Autodestrutivo - Draco Malfoy

40. O amor cresce no quadrado da distância

Na terça-feira, depois da chegada em Hogwarts, Dumbledore finalmente apareceu no café da manhã pela primeira vez, tomando de volta o seu lugar como diretor e surpreendendo os poucos alunos que decidiram voltar para as aulas. Muitas famílias preferiram se afastar do mundo bruxo, as que tinham mais dinheiro saíram da Grã-bretanha com medo de que as coisas fiquem ainda pior tão rápido quanto na primeira guerra., por isso os corredores pareciam mais vazios que o habitual e os espaços vazios nas mesas do grande salão não passavam despercebidos.

Os alunos da Grifinória agora estavam em maior número junto com os alunos da Sonserina já os lufanos e corvinos estavam em números menores que a capacidade total de alunos, quartos inteiros das comunais estavam vazios e fechados. Nenhum aluno, nem mesmo o mais corajoso, tinha coragem de andar sozinho pelos corredores devido aos acontecimentos recentes, por isso estavam sempre em grupos ou, no mínimo, duplas.

Apesar dos pesares, os adolescentes estavam se esforçando para aproveitar a semana de volta às aulas. Na noite do mesmo dia, uma competição de jogos aconteceu na comunal da Grifinória, as gincanas eram regadas de cervejas amanteigadas e uma gritaria que os professores escolheram ignorar para que a escola parecesse um pouco mais viva. Alguns alunos mais velhos da Lufa-lufa – que também colaboraram para a organização da festa – conseguiram roubar das estufas uma quantia considerável de alihotsy para quem queria desestressar, a festinha foi um sucesso, mesmo com algumas pessoas se recusando a ir.

Naquela terça a realeza da Sonserina tinha seus próprios planos. Depois de assaltarem a cozinha se trancaram no quarto de Pansy e Daphne para uma festa do pijama com muitos doces e três garrafas de um vinho caríssimo que Blaise ganhou de presente de natal da sua mãe, mais tarde Pansy pegou uma garrafa de saquê favorito do seu pai que ela roubou antes de voltar para Hogwarts. Lilith e Luna estavam lá também. Embora o clima fosse descontraído existia uma melancolia muito palpável entre os membros da festinha particular.

Na quinta-feira a Corvinal pediu autorização para organizar uma roda cultural, não querendo que a volta às aulas não passassem em branco, porque os alunos não estavam muito no clima. Quando os professores concordaram e a noite chegou a comunal estava totalmente escurecida, algumas luzes douradas deixavam a comunal parecida com a versão mais celestial do Olimpo, a fumaça perfumada trazia aconchego e mistério para a noite. Os adolescentes que foram convidados estavam espalhados por todos os cantos, suados e chapados, se pegando nos lugares mais escuros, bebendo poções coloridas e falando alto nos sofás. Os sonserinos fizeram questão de participar dessa roda cultural causando o máximo de caos que eles conseguiram.

Theo estava fazendo seu trabalho de distrair Lilith enquanto o grupo se dividia por alguns instantes. Os dois juntos com Luna e Pansy se apossaram de um sofá isolado no canto assim que chegaram e fizeram sua própria área vip na confraternização. Quando estavam confortáveis, com Pansy agindo como se fosse a dona do mundo, esperaram o resto do grupo chegar. Daphne e Blaise demoraram mais para chegar e Draco faltou avisando que tinha algo importante para resolver.

Blaise e Daphne chegaram meia hora depois, ele com duas garrafas de whisky de fogo e ela emburrada e pisando forte. Pansy que já estava bêbada sorriu com olhos maldosos quando a namorada se jogou do seu lado no sofá, tomou o copo da sua mão e virou o líquido amargo de uma vez só.

— Astória de novo? — A morena provocou e Daphne bufou em resposta ficando ainda mais irritada ao pensar na irmã mais nova.

— O que ela fez? — Lili perguntou curiosa e entregou uma bebida mais doce que a loira gostava. Daphne suspirou e sorriu fraco em agradecimento.

— Adivinha onde aquela pentelha estava? — era uma pergunta retórica. Daphne estava tão estressada que a voz que normalmente é mais baixa e aveludada agora era alta e estridente.