AdrianNúmero desconhecido: Estou começando a perder a paciência, anjinho. Entregue minha irmã ou começarei a tomar medidas mais drásticas.
Olhei para o celular, inspirando forças para me manter calmo. Bryan já havia feito vários atentados na cidade, toda minha equipe estava trabalhando mais que a policia do país. Eu odiava ter que mentir para Luna, mas desde que descobri que ele é seu irmão é tudo que venho feito.
Não sei o que aconteceria se Luna descobrir por ele o parentesco que tem. Estremeço sempre que ela recebe uma mensagem ou ligação, temendo pelo pior.
O medo é real.
Não posso perdê-la.
Nunca quis relacionamento. Nunca pensei em ter alguém, uma família para chamar de minha.
Até Luna.
Com ela, quero tudo.
Se alma gêmea existe, ela é a minha.
– Adrian, você escutou o que eu disse?
Olho para ela. Luna está completamente limpa de qualquer maquiagem. Em seu rosto os lábios estavam corados naturalmente, a bochecha vermelha pelo frio e os olhinhos verdes e grandes me fitando com curiosidade. No corpo, uma blusa minha e calça de pano. A manga da blusa ultrapassava os dedos de suas mãos, à medida que falava e se mexia a sobra de pano balançava no ar, como uma criancinha.
Ela estava fofa.
– Escuto tudo o que você me fala – Bloqueei o celular e o deixei na mesa, voltando a lhe dar atenção – Mas não posso fazer isso.
– Pode sim. Já falei com o Andreas e ele já cuidou de tudo. Hoje você irá descansar. É seu aniversário, caramba.
– Sei que você e meu irmão são amigos, sabe-se lá porque caralhos..., mas isso não significa que podem ficar de complô contra mim.
– Não estamos de complô contra você, muito pelo contrário. É para o seu bem.
– Preciso trabalhar, princesa.
– Adrian Bertolini, levanta a bunda dessa cadeira agora e vai já para seu quarto.
Luna bateu o pé no chão, enquanto apontava pra mim e depois para cima com os dedos cobertos pela blusa. Precisei me segurar para não rir de sua tentativa falha de parecer autoritária. Meus lábios se curvaram levemente.
– Sabe de uma coisa?
– O quê?
Andei em sua direção. A levantei do chão colocando em meus braços. Luna emitiu um gritinho assim que a puxei, deu um sorrisinho e se agarrou a meu pescoço.
Comecei a andar em destino ao nosso quarto, quase sem precisar fazer muito esforço. Ela pesava como uma pena.
– Você venceu. E eu já até sei qual é a primeira coisa que eu vou querer fazer.
– E o que é? – Sorri.
– Você já vai descobrir, senhorita Garcia.
Assim que cheguei ao quarto, após trancar a porta e coloca-la ao chão, avancei sobre sua boca, com regência e adoração. Ela suspirou, gemeu, me arranhou e se colocou nas pontas dos pés na tentativa de procurar por mais contato. Eu estava tentando ir devagar, mas ela parecia necessitada e pela primeira vez durante nossa relação, a vi tomar iniciativas.
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O anjo vendido
Romance🏅New adult - Concluído. Se apaixonar nunca foi tão aterrorizante assim. Mas Luna Garcia e Adrian Bertolini, irão descobrir que o amor pode surgir nos piores cenários possíveis. Uma pessoa que foi criada para causar medo e caos onde passa, pode toc...