Capítulo 4: Minhas opções.
*Autora*
Sakura se surpreendeu com a quantidade de pessoas que compartilhavam aquele espaço. Imaginou que por ser um dia qualquer de semana, estaria vazio. Ledo engano seu, o pequeno lugar estava salpicado de pessoas de todas as idades.
O ar denso pediu passagem pelos seus pulmões, uma mistura de aromas não era a coisa mais atraente do mundo, pitadas de cigarro, bebida alcoólica e fritura eram alguns dos distintos cheiros em que a jovem moça conseguia distinguir. Sentiu instintivamente cabeças virarem por onde andava.
Sakura bufou, embora a respiração só tivesse tornado o interior do ambiente mais quente. Tudo o que o mundo sabia sobre Haruno Sakura, a terceira garrafa de um time lendário, a sobra, o elo feminino do time 7. E a jovem queria manter as coisas dessa forma, que deixassem pensar que ainda era a vulnerável, a reclusa do grupo.
Os móveis altos serpenteavam as paredes do local, servindo de bancadas para os mais solitários, enquanto mesas redondas com até cinco bancos de madeira velha eram espalhadas por todo o centro, alguns bancos rangiam do estado que se encontravam. O pequeno bar contém duas senhoras atendendo e um jovem o qual parecia ser o responsável por preparar as bebidas.
Uma pequena janela para o interior era a única indicação da cozinha do local, periodicamente alguém empurrava um prato para o lado de dentro e uma das senhoras logo se punha a servir o pedido.
Era o único lugar aberto naquele horário afinal. A jovem mulher escaneou o local com um olhar analisador, buscando a resposta para seu então problema, percebeu alguns ninjas ainda com vestes de missões e muitos AMBU's, provavelmente voltando de seus turnos ou retornando de missões. Focou na mesa onde surpreendentemente a equipe 9 estava localizada, bem, pelo menos parte dela.
Neji, Ten Ten e Lee estavam em uma mesa redonda no fundo da taverna e pareciam um tanto sujos... talvez tenham voltado de uma missão logo mais, a morena e o jovem com as maiores sobrancelhas de Konoha estavam engajados em um diálogo animado, enquanto Neji permanecia quieto observado.
Foi apenas Sakura recitar em sua mente o nome de Neji, que o moreno tornou sua atenção a ela, seus olhos se encontraram de primeira quase como se esse tempo todo ele soubesse que ela estava ali.
Sakura percebeu que poderia ser fruto de seu poder ocular ou até temeu que o jovem Hyuga tenha aprendido a ler mentes. As duas possibilidades lhe causaram um arrepio, visto que sempre temeu Neji, ainda mais depois de quase ter matado uma de suas mais queridas amigas durante a infância.
Por algum motivo, bem provavelmente orgulho, a mulher de cabelos rosas manteve seu olhar firme, carregando todo o peso do byakugan desativado. Só assim percebeu o quanto Neji era bonito, seu rosto era uma cópia de todos de seu clã, mas seu cabelo era o diferencial mais charmoso no homem.
Ao contrário dos tons preto azulados de Hinata, seu castanho quente parecia convidá-la a acariciá-lo. Os longos fios deixavam o homem charmoso demais para seu próprio bem. Sakura poderia usa-lo para tirar sua virginidade, ela pensou por alguns segundo que a ideia seria péssima, Neji tinha cara de ser bruto na hora do sexo e não tornaria sua primeira vez fácil.
Apesar de jovens, tinha certeza que quase todos de seu ciclo social já haviam se aventurado sexualmente em algum nível. Suas amigas conversavam sobre isso abertamente e sabia que até mesmo Hinata havia dado seu primeiro beijo, mesmo que um tanto sem querer, com Naruto.
Tinha certeza que Neji Hyuga não seria mais virgem. Ele simplesmente exalava sexualidade da forma mais discreta possível, e muito tentadora.
Era melhor não arriscar, ele ainda estava muito envolvido em seu ciclo de amizades e esse envolvimento poderia trazer muitos problemas futuros. Com essa conclusão, a mulher desvia o olhar, que estava ficando intenso demais entre os dois, para fitar quem acabara de adentrar o bar.
Ele.
Ela percebeu.
Ele definitivamente seria a resposta.
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Perdida na Solidão
FanfictionPerdida na solidão, encontrando novos objetivos na AMBU, entretanto as regras desta associação a pegam desprevenida e tendo que apelar para uma das únicas pessoas a quem confia. Ela estava disposta, apenas não sabia que ao ser aceita teria que dar...