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No silêncio você me enviou
No fogo consumiu
Você pensou que eu ia esquecer
Mas está sempre na minha cabeça
...
Você é o pulso em minhas veias
Você é a guerra que eu travo
Você pode me mudar?
Você pode me mudar?
...
A Jovem mulher Blake luta dia...
O dormitório que ele me chamou para dormir era simplesmente uma ala inteira dentro do campus, era óbvio como eu poderia imaginar que alguém como ele ficaria num lugar pequeno? Óbvio que não. O bom desse fato é que eu não teria o risco de esbarrar nele durante a noite e nem ele em mim o que me deixava mais tranquila de certa forma. O lugar exibia um aspecto rústico antigo típico de universidade o interior era bem parecido com a casa dos Salvatore, escuro mas aconchegante, era tudo feito a madeira entalhada, as paredes, até mesmo o teto com grandes pilastras tudo isso passava um ar de riqueza e claro não poderia faltar o mini bar com wisky e vodka.
— Fique à vontade para beber o que quiser.
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Mas nem fudendo, tudo que eu menos precisava agora era de mais bebida álcoolica.
— Na verdade, quero um copo de água.
— Claro, vou pegar para você.
Ele se movimenta pela casa com uma fluidez espantosa, talvez vê-lo assim em seu habitat natural seja muito novo para mim, talvez o fato dele ser um mulherengo pisque como uma placa neon na minha cabeça me impedindo de ficar a vontade com sua presença. O silêncio está desagradável então decido que é hora de quebrá-lo.
— O que te fez passar o feriado aqui ?
— Eu tinha algumas coisas para fazer e uns trabalhos para corrigir - ele diz enquanto me entrega o copo de água.
— E a sua família?
— Viajando, foram esquiar no Canadá. Eles sempre viajam nos feriados e como não tem como eu ir durante o meio do ano fico aqui.
— Hummmmmm.
Não sei o que falar mais, geralmente nossas conversas não envolvem vida pessoal e bom fora a assuntos acadêmicos não sei o que dizer.
— E você? Passa sempre os feriados sozinha ?
— Sim.
— Deve ser solitário — ele diz casualmente enquanto se senta ao sofá do outro lado da sala.
— E é, mas não tenho escolha.
Eu não podia simplesmente mentir e falar olha para mim, sou órfã mas não se preocupe sou uma pessoa forte eu aguento, também não quero me parecer a vítima de uma trágica vida então eu simplesmente sou sincera e direta. Geralmente as pessoas são curiosas sobre como eu acabei sozinha e acabavam sendo intrusivas, mas ele não me perguntou nada só ficou bebericando o Whisky em seu copo.
— Quer saber, acho que quero beber algo sim.
Tudo que eu precisava fazer era manter o controle. Ficar na minha e não sorrir ou ser muito simpática. Depois de alguns copos eu já estava vendo a maioria das luzes ficarem brilhantes demais e isso não era bom. Mas o jogo de cartas entre eu e ele estava ótimo demais e eu estava cada vez mais desinibida.
