LunaDeu certo.
Estávamos a meia hora em uma conversa com Faruit no escritório do lugar, que agora fedia a fumaça e suor de bêbado.
Os assuntos era os mais variados possíveis, e eu estava me perguntando quanto tempo mais Adrian ia levar pra começar a descobrir o que de fato importava. Porque até agora, a conversa só serviu pra Faruit dar em cima de mim e fingir um interesse em uma amizade verdadeira com Adrian.
Uma falha das pessoas arrogantes, é que elas são tão rasas a ponto de nem se esforçarem em suas mentiras, porque ou ele acreditava ser ótimo convencendo a gente, ou estava tentando irritar o cara ao meu lado propositalmente.
Em ambos os motivos, ele estava sendo burro.
A conversa ia seguindo e os olhos de Faruit iam caindo descaradamente em meus peitos. Quanto mais eu ficava desconfortável, mais Adrian me puxava em direção a ele.
Faruit não parava de beber e ficava, se é que é possível, cada vez mais inconveniente. Duvido muito que na manhã seguinte se lembraria da metade da conversa, e eu quis que sua ressaca fosse tão infernal quanto meus minutos em sua presença.
– ... no baile do ano passado já estávamos juntos, mas Luna sempre foi tímida e discreta, então a poupei de toda atenção.
Adrian apertou e fez um leve carinho em minha mão, que estava gelada e tensa. Retribui com uma tentativa de sorriso.
– É uma pena, adoraria tê-la conhecido antes – fitou meu corpo – E como vão os negócioss?
– Ah! Sobre isso, eu queria poder dizer que vão bem como sempre, mas ando tendo certas dores de cabeças com problemas insistentes, estou trabalhando para que logo tudo seja resolvido. Ou ficarei alguns milhares de dólares menos rico.
– Mesmo? Que problemas são esses? Posso tentar te ajudar, tenho muitos amigos importantes nesta cidade – Posso ter interpretado errado, mas aquilo tinha soado uma ameaça pra mim – Sabe como é, uma mão lava a outra.
A meu lado, Adrian enrijeceu. Não consigo dizer se por ter sentido o mesmo ou se realmente a paciência dele com o projeto de vampiro Nosferatu estava chegando ao fim.
– Bom, você já deve ter ouvido falar sobre a organização do Condon, certo?
– A sim, eu já ouvi m-muita coisa, são eles que estão te incomodando? – A gagueira e os olhos vermelhos entregavam seu ponto crítico de embriaguez.
Perfeito.
– A ordem tem atrapalhado muito as vendas de minhas armas, sabe como é. Mas a última coisa que soube era que Condon havia sido assassinado, mas sei que os homens dele não pararam de traficar, ainda estão operantes. E eu estou quebrando a cabeça para descobrir quem é o responsável pelos meus prejuízos.
– E só isso que está te perturbando? Francamente homem. Você está mesmo às cegas.
– Sabe de alguma coisa? – Adrian jogou a isca.
– Se s-sei de alguma coisa? Eu sou Faruit Hallon, eu sei de tudo – Outra risada pavorosa – Condon não só foi assassinado, como foi pelas mãos de seu filho.
Você acaba de ser fisgado peixinho.
– Condon Lanes, tinha um filho?
– A tinha, Bryan Lanes. Filho da primeira esposa. Aquela que Condon matou justamente onde o corpo dele foi encontrado. Na Marina Del Rey.
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O anjo vendido
Romance🏅New adult - Concluído. Se apaixonar nunca foi tão aterrorizante assim. Mas Luna Garcia e Adrian Bertolini, irão descobrir que o amor pode surgir nos piores cenários possíveis. Uma pessoa que foi criada para causar medo e caos onde passa, pode toc...