Para qualquer que seja o fim

95 6 5
                                    

Capítulo 27 -  Para qualquer que seja o fim.

*Autora*

No deserto vasto, a quase alcançar Suna, os muros da cidade tornavam-se visíveis. Entretanto, foi o oeste que lhes chamou a atenção, com um chamado profundo e assombroso, direcionando-os àquela vila que consideravam lar, embora soubessem que era uma jornada para além dos limites conhecidos.

Uma jornada para os campos onde, há tempos distantes, a primeira guerra ninja havia desencadeado sua fúria. Foi lá, naqueles campos ancestrais, que o céu se manchou de um vermelho profundo e angustiante.

O céu sangrou, vermelho tão forte quanto o clã que pertencia.

Uma lua de sangue emergiu, não como guia noturna, mas como um presságio sombrio, uma mensagem em tons escarlates. Era um presságio do mal, uma ameaça gravada nos céus por mãos que remontavam a um clã quase perdido, cujo conhecimento era mais instintivo do que racional.

A vermelhidão celeste era um aviso em si mesmo, um grito mudo da natureza, clamando que algo sombrio e inquietante estava se formando nos confins da existência. Era uma mensagem que atravessava o espaço e o tempo, ecoando nos corações daqueles que se aventuravam na vastidão.

As sombras projetadas pelo presságio pareciam sussurrar sobre o caos e a desolação que se aproximavam. E mesmo que o desconhecido os chamasse com sua sinistra melodia, o grupo sabia que não podia ignorar o chamado. Era como se a própria alma da terra estivesse os convocando de volta para casa, para o epicentro da tormenta iminente.

Guerra.

A guerra havia começado, e eles estavam tão longe.

Teriam que viajar dois dias sem interrupções para chegar... a não ser que Kakashi usasse seu Sharingan. Seria um risco à sua própria vida, entretanto um risco que estaria mais que disposto a correr.

Em meio a essa atmosfera carregada de urgência e presságios, a certeza da guerra os envolvia como uma névoa densa e irrevogável. A decisão estava tomada, ressoando como um eco nos recessos de suas mentes e corações.

Juntos, eles trilhariam o caminho de volta para Konoha, mas não seria uma mera jornada para o lar. Seria uma cruzada para os campos de batalha, onde os destinos de muitos se entrelaçariam.

Ela, com sua determinação inquebrantável, empunharia suas habilidades com a graça de uma tempestade prestes a se desencadear. Ele, com sua força silenciosa, ergueria seu espírito para defender tudo o que amava.

E até mesmo o jovem indesejado, que antes era uma figura marginal, agora erguia a cabeça com um novo brilho nos olhos, pronto para provar seu valor. Todos compartilhavam uma compreensão profunda e visceral de que suas jornadas individuais haviam se transformado em um único e indomável curso de ação.

E assim, com os ecos da lua de sangue reverberando em suas almas, eles seguiriam, guiados pelo destino que os aguardava nos campos de guerra. Sabiam, sem sombra de dúvida, que era naquele turbilhão de caos e heroísmo que encontrariam seu propósito mais profundo. O redemoinho de suas vidas os levava inexoravelmente para aquele lugar onde o futuro seria forjado em sangue, suor e coragem, onde o destino do mundo ninja seria decidido pelos passos que ousavam dar.

Com pulos curtos de teletransporte, aproximaram-se inexoravelmente do epicentro da carnificina. Passo a passo, a distância diminuía, até que estavam tão próximos que as vozes do conflito encharcavam seus ouvidos.

Gritos de guerra rasgavam o ar, ecoando como clamores ancestrais; o choque de kunais contra escudos soava como trovões distantes. Justus eram lançados com um ímpeto feroz, enquanto os caídos, num espetáculo sobrenatural, eram trazidos de volta à vida para dançar outra dança de morte.

E ali, no limiar da batalha, emergia Naruto, uma figura tão lendária quanto real. Sua presença na linha de frente era como um farol de esperança em meio à tempestade de aço e fogo.

Mas ao se voltarem, a cena que se desenrolava à sua frente era um quadro de horror. Os colegas que compartilharam risos, sonhos e treinamentos, agora estavam cobertos de sangue, testemunhas de um embate que transcendia a compreensão humana. A visão impactante não era apenas um choque visual, mas um apelo profundo aos seus corações, uma chamada à ação.

- Para qualquer fim? - Ela sussurrou, baixo o suficiente para que apenas Kakashi pudesse ouvir.

- Para qualquer fim, pequena. Quando isso tudo acabar, irei me casar com você - Ele respondeu, dando-lhe um último beijo antes de partir para o front.

- Não deixarei que se esqueça desta promessa, Kakashi Hatake; - Sakura grita, vendo as costas de Kakashi quase sumirem em sua frente.

Os campos de batalha se transformaram em um turbilhão de lâminas cintilantes, chamas dançantes e corações inquebrantáveis quando a fúria de Kakashi se chocou na batalha, seus amigos gritando em reconhecimento e alívio. Em meio ao caos, eles escrevem seu capítulo na crônica sangrenta da guerra, selando seu destino com cada passo dado, cada ataque desferido, como se estivessem respondendo ao chamado do destino com uma única e unificada voz.

- Não esperarei menos, futura Sakura Hatake. - Diz Kakashi, avançando mais fundo no campo de batalha.

Para qualquer que seja o fim.

FIM!

.

.

.

Uhul! Mais uma história linda finalizada!

Pensei em exeter para além da guerra, mas infelizmente não estou com tempo para me dedicar para escrita como antes e não queria deixar essa fic sem um desfecho, quem sabe em um futuro próximo possa haver uma continuidade.

E sim! Muitas lindas referências nesse último capítulo, tais quais meu livro preferido: Trono de vidro.

Espero que tenham gostado e adoraria saber o que se passou na cabeça de vcs lendo essa história, quais foram os pontos que vocês acharam fortes e quais dariam para melhorar.

Estou curiosa pra saber o que acharam do desfecho e fico no aguardo para saber!

Beijos e obrigada por acompanhar!!

Perdida na SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora