Sombra

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Sean 01:44 AM

Nunca acreditei no amor, ou em paixão, muito menos em relacionamentos. Minhas experiências de vida não me permitiam ter qualquer tipo de sentimento por alguém, porque para amar era preciso primeiro confiar e isso era um luxo do qual eu não me permiti ter. Mas inexplicavelmente quando aquela garota entrou no meu campo de visão não consegui parar de observá-la . Um olhar, bastou um simples olhar para mim. Acompanhei cada movimento dela a noite toda, incapaz de me desconectar. Seus enigmáticos olhos, seus movimentos delicados e sua voz melodiosa. Captei tudo, desde seus sorrisos falsos dado a amiga até o seu olhar instigante que escondia segredos profundos. De alguma forma, que eu não conseguia explicar aquela garota me passava uma sensação de que era igual a mim, tão igual a ponto de termos as mesmas feridas, quando sua amiga se distrai com algo ela fica com uma face melancólica como se fosse difícil estar ali, como se fosse difícil viver e para isso ela se escondeu na bebida, de novo e de novo sem se importar mais em parecer bem, até que finalmente a bebida consegue inebriar seus sentimentos a ponto de trazê la para a pista de dança para me mostrar como uma conexão funciona. Seus movimentos me deixaram completamente maravilhado para não dizer excitado, seus passos de dança tão quentes, tão sensuais, tão insinuantes. Algo me diz que ela tinha consciência que estava sendo observada pois sempre olhava incisivamente na minha direção tentando me decifrar. O DJ muda de música e nessa hora ela para de dançar e simplesmente me encara enquanto os outros ao seu redor continuam dançando repetidamente até que por um impulso ela se vira e começa a andar na minha direção. A cada passo que dava, mais perto da ebulição eu ficava, meu coração estava batendo muito rápido de uma forma descompassada, ela já estava bem perto quando por impulso me viro em direção a área escura da boate o mais rápido que eu posso e ouço sua voz ao fundo atrás de mim

— Hey!!!

Começo a andar entre as pessoas para despistá- la, mas ela continua me seguindo insistentemente me deixando mais tenso, ouço algumas reclamações ao fundo de pessoas que ela estava esbarrando mas permaneci andando entre as sombras até que resolvo olhar para trás para saber se eu tinha conseguido fugir mas ela se encontrava a poucos metros de mim e aí já era tarde tudo já havia parado e eu cheguei em um canto sem saída. O som é abafado pela visão que eu estava tendo dela naquele exato momento, as luzes estavam por toda parte nos cabelos dela que eram castanhos encaracolados e caiam suavemente pelo seu decote incisivo, estavam pela sua face iluminando seus olhar questionador, iluminado sua boca, sim, sua linda boca. Antes mesmo que eu possa fugir e tentar alguma outra rota de fuga, ela toca meu braço me fazendo virar para ela. Ficamos um bom tempo nos encarando em meio às sombras agora que os laseres tinham cessado e a havia uma fumaça por toda parte tornando o espaço entre nós abafado.

— Por que ficou me olhando a noite inteira? ela me pergunta um tanto alterada, provavelmente pelas várias bebidas que tomou. Fiquei sem reação a ela. só conseguia pensar em como devia ser bom ter ela numa cama quente sussurrando coisas depravadas em meu ouvido.

— Porque não me responde?

Ainda encarando - a digo:

— Você quer alguma alguma
coisa?

— O que? Ela pergunta com um semblante confuso.

— Quer alguma coisa ? Digo tirando um pacote do meu bolso para seu campo de visão.

Ela por fim entende o que quero dizer. Nos encaramos por longos segundos e quando acho que ela vai embora ela responde:

— Sim, eu quero.

Entrego para ela o pacote e logo em seguida ela ingere o conteúdo. observo atentamente
cada movimento seu focando nos seus lábios perfeitamente delineados. Decido momentaneamente que também quero me anestesiar, então assim como ela tomo um comprimido.

Depois de algum tempo não sei dizer quanto porque fiquei a observando dançar na minha frente, as coisas ao meu redor foram ficando borradas e ela virou meu foco principal. seus olhares direcionados para mim me deixavam completamente eufórico, não conseguia desviar a atenção.

— Como se chama garoto misterioso?

— Sean — respondi olhando atentamente para ela.

— hummmmm belo nome, eu sou a Blake caso queira saber.

Ela estava totalmente inebriada, sorria sem parar e me lançava olhares sensuais a cada minuto. Eu, por ter já certa experiência com a droga e tudo mais, estava um pouco melhor que ela.

— Eu gosto desse seu jeito misterioso, esse capuz te deixa sexy. Você tem cara de quem pertence a uma gangue.

Dou um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, ela estava certa, mas será que gosta de caras assim? será que já namorou caras assim?

— É que eu conheço seu tipo de longe, e sabe porque?

— Porque meu irmão era assim desse jeitinho.

— Era?

Vejo um lampejo de dor passar pelo seu rosto.

— Ele morreu, anos atrás — disse ela com um semblante afetado.

Assim como eu, ela tinha perdido alguém que amava. Essa descoberta me fez me sentir ainda mais atraído por ela, saber que alguém compartilha da mesma dor. Ela começa a dançar de novo ao som de In My Mind, de novo, sensualmente, até que chega bem perto de mim e fica a centímetros do meu rosto.

— Vamos dançar?

— Eu não danço respondo já um pouco tenso por sua proximidade.

As luzes coloridas piscam por nós mostrando seu rosto pretensiosamente sedutor. Ela chega mais perto de mim, olhando diretamente nos meus olhos, e não posso deixar de notar que sua boca está bem perto da minha.

— Tem certeza? Ela emudece seus lábios me deixando ainda mais louco do que eu já estava.

Engulo em seco, estávamos tão perto a ponto de eu sentir seu cheiro, e em nenhum momento desviamos o olhar. Então matando o pouco espaço existente entre nós ela me beija.

No começo, totalmente estou absorto pelo seu ato repentino mas relaxo conforme sou tomado pelo o calor emanando de nós dois, suas mãos passeiam por todo meu corpo me deixando no auge da excitação sempre me instigando, com uma mão toco seu rosto e ...

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No começo, totalmente estou absorto pelo seu ato repentino mas relaxo conforme sou tomado pelo o calor emanando de nós dois, suas mãos passeiam por todo meu corpo me deixando no auge da excitação sempre me instigando, com uma mão toco seu rosto e com a outra a puxo para mais perto de mim, apertando seu corpo querendo desesperadamente sentir mais e mais. Seu beijo era como um mix de sensações que nem mesmo as drogas me proporcionavam, meu coração pulsava freneticamente enquanto sua língua adentrava minha boca, primeiro calidamente depois freneticamente. Sua boca, seu corpo, tão suaves ao meu toque, tão calorosos, tão magnéticos, eu queria mais do que só um beijo, bem mais, e não me referindo só ao sexo, eu estava fora de si, mas minha mente gritava, que aquela garota tinha que ser minha de qualquer forma. Ela interrompe nosso beijo subitamente e se lança para longe de mim andando para trás em um ritmo lento com a boca borrada e sorrindo para mim.

— Até mais garoto misterioso — ela diz animadamente, deixando claro que gostou do que acabara de acontecer.

Antes que eu possa fazer qualquer coisa, ela some na massa de pessoas da pista e de repente me sinto sozinho novamente com meus demônios internos e pensando no que faria para achar Blake.

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