Lilith não conseguia achar uma posição confortável para se deitar. O braço do qual ela tirou sangue no começo da tarde ainda estava latejando muito, mais que o normal. Falando em normalidade, a Sra. Accalia pareceu ter tirado mais sangue que das outras vezes, já que Lili teve que ficar mais tempo com Madame Pomfrey e também precisou beber mais doses de poção energética.
No entanto, não era somente o braço dolorido que dificultava o sono da garota ruiva da corvinal. Essa era uma daquelas noites em que Lilith não conseguiria dormir sem que os sonhos confusos e estranhos a perturbassem durante toda a madrugada. Dessa vez, eles tinham um teor melancólico e um pouco mórbido, baseavam-se em uma estatueta característica e um túmulo específico em um labirinto de espinhos.
Mas durante esse ano, ela não foi a única a ser assombrada durante a noite.
Harry Potter, o menino que sobreviveu, também tem pesadelos aterrorizantes em que ele acorda suado e ofegante, e em todos eles está a presença do lorde das trevas. Desde a copa mundial de quadribol, quando os comensais atacaram pela primeira vez, Harry sentiu uma parte desprezível e maldosa se revirar em seu âmago. E pelo menos uma vez por mês, essa parte ficava mais forte e se enraivece ainda mais, essa era uma dessas vezes.
Tudo que ele sentia borbulhar era raiva, rancor e sede de vingança, Potter só conseguia pensar no que fazer pra sair vitorioso em uma batalha que ele nem entendia o qual era. O pobre menino, tão ingenuamente, acreditou que se tratava do torneio tribruxo. Ele deveria alcançar a glória voltando com a taça dos campeões, e mesmo sabendo que ele não queria nada disso, Potter decidiu cumprir esse objetivo. Ele ganharia o torneio, levantaria a taça e depois... depois... ele não sabia o que vinha depois, nem pra que ele queria vencer a competição e sabia menos ainda de onde vinham esses sentimentos sufocantes que ele sentia.
A única pessoa que parecia estar tendo sonhos felizes era o príncipe da sonserina, Draco Malfoy. Depois de beber muitas doses de whisky de fogo, fazer muitas companheiras de casa não desviarem o olhar dele e, para encerrar bem a noite de sexta, vencer a aposta com Theo e Zabini de conseguir levar Melissa para seu quarto, agora se divertia com a imagem de ter uma certa aluna da corvinal dormindo em seus braços.
Ele vai ficar triste e raivoso quando acordar e perceber que passou toda a madrugada abraçado com um travesseiro, ao invés da sua garota, mas era de longe o sonho mais tranquilo que acontecia em Hogwarts aquela noite.
Em contrapartida, longe dali um grupo de pessoas estava muito bem acordado – por vontade própria, devo dizer – e planejando o último passo do seu plano triunfal: o retorno do líder ainda debilitado, preso a um corpo frágil e incapaz de se manter sozinho.
Pedro era aquele responsável por servir todos os senhores reunidos; vinho para os seguidores, algo muito parecido com vinho na cor, mas a textura, o sabor e os componentes eram extremamente diferentes, para o lorde. Tudo em lindos cálices de prata polidos e brilhantes. Se aproximando da poltrona onde Nagini que estava descansando enrolada, foi rápido em retirar três gotas do veneno das presas sem fazer com que a serpente se estresse com sua presença.
As gotas foram meticulosamente misturadas à bebida daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Pettigrew prontamente se colocou ao lado do corpo incompleto de Lord Voldemort, o servindo com cuidado para não derramar, o fiel serviçal sabia o quão volátil era o humor do bruxo e como sua benevolência poderia desaparecer antes mesmo de ele suspirar desculpas apressadas.
Assim que as primeiras gotas descem pela garganta, o maligno bruxo já se sentiu mais forte e revigorado, pela capacidade máxima que o poção pudesse exercer, e mesmo que fosse mais forte que o sangue puro de unicórnio, ainda não era o suficiente para que ele pudesse ter um corpo autônomo. Mas a sensação de vitalidade e o aumento passageiro das capacidade mágicas - que não fossem limitadas pela deficiência física – valiam a pena.
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Autodestrutivo - Draco Malfoy
FanfictionLilith o odeia desde o seu primeiro ano, mas ela não era a única, todos os seus amigos o odiavam também. Afinal, Draco Malfoy era grosseiro e cruel. Ele não perdia a oportunidade de implicar com ela, mas a verdade é que Draco não conhecia outra man...