Cap 8 - A estrela do Norte

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— Estou te avisando, sou horrível no boliche.

Dei risada quando Lance e eu olhamos o monitor que apresentava nossa pontuação. Eu estava com desprezíveis cinquenta e dois pontos e Lance, com cento e oitenta, o que era bem impressionante para mim.

— Pelo menos, você está linda hoje. — Lance beliscou meu queixo, me fazendo derreter ali mesmo.

Eu estava nervosa para ir naquele encontro porque, sinceramente, não sabia o que esperar. Só tinha visto Lance uma vez e mal havíamos conversado, então ver esse lado divertido dele era diferente para mim; era intrigante.
Nos encontramos no boliche e eu fiquei instantaneamente intimidada ao ver que ele estava com quatro amigos todos vestidos para o boliche cósmico.
Felizmente, eu estava usando minha blusinha justa branca, jeans e sutiã verde neon. Eu me misturava no grupo, perfeitamente na verdade, mas, do lado de fora do boliche, eu parecia uma adolescente que passava seu tempo livre parada ao lado do poste de luz do posto de gasolina local. Bem elegante, outro nível.
Mas Lance adorou minha roupa e eu tinha que admitir que ele estava mais do que lindo com jeans escuros e uma camisa com decote V. Era simples, mas clássico.
— Quer fazer uma pausa? — Lance perguntou, colocando a mão na minha lombar.

— É uma boa ideia. Meu polegar está começando a doer.

— Own, você está com polegar de jogador de boliche. — Lance pegou meu dedo e levou aos lábios, onde o beijou suavemente.
Naquele instante, me senti como um daqueles personagens de desenho que começam a flutuar no ar enquanto balançam as pernas e coraçõezinhos explodem acima da cabeça. Um beijinho no polegar de Lance me fez querer dançar e comemorar com todo mundo.
Eu detestava ficar tão mexida com coisas pequenas, por um pequeno gesto de um homem me fazer tremer e estremecer na base, mas nunca tinha namorado. Nunca realmente fui a encontros e nunca me arrisquei por aí, então era legal poder receber um pouco de atenção masculina. Eu estava gostando.
Lance pegou minha mão, entrelaçou nossos dedos e me levou ao bar do boliche, onde me ajudou a subir no banquinho. Eu não era uma pessoa que frequentava boliches sempre, mas um boliche na grande cidade era bem diferente de um em uma cidade pequena. Era chique e bem elegante com assentos de couro branco e tijolinhos expostos.
Felizmente, Lance me avisou que, geralmente, o boliche tinha um código de vestimenta rígido, mas uma vez por mês eles tinham essa noite de boliche cósmico e encorajavam os jogadores a usar roupas coloridas e divertidas e blusas brancas para combinar com o clima, do contrário, tinha uma política que proibia roupas de ginástica e blusa branca. Quando os boliches se tornaram tão julgadores de uma camisa branca? Alôôô, eles já tinham visto a blusa clássica de boliche? Ãh, bem colada!

— O que você quer? — ele perguntou enquanto chamava o bartender.

— Hum, que tal uma margarita? Eles fazem isso?

— Acho que sim. — Quando o bartender veio, Lance pegou minha mão e disse: — Margarita geladíssima para esta mocinha e uma Stella pra mim, obrigado.

— Bebedor de cerveja? — perguntei, tentando puxar conversa.

— Amo cerveja. Cervejas diferentes artesanais são minhas preferidas.
Adoro viajar e visitar cervejarias locais, lugarzinhos onde eles fazem a própria cerveja. Já bebi umas muito boas de cervejarias locais — ele enrugou o nariz e continuou — e já bebi umas bem ruins que pareciam mijo.

Uma risada genuína saiu de mim com a expressão que ele fez.
— Oh, não, tão ruins assim?

Ele assentiu quando o bartender serviu nossos drinques. Lance pegou sua cerveja e deu um gole, virando-se no assento para ficar de frente para mim.

— Estava em Milwaukee para uma sessão de fotos em um veleiro no verão…

— Tem veleiros em Milwaukee? — perguntei, um pouco abismada por descobrir isso. Sempre imaginei Milwaukee como uma metrópoles frígida onde bonecos de neve e ursos polares jogavam hóquei no gelo.
Aparentemente, não era assim.

Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora