Capítulo final (+18)

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Luna

(Tempos depois)

Eu estava sonhando com o dia de meu casamento, era mais como uma lembrança. A festa de 15 convidados entre eles alguns de nossos funcionários. Minha barriga marcando no vestido e no pé eu não usava nada além de minhas unhas pintadas, meu noivo foi muito contra isso. Estávamos na primavera e toda a área externa estava florida, havia margaridas por toda parte, Adrian fez questão que minhas flores preferidas decorasse o evento. Aliás, meu agora marido, foi quem organizou todo o evento junto de seu irmão, já que quase sempre eu estava indisposta.

A casa agora já não é tão feia assim, na verdade, a cada dia se transforma em um lar mais charmoso e acolhedor. A decoração mal se assemelha a antiga e esta sem dúvida tem bem mais a nossa cara.

O primeiro passo foi dado após eu presentear Adrian com um quadro novo de sua família, o mesmo que me assustava sempre que eu entrava na biblioteca. Desta vez mandei que retirassem o patriarca da imagem deixando apenas os irmãos Bertolini's junto de sua mãe. Existem também novos quadros espalhados pela casa de nossa família e creio que virão muito outros, já que ele redescobriu seu talento pela arte.

      Senti um sopro em minha nuca, o vento quente me faz arrepiar e despertar, não abri meus olhos ainda, mas sei que não é necessário abri-los para saber do que se trata. Abro um sorriso e ganho um beijo em meu pescoço. Sinto os lábios de meu marido percorrendo o caminho até meu queixo antes de beijar meus lábios.

     – Bom dia, linda.

     – Bom dia, meu amor.

     Adrian fez uma leve cara de espanto e em seguida abriu o maior sorriso que pode, analisando cada canto de meu rosto ainda inchado pelo sono.

     – O que foi?

     – Nada, só estou apreciando.

     – Ao quê?

     – Sabe o quão raro é você me chamar assim? Gosto de ouvir.

     – Você nunca me disse.

     – Gosto de escutar você dizendo espontaneamente e não só pro meu agrado. É mais gostoso – Sussurrou a última parte em meus lábios alisando minha barriga reta – As vezes sinto falta de quando existia uma curva generosa nesta parte de seu corpo.

     – Claro que sente, não era você que sofria todo o processo, ficou com apenas as alegrias – Ele bufou uma risada.

      – Você sabe que se eu pudesse, passaria por todo sofrimento por ti, mas infelizmente a medicina ainda não avançou tanto assim.

     – Sim, infelizmente.

     Ganho beijos descontraídos pelo rosto, até minha boca, sentindo uma corrente elétrica me atingir e me excitar ao poucos. Adrian toca meu corpo com desejo, e os apertos pesados começam a me sensibilizar. Não demora muito para que ambos comecemos a ofegar.

     Em segundos o corpo pesado e cheio de músculos está por cima de mim me imprensando contra o colchão, não estamos usando nenhuma roupa, então tudo está mais tátil.

O anjo vendidoOnde histórias criam vida. Descubra agora