Capítulo 26 (+16)

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Adrian

     – Não vai me responder?

     – Ai meu Deus. AI MEU DEUS, ADRIAN.

     Luna soluçou chorosa, e pulou em meu colo, os braços contornaram meu pescoço me abraçando. Desta vez ela estava literalmente encima de mim, com uma perna de cada lado do meu quadril se tremendo toda. Ela fungou e voltou a me olhar.

     – Diga alguma coisa, por favor.

     – Eu te amo – Ela disse, roçando os lábios nos meus – Dios, como eu te amo. E vou te amar independente do que o futuro trouxer. Por mais que precise fazer coisas as quais não lido bem. Sempre vou te amar – Soltei todo o ar de meus pulmões a apertando com força.

     – Posso considerar isso como um sim?

     – É obvio que pode. Eu me casaria com você hoje se possível fosse – Apertei suas coxas e afastei meu tronco surpreso. Sorri maldosamente – Não – Ela parou – Não, Adrian. Foi modo de dizer. Não faça nenhuma loucura, por favor, ainda precisamos de um tempo de calma para nós antes de qualquer evento deste tipo.

     – O quê? Eu achei que quisesse se casar comigo...

     – E quero, o que não significa que precisamos ter pressa só porque tocamos neste assunto agora. Temos que nos resolver primeiro. Quero respirar um pouco.

     – Nos não tocamos neste assunto, Luna. Eu te fiz um pedido. Um pedido de casamento. Pode ter sido básico demais pra você, sem nenhuma firula, mas foi um pedido real – Ela sorriu – Posso refazê-lo da maneira como geralmente fazem se assim preferir. Se este não tiver sido bom o suficiente.

     – Ah! Não que este não tenha sido bom, mas eu iria adorar ver Adrian Bertolini, o próprio Anjo Vendido e líder da corporação mais temida do País, realizando um ato romântico e brega, digno de livros de romance, em especial para mim.

     – Gosta de me ver ao seus pés, amor? É isso o que quer?

     Apertei sua cintura e ela se debateu rindo. Deixei um beijo suave em sua clavícula quando ela tombou a cabeça para trás.

     – Uma mulher tem que sonhar.

     – Já que você insiste – A tomei em meus braços – Mas agora precisamos nos preparar para acordar de verdade, senhora Bertolini.

     – Eu ainda sou apenas Garcia – Mordi seu lábio inferior antes mesmo de ela terminar a frase.

     – Por pouco tempo.

     Nos tirei da cama e a carreguei como se carrega um saco de batatas. A barra do vestido molhado encostou em mim pelo caminho e eu parei a colocando no chão do banheiro.

     – Luna. O que é isso?

     – O quê?

     – Por que você está sempre descalça e desta vez ainda com a roupa molhada?

     – A-Ah! Isto? – Ela me deu um olhar inocente. Bufei.

     – Tire a roupa e entre no Box, senhorita Garcia. Vou te aquecer.

– Sim, senhor Bertolini.

(...)

Acordei com meu pau latejando e meu saco doendo dentro do shorts. Tive um puta sonho erótico com minha noiva, depois de uma das melhores noites de descanso que tive nos últimos meses. Ainda no breu do quarto, estendo a mão no colchão procurando o corpo de minha mulher e tudo que sinto é o macio do edredom. Aciono as cortinas e vasculho o quarto com o olhar, estou sozinho aqui. 

O anjo vendidoOnde histórias criam vida. Descubra agora