Capítulo 16: Escolhas mal feitas
*POV Kakashi*
Idiota, idiota, idiota.
Como pude ser tão patético?
Ela havia pego o que queria e ido embora. Usou seu corpo apenas para completar aquela missão desumana e absurda, me descartando logo em seguida. E o pior de tudo foi que me apeguei a ela muito antes disso. Talvez tenha sido muito antes de ser amor, desde o primeiro momento em que decidi confiar.
Alguma daquelas palavras foi verdade?
Não, a resposta era simples e clara como a luz do dia. Tudo era uma ilusão, eu estou me sentindo um completo idiota por acreditar tão cegamente nas palavras de minha ex-aluna.
Sakura. Minha linda nova obsessão traiçoeira.
No momento que fecho meus olhos, eu a vejo - os olhos, seu sorriso, seu andar gracioso. Lembro-me de seu sorriso e suas lágrimas, e sofro por ela de uma forma que vai além do desejo do meu pau pela sua carne sedosa.
Tanto quanto gostaria de transar com ela, também quero abraçá-la, ouvir sua respiração ao meu lado e sentir o cheiro de pêssego quente de sua pele. Porra, eu sinto falta dela e a odeio por isso.
Imagino-a deitada em seus braços, sonolentos e fartos após o sexo, e minha fúria transborda em agonia, apertando meu peito até que não posso respirar. Eu teria uma dúzia de costelas quebradas, sofreria uma centena de queimaduras para evitar essa sensação.
Eu faria qualquer coisa para tê-la comigo novamente.
Filha da puta.
Acendo a lâmpada de cabeceira e sento, estremecendo com a nova dor em minha alma.
Eu tenho que tê-la de volta.
Eu simplesmente tenho.
.
.
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*Autora*
Ela é jovem, sabe pouco da vida e tudo que lhe foi mostrado até agora gerou dor e ressentimento a ela. Em menos de 48 horas seu mundo mudou completamente, havia dado seu corpo pela primeira vez, largado sua profissão que tanto sonhou e adentrado uma organização mortal e perigosa.
Mesmo assim não conseguia parar de se questionar: era mesmo isso que queria para si?
Agora, entretanto, era tarde demais para voltar atrás, pelo menos era o que pensava. Kakashi-sensei provavelmente a odiaria e para ser sincera, ela não fazia ideia de como lidar com isso. Por algum motivo, preferia enfrentar um exército ao ter que constatar o ódio emanando dos olhos do homem que ela havia tão desesperadamente de apaixonado.
A ideia de ver a decepção estampada no rosto de Kakashi lhe causava calafrios, e definitivamente não dos bons.
Estava distraída entrando as portas do que seria sua nova casa dali para frente. Havia enviado um aviso que a missão estava completa e como não recebeu uma resposta, decidiu ir pessoalmente. o prédio precisava urgentemente de uma reforma, a pintura descascada em certos pontos fazendo parecer um prédio abandonado, ecoando opostamente no meio de uma vila tão bonita e organizada.
As paredes estavam definitivamente deterioradas e parecendo a qualquer momento quererem desabar. Isso, porém, não afetava em nada para Sakura. Ela havia desistido do conforto a muito tempo.
Não conseguiu bloquear as memórias da noite passada, a cama macia do quarto de Kakashi e aquela estrutura tão bela e confortável. Um lugar para se chamar de lar, para criar uma família. Uma casa.
Ela havia apenas descoberto parte do prédio durante suas visitas anteriores, porém sabia que aquela construção escondia vários andares subterrâneos e cheios de segredos. E sendo sincera, isso a apavorava muito.
Sua mente ainda estava a mil e isso ia contra todos os seus treinamentos de foco. Tanto que mal percebeu que se encontrava perdida nos milhares de corredores da ANBU. Ouviu uma voz distante e a seguiu, com o intuito de pedir orientação a aqueles que estavam ali contudo jamais pensou que estava prestes a cair em uma armadilha.
Tentou ser silenciosa como os ANBUS treinados, não queria parecer uma amadora no meio deles ou motivo de piada. A voz foi aumentando até que conseguia finalmente distinguir as palavras que estavam sendo ditas.
-.... não importa a sua localização, ele já enviou o aviso. Está na hora, o ataque irá acontecer em breve e então assim que Tsunade cair, iremos dar o golpe. Tudo está planejado, Danzou-sama. - Ela não conseguia reconhecer a voz do subordinado, mas algo no seu timbre lhe parecia familiar demais...
- Ótimo, é essencial que Tsunade morra, caso Pain não consiga tal êxito, faça você mesmo.
- Hai! Sua vontade é minha ordem, senhor. - Sakura pode perceber o tom debochado do homem.
A jovem inatamente dá passos para trás, não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Um golpe? Pain? O que aquilo significava? Por que Tsunade precisava morrer?
Ela tinha que dar um jeito de sair imediatamente dali, claramente Danzou não era confiável como havia julgado, suas palavras estavam envoltas de ganância e prepotência e Sakura sabia o quão perigoso isso poderia ser para um homem.
Ela estava pronta para dar meia volta quando duas mãos fortes e frias agarraram seus braços por trás, e quando percebeu já havia algemas de chakra prendendo seus pulsos.
- É tão feio ouvir a conversa dos outros, rosadinha. - A voz do subordinado que falava com Danzou soou em suas costas, ele ainda a apertava e parecia se divertir com o desespero da garota.
- Que gracinha...
- Tsk, chega Kabuto. É uma pena... eu tinha tantos planos para você pequena cerejeira. Mas você ouviu de mais.
Kabuto? Sakura se esticou para olhar para trás e encontrou um rosto totalmente desconhecido. Aquele seria Kabuto? Ela não estava entendendo nada.
- Leve-a! Faça bom uso, veja isso como um... presente.
O homem a puxa contra seu corpo, suas mãos tocando lugares sem sua permissão. Sakura tenta se afastar mas as algemas já estavam efetuando seu dever com muito êxito, sugando cada gota de seu tão precioso chakra.
- Hai! Um presente gracioso, como sempre, foi um desprazer de revê-lo Danzou.
- Não esqueça de sua promessa.
- Orochimaru nunca se esquece de nada, considere-se feito.
E então, tudo ficou escuro.
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Damnnnn, alguém acabou se ferrando né?
Talvez tenha sido mais proveitoso ter ficado na cama dormindo com Kakashi.
O que vocês acham, caros leitores?
O que Kabuto fará com Sakura?
Vejo vocês no próximo capítulo!
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XoXo
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Perdida na Solidão
FanfictionPerdida na solidão, encontrando novos objetivos na AMBU, entretanto as regras desta associação a pegam desprevenida e tendo que apelar para uma das únicas pessoas a quem confia. Ela estava disposta, apenas não sabia que ao ser aceita teria que dar...