Autodestrutivo - Draco Malfoy

7. O que os olhos não veem, o coração não sente

Se as horas que antecedem a primeira prova do torneio fossem definidas em apenas uma palavra, ela seria: angústia.

Harry estava angustiado com o que teria que fazer para vencer o dragão que iria enfrentar. Ronald estava angustiado, em segredo, pela vida do amigo mas não sabia como dizer depois de vários dias brigados. Hermione, Gina e Luna não esconderam como se sentiam, mas nem nos sonhos mais otimistas isso melhoraria a situação.

Depois que Dumbledore chegou na tenda bem a tempo de expulsar a jornalista sem noção, Hermione também saiu da tenda e foi se sentar na arquibancada que estava sendo dividida entre os alunos da grifinória e os da lufa-lufa, o que não era a melhor das ideias levando em consideração a situação atual entre as casas com o sorteio de Potter. O quarteto estava sentado na arquibancada da corvinal,  junto com as alunas de Beauxbatons, esperando pelo primeiro participante.

Krum, que foi o primeiro sorteado, apareceu na arena. Uma grande parte da torcida gritou, principalmente Durmstrang e Sonserina que dividiam a mesma arquibancada. Ele fez um sinal para o público, mas logo se abaixou com o rugido do dragão que teria que enfrentar cortou a multidão de gritos.

Um a um, cada participante teve que duelar contra o dragão que escolheram em busca do ovo dourado que precisam pegar. Cada campeão demorou tanto que pareceram horas para o público que assistia, e Lilith e os amigos não conseguiam esperar sem roer as unhas de puro nervosismo. Era uma prova extremamente difícil e da tenda dos campeões tudo que Harry conseguia ouvir eram os gritos que ora pareciam de susto, ora pareciam de excitação.

Quando Harry apareceu não esperava que sua casa estivesse lá gritando por ele depois do jeito que o trataram durante toda a semana. Procurou pelas amigas que mais deram força para que ele lutasse durante esse momento tão difícil e as encontrou na arquibancada da corvinal. Assim que o dragão apareceu, Potter correu para se esconder e sua mente deu um branco total, o coração dele e dos amigos disparou em desespero. Ao longe Lilith ouviu a voz de uma garota, que ela não reconheceu, gritar para Harry pegar e usar a varinha e depois de perder minutos para entender, foi isso que ele fez.

Todas as arquibancadas ficaram em silêncio esperando pelo o que iria acontecer, o sangue gelou e a maioria quase não piscava em pura ansiedade. Quando faltava muito pouco para que Harry fosse atacado pelo dragão, sua firebolt apareceu cortando o ar e todos os amigos do menino que sobreviveu gritaram de alívio, excitação e felicidade. Ele estava quase conseguindo vencer a prova, mas não demorou muito para que a apreensão voltasse a ser predominantemente, quanto mais ele demorava a voltar.

Draco, diferente dos amigos grifinórios e corvinais do mais novo dos campeões, estava se sentindo completamente entediado com o torneio então passou todas as provas, cada minuto em que não estava fazendo piada maldosas para que seus amigos rirem, observando a arquibancada azul e bronze que ficava ao lado da sua. A visão era ruim, mas ele aproveitou o melhor que podia, mesmo que odiasse cada segundo que não fosse ele o centro das atenções.

Minutos muito longos se separam até que Harry voltasse sozinho, algumas pessoas esperaram pelo dragão mas ele nunca apareceu. O moreno levantou o grande ovo dourado e toda a grifinória, algumas pessoas da lufa-lufa e corvinal se levantaram extasiadas. Era mais uma vitória na lista de muitas que faziam parte da vida de Harry Potter, o menino que sobreviveu.

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Lilith e Luna andavam alegremente até a comunal da grifinória para a "pequena festa" em comemoração que os gêmeos haviam preparado. Sendo convidadas especiais para a família Weasley, estavam as duas muito bem arrumadas e perfumadas. Não que fosse uma grande festa mas não queriam fazer feio na comemoração dos amigos. Nenhuma delas notou, mas estavam sendo observadas por um Draco Malfoy que estava escondido nas sombras de uma das estátuas trabalhando em um desenho de rosas vermelhas, não foi uma ação intencional, mas ele a viu passando.