Perdida na Solidão

Sem esperanças

Capítulo 8: Sem esperanças.

*Autora*

Estava internamente desolada, havia investido suas primeiras vinte e quatro horas na possibilidade de conseguir algo com Kakashi. Sentia que por mais que a situação lhes fosse forçada, estava ansiosa com a ideia dele ser seu primeiro.

Ela gostava dele, demasiadamente. Desde pequena sempre admirou secretamente a beleza do sensei assim como qualquer outra garotinha inocentemente faria, contudo seu amor desenfreado por Sasuke a deixava um tanto cega e na época as peças entre Kakashi e ela não se encaixavam.

Hoje, entretanto,  se dando a oportunidade de analisar o corpo de Kakashi como uma mulher faria, de relembrar como aquela convivência era fácil e confortável, fez com que ficasse animada e até excitada pensando em como seria sua primeira vez com ele.

Se deu o luxo de imaginar seu corpo pressionado ao seu, suas respirações ritmadas e a pressão das suas intimidades se chocando, os gemidos contidos em seu ouvido, fazendo o corpo de ambos arrepiarem. Qual seria a sensação dos seus calos robustos sobre sua pele tão imaculada? Seria bruto? Gentil? Lhe pareceu uma ótima ideia, uma sensação a ser almejada. Mas tudo foi por água abaixo quando ouviu aquelas palavras.

Eu não posso fazer isso, eu não posso fazer isso, eu não posso fazer isso, eu não posso fazer isso.

Então encontrarei quem faça, Kakashi-sensei!

.

.

.

- Sakura. Espere!

Ele estava segurando seu pulso e suas palavras ecoavam pela viela escura, o aperto cada vez mais firme e decidido. Mudaria de ideia tão subitamente?

O silêncio se estendeu, Sakura agora sentia lágrimas salpicaram suas bochechas, ambos estavam alheios às três estrelas que presenciaram a cena atentas no céu, o destino estava se concretizando e sequer sabiam disso. Ela se recusava a virar para ele, a lhe dar a satisfação em saber o quanto suas palavras encontraram o alvo perfeito em seu coração.

Estava cansada de ser vista chorando, de fraquejar toda a maldita vez. A jovem mulher não conseguia compreender que aquilo não era uma fraqueza. A verdadeira força estava nas pessoas que conseguiam lidar com seus sentimentos, de sentir sem ter vergonha ou receio, que naquele mundo cruel ninja, conseguir cultivar emoções era raro e algo a ser protegido, não destruído.

Todos os grandes ninjas que renegaram seus sentimentos caíram, grandes nomes, grandes poderes. Todos perdidos por não conseguirem se livrar do orgulho excessivo e da frieza auto imposta. Ela tinha que aceitar sua própria natureza ou iria acabar consigo mesma, poderia usar suas emoções como sua força primal e mudar o mundo ninja com aquilo.

- Só me prometa... Não se dê para qualquer um Sakura, é um momento importante... - Kakashi engasgou, imagens de outros homens tocando seu corpo delicado e perfeito estavam possuindo sua mente e ele não gostava nada daquilo.

Ele estava escolhendo as palavras erradas e sabia disso. Não conseguia evitar. Tinha raiva de si mesmo por deixar sua moralidade falar mais alto enquanto tudo que desejava era carregar aquela pequena moça em seu colo até sua casa. Tirar cada peça de roupa que os cercava e mostrar o que como é sentir o verdadeiro prazer.

Será que havia desenterrado algum tipo de sentimento pela ex-aluna? Definitivamente não era amor, pelo menos não ainda. Estava mais para uma atração e um carinho pela pessoa que Sakura era. Ele não tinha estruturas ou nomes para definir por hora e estava disposto a compreender melhor.

Mas não podia.

Se ele a machucasse? Por kami, iria se culpar até a morte. Ou se estivesse enganado sobre aquela atração? Nada mudaria o fato de que ela é 8 anos mais nova e que ainda tinha uma semana até atingir a maioridade. Era tão errado de tantas formas.

Ele a conheceu quando tinha apenas dez anos, já era um jovem adulto na época, ainda imaturo e cheio de cicatrizes da vida em seu coração, depois desses sete anos de convivência a viu florescer em várias formas. O que aquilo diria sobre si? Como poderia desejar aquela jovem mulher?

Nunca tiveram uma relação fraternal, no início Kakashi fora muito duro com todos seus alunos, delegando tarefas brutais e treinamentos concisos e cansativos. Eventualmente, aquilo evoluiu em uma forte amizade, e agora nisso.

Estava inseguro também pois havia ficado apenas com três mulheres em toda sua vida, tinha sim experiência visto que um de seus casos durou bons meses e era regado de relações íntimas entre ambos, entretanto não estava acostumado com se relacionar ou iniciar algo propriamente dito.

- Se você não me ajudar, então me deixe ir. - A voz da jovem moça saiu tremula e frágil. 

Um suspiro alto foi ouvido por Sakura, ela conseguia sentir a luta interna na mente do homem. Seus pensamentos eram altos e a tensão em seu pulso ficava cada vez mais evidente. Até que então o calor sumiu, seu braço despencou ao lado de seu corpo, sem mais sentir o constante puxão no pulso.

Ele a deixou ir. 

Mesmo quando tudo gritava para que não, ele soltou seu braço e a deixou ir.

.

.

.

Cara, toda vez que releio esse caps fico sensível.

Gente, ele realmente deixou ela ir, o que acham disso?

Quais as expectativas de vocês para esse casal?

Me contem tudo, btw, vocês querem HOT ou querem uma fic mais romantiquinha?

Me deixem saber!