Sentimentos semânticos

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Capítulo 14: Sentimentos semânticos.

*Autora*

E quando o mundo parece parar em sua volta, isso significa que encontrou a pessoa certa? Naquele exato momento, apertada entre os braços de Kakashi, Sakura tinha certeza de que a resposta era sim.

Os dois eram tão malditamente diferentes, mas ao mesmo tempo compartilhavam de sentimentos tão iguais: Como uma cerejeira poderia um dia se entregar para uma sombra? Uma sombra que durante tantos anos foi tão raivosa e cheia de ódio, tão sozinha e melancólica. Como uma velha sombra poderia se abrir para uma cerejeira? Uma cerejeira forte e robusta, que teimava em crescer nos solos mais inapropriados para sua natureza, que conhecia o sentimento de solidão com a palma de sua mão.

Não precisavam de uma explicação, pois no final, o amor simplesmente acontece. É tão simples quanto a poesia, tão fácil de amar sem ser compreendido, um olhar que vem da alma, um sorriso que acalma.

A noite foi comendo os minutos que lhes restavam, logo teriam que retornar as suas vidas, retornar para a missão que a mulher tanto desejou, as estrelas permaneciam fielmente em suas posições milenares enquanto as nuvens dançavam abaixo delas, zombando de sua tão vil liberdade.

Foi suave como a brisa daquela noite que Sakura adormeceu sob os braços fortes de Kakashi, e pela primeira vez depois de muito.... muito tempo, sonhou.

Era um sonho e apenas isso, mas um fogo reacendeu em seu coração, á muito forçado a apagar e escondido no âmago de sua alma e ela sabia muito bem o que era aquilo: Esperança.

Esperança de finalmente poder desfrutar da felicidade e dos prazeres da vida sem se culpar pelos seus pecados passados, por poder criar a família que sempre sonhou desde pequena.

Esperança e amor. O que mais ela poderia desejar?

.

.

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*POV Kakashi*

- Seus braços.- Ela acena com a mão para mim. - Eu realmente gosto deles.

Ela havia dormido por alguns minutos, não tenho certeza de quantos mas me pegou de surpresa quando ouvi sua voz.

Eu estava começando a me acostumar com o jeito que ela me olha, como se quisesse me louvar. Como se fosse o último de seu doce preferido na vitrine da padaria. Como se me desejasse tanto mas não soubesse muito bem o que fazer com isso.

- Você acabou de dizer a primeira coisa que lhe veio à sua mente, não é?

- Só com você. - Ela admite, suas bochechas ficando rosadas.

- Eu gosto disso, pequena.

Estávamos dando um tempo para nossos corpos se acalmarem agora, marcas de minhas mãos contornavam todo o corpo branco de Sakura e aposto que o meu não estava tão longe assim. Conseguia sentir a leve ardência das marcas de unha que ela fez em minhas costas.

Porra, isso estava me deixando exitado denovo. Todo mundo precisa de uma garota como Sakura. Linda, forte e incrível. Uma mulher que fique olhando para você como se ela pensasse que você é um deus.

- Você é perfeita. - Digo deslizando minha mão pelo seu rosto, acariciando levemente as marcas de meus dentes em seu pescoço.

- Não, eu não. Olhe para você.- Seu olhar desliza sobre meus peitorais, até meu estômago. Meu pau se contrai quase dolorosamente contra a frente e fico de lado, tentando escondê-lo dela.

Perdida na SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora