Capítulo 20 (+18)

748 49 25
                                    




Adrian

Número desconhecido: Estou começando a perder a paciência, anjinho. Entregue minha irmã ou começarei a tomar medidas mais drásticas.

Olhei para o celular, inspirando forças para me manter calmo. Bryan já havia feito vários atentados na cidade, toda minha equipe estava trabalhando mais que a policia do país. Eu odiava ter que mentir para Luna, mas desde que descobri que ele é seu irmão é tudo que venho feito.

Não sei o que aconteceria se Luna descobrir por ele o parentesco que tem. Estremeço sempre que ela recebe uma mensagem ou ligação, temendo pelo pior.

O medo é real.

Não posso perdê-la.

Nunca quis relacionamento. Nunca pensei em ter alguém, uma família para chamar de minha.

Até Luna.

Com ela, quero tudo.

Se alma gêmea existe, ela é a minha.

– Adrian, você escutou o que eu disse?

Olho para ela. Luna está completamente limpa de qualquer maquiagem. Em seu rosto os lábios estavam corados naturalmente, a bochecha vermelha pelo frio e os olhinhos verdes e grandes me fitando com curiosidade. No corpo, uma blusa minha e calça de pano. A manga da blusa ultrapassava os dedos de suas mãos, à medida que falava e se mexia a sobra de pano balançava no ar, como uma criancinha.

Ela estava fofa.

– Escuto tudo o que você me fala – Bloqueei o celular e o deixei na mesa, voltando a lhe dar atenção – Mas não posso fazer isso.

– Pode sim. Já falei com o Andreas e ele já cuidou de tudo. Hoje você irá descansar. É seu aniversário, caramba.

– Sei que você e meu irmão são amigos, sabe-se lá porque caralhos..., mas isso não significa que podem ficar de complô contra mim.

– Não estamos de complô contra você, muito pelo contrário. É para o seu bem.

– Preciso trabalhar, princesa.

– Adrian Bertolini, levanta a bunda dessa cadeira agora e vai já para seu quarto.

Luna bateu o pé no chão, enquanto apontava pra mim e depois para cima com os dedos cobertos pela blusa. Precisei me segurar para não rir de sua tentativa falha de parecer autoritária. Meus lábios se curvaram levemente.

– Sabe de uma coisa?

– O quê?

Andei em sua direção. A levantei do chão colocando em meus braços. Luna emitiu um gritinho assim que a puxei, deu um sorrisinho e se agarrou a meu pescoço.

Comecei a andar em destino ao nosso quarto, quase sem precisar fazer muito esforço. Ela pesava como uma pena.

– Você venceu. E eu já até sei qual é a primeira coisa que eu vou querer fazer.

– E o que é? – Sorri.

– Você já vai descobrir, senhorita Garcia.

Assim que cheguei ao quarto, após trancar a porta e coloca-la ao chão, avancei sobre sua boca, com regência e adoração. Ela suspirou, gemeu, me arranhou e se colocou nas pontas dos pés na tentativa de procurar por mais contato. Eu estava tentando ir devagar, mas ela parecia necessitada e pela primeira vez durante nossa relação, a vi tomar iniciativas.

O anjo vendidoOnde histórias criam vida. Descubra agora