Desejo

422 30 0
                                    


"Evitar o perigo não é a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada, ou então não é nada."

-Hellen Keller

Spencer Reid

Um dia átipico na UAC havia nos permitido ir mais cedo para casa naquela tarde. Segurando um buquê de flores do campo que havia comprado na floricultura há duas quadras, eu subi os degraus dos três lances de escada da garagem até o meu apartamento tentando imaginar o que eu poderia dizer, mas meus esboços de discurso desapareceram quando coloquei os olhos nela. - Droga Elisa, o que você faz com a minha cabeça.

- Chegou mais cedo. - Ela largou o copo de café sobre a mesa. Usava um vestido azul bebê de slças finas com margaridas brancas, e mais do que obviamente os pés estavam descalços.

- Estava tudo muito estranhamente tranquilo hoje. - Sorri. - Toma, são para você. - Estendi os braços entregando o buquê a ela.

-Spence, são lindas. - Ah como esse apelido soava bem na voz dela. Ela jogou um dos seus braços, o que não segurava o buquê por cima do meu pescoço em um abraço apertado. -Senta, eu acabei de fazer um café.

- Preto, muito acúcar? - Ela assentiu. - Arrastei a cadeira e me sentei na ponta da mesa. Ela encheu de água o jarro em que despositou as flores ates de colocá-lo no balcão da cozinha.

- Como foi hoje? - Me entregou a xicára sentando na cadeira a minha frente logo em seguida.

-Bem. Até terminamos antes do previsto-Eu dei um gole no café - Estranhamente calmo.

- Bom, melhor assim, sem casos, sem gente morrendo, certo? - Assenti. O silêncio que se sucedeu da fala não foi torturante, mas foi curioso. O aroma delicioso do café indagava meu olfato e me trazia uma sensção de satisfação. Posso fazer uma pergunta? - Afirmei positivamente com a cabeça. - Você se arrependeu do que aconteceu ontem? - Franzi o senho. - Das coisas que dissemos um para o outro, do beijo...

- Claro que não.Por que me fez essa pergunta?- Ela deu de ombros.- Eu sei que as coisas tem parecido estranhas e desconfortáveis talvez, mas quero que saiba que isso é apenas consequência da minha falta de experiência em lidar com sentimentos. A minha inteligência é o meu refúgio para todas as coisas, menos para isso. Quando tenho que lidar com você ou tentar organizar os sentimentos eu me sinto como se fosse a pessoa mais burra do mundo. Quando eu tinha treze anos de idade eu tentei construir um triângulo de Penrose.

- Você conseguiu? - Neguei com a cabeça.

-Ele é impossível de ser construido, é uma incógnita que nunca foi resolvida. E trenho quebrado a minha cabeça da mesma maneira, quierendo conseguir explicar tudo que eu sinto e fracasando miserávelmente. - Dei uma pausa curta. Seus olhos castanhos me encaravam e as pupilas estavam dilatadas. - Você é o meu Triângulo de Penrose, Elisa. - Ela abriu um sorriso que fez até minha alma se arrepiar. Ah Elisa Hairrs, como você pode ser tão perfeita?

- Eu acho que você tem pensado demais. - Ela segurou minha mão sobre a mesa.

- Se eu parar de pensar, o que vem a seguir nunca é racional.

- Talvez ai esteja o seu grande problema, Dr. - Franzi o senho. - Sentimentos não são racionais. - Não pude evitar de sorrir, talvez ela tivesse razão. Elisa levantou da cadeira em em fração de segundos roubando de mim a possibilidade se quer de entender o que veria a seguir ela apertou os seus lábios contra os meus. Mas aquele beijo era diferente dos outros. Era mais apertado, mais quente, nos moviámos com mais rapidez e a sensação de calor dominou o meu corpo de uma forma completamente nova. Em alguns míseros degundos Elisa sentou sobre meu colo deixando as suas pernas uma de cada lado do meu corpo. Afastei meus lábios dos dela para poder encará-la.

A minha meninaOnde histórias criam vida. Descubra agora