Alisei meu vestido ao me olhar. O dia anterior foi uma confusão. Só rezava para nunca mais ver Lance e para ele não contar para ninguém o que eu disse. Dizer que elevei a mulher louca dos gatos a outro nível era um eufemismo.
Trabalha em uma revista de gatos, trabalha com gatos, escreve sobre gatos, é virgem, confessou ser pegajosa e declarou amor no segundo encontro ― é, status de solteira confirmado para os próximos quarenta anos.Suspirando pesadamente, tirei meu cabelo do babyliss e enfiei os dedos nas mechas. Feliz com meu cabelo e o vestido branco de verão, coloquei sandálias marrons, peguei a bolsa e segui para a porta. Era hora do brunch com meus pais.
Estava na metade do caminho para a porta da frente quando alguém pigarreou atrás de mim. Me virei e vi Noah apoiado no sofá, usando short cáqui e polo branca que se ajustava perfeitamente em seu peito. Seu cabelo estava arrumado como sempre e ele usava sandálias marrons também. Deus, ele estava mais do que gostoso.— Bom dia, amor. Aonde pensa que vai?
Chocada por Noah estar no apartamento, que dirá conversando comigo, me virei para encará-lo e respondi:
— O que está fazendo aqui? Pensei que não fosse voltar até segunda.Ele deu de ombros e começou a andar na minha direção.
— Estava com fome e pensei que alguns pratos de torrada francesa a matariam.
— Você vai ao brunch comigo? — perguntei, um pouco chocada pela reviravolta nos sentimentos de Noah.
— Vou. — Ele sorriu em pé bem diante de mim. Pegou minha mão e beijou as costas dela. — Desculpe, Sina…
Ele estava me pedindo perdão quando fui eu que fui uma babaca. Como pude pensar em recusá-lo naquela noite? Estava tão confusa.
— Não, pare, pare de se desculpar. Sou eu que deveria pedir desculpa.
Não deveria ter sido tão, tão…— Que tal não fazermos isso? — ele me interrompeu. — Vamos só esquecer tudo e nos divertir em Long Island, comendo torrada francesa e jogando General.
— Não é certeza de que iremos jogar General. — Dei risada.
— Amor, quando se trata dos seus pais, é sempre certeza. Só espero que eu pegue os dados verdes neon desta vez. Eles dão sorte.
— Sei que, se avisar que vai usar os neons depois do brunch, vai conseguir jogar com eles.
— É melhor, porque, da última vez, tive que jogar com os dados vermelhos e não nos entrosamos direito.
— Vermelho não é sua cor.
— Não é mesmo. — Ele abriu aquele sorriso encantador para mim e, depois, me puxou para seu peito e beijou o topo da minha cabeça. — Senti sua falta, amor.
— Eu também, Noah. Principalmente depois de ontem.
— Ah, é? — Ele pigarreou e disse com uma voz séria: — Como está suportando, amor?
— Aff, odeio você e Sabina — respondi, me afastando e indo até a porta da frente.
Noah me alcançou e me virou enquanto ria.
— Não odeia, não. Você nos ama.— Infelizmente.
— Me diga, era muito torto mesmo?
Assenti e respondi:
— Sabe quando a cabeça de uma girafa se estende perpendicularmente com seu pescoço comprido?— Sei…
— Imagine isso, mas na forma de pau.
— Oh, merda. — Ele deu risada. — Caramba, você tirou foto?
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Escritora de Romance e... Virgem | 𝙉𝙤𝙖𝙧𝙩
HumorAlerta: "escritora de romance e... Virgem" é uma comédia que vai te fazer gargalhar como uma hiena em público. Leia no conforto da sua casa. Se você é viciado em cliffhangers, sentir o coração saindo pela boca e como se uma escavadeira tivesse acaba...