lugar onde todos são amplamente diferentes da pessoa logo ao lado. Eu amava cada centímetro dela.

Heyoon disse que Atticus queria me buscar em casa, porém pensei que seria tolice, já que precisaríamos ir de metrô ao clube de qualquer forma. Além disso, eu não estava muito preparada para ficar sozinha com ele, principalmente porque nem o conhecia, então era por isso que estava indo sozinha. Pensei que era incrivelmente atencioso, mas Heyoon e Sabina discordavam.

Assim que saí do metrô e andei os dois quarteirões até o clube, todo o meu nervosismo se esvaiu quando vi um monte de gente vestida exatamente como eu e parecendo mais do que empolgada para a noite.

Heyoon, Drew e Atticus estavam parados na calçada conversando quando cheguei perto.
— Oi, gente.

— Sina, você veio. — Heyoon me deu um grande abraço enquanto olhei para Atticus.

Ele estava vestido de acordo com a época, usando calças de tweed cinza, sapatos combinando, camisa branca com suspensórios vermelhos e gravata-borboleta vermelha. O cabelo dele estava penteado liso para o lado e seus olhos castanhos pareciam carinhosos e convidativos.

Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora