XVIII

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Pov Arizona.

Eu fiquei quase 4 dias naquele lugar, a no segundo, logo depois de mandar a mensagem eu ouvi um grito, um grito de dor, meu coração chegou tremer e eu comecei a chorar.

Depois daquilo eu não ouvi mais nada em nenhum dos dias, no segundo eu mandei mensagem para April, mas a mesma não me respondeu, no terceiro, eu mandei mensagem para a Addison, eu tinha o número da mesma porque as vezes ela ia lá no apartamento quando a Callie não estava.

Mas, minhas esperanças morreram quando meu relógio descarregou e eu não sabia se a mensagem havia enviado ou não.

Naquele mesmo dia, um dos capangas da Cristina me bateu por ter achado o relógio no meu quarto, mas como estava descarregado ele não estava ligando.

- O que esta fazendo?- Morgan perguntou, quando o viu me segurando.

- Ela estava mandando mensagem pelo relógio.- ele disse enfurecido.

- O relógio está quebrado, seu idiota.- falei.- Ele nem ligando está.

- Deixa de ser mentirosa.- ele disse.

- Deve ter quebrando quando você me bateu a dois dias atrás.- falei e Morgan o olhou.

Depois daquele dia eu não o vi mais, e eu sinceramente estava com medo do que poderia ter acontecido.

No dia seguinte daquele eu ouvi uma sirene tocando, a Morgan gritando com alguém e o cara respondendo, mas nada da Callie, eu só queria ver se a mesma estava bem.

- Solta a grávida.- ouvi a voz de Addison, amiga da Callie. - Solte-a!- ela ordenou.- Você quer ver como eu tenho uma mira muito boa?

- Solta, eu já fiz o que eu queria mesmo, que era matar a policial.- Morgan disse, abrindo a porta e mostrando Callie desacordada no chão.


Eu me joguei em cima do corpo dela alí, e não liguei mais para nada, meu mundo tinha acabado.

Depois disso eu fiquei dias trancada no quarto, dias deitada sem me alimentar direito e foi quando a Addison resolveu me contar que a Callie estava bem e estava fora de perigo.

Nesses dez dias na casa dela, eu dormia em sua cama para poder sentir seu cheiro, eu usava suas roupas, eu mexia em seu celular.

Descobri coisas sobre ela que nem imagina.

A Callie me amava.

Eu nunca havia visto um Torres em minha vida, só ela, mas depois que eu soube que a mesma estava bem, apareceu uns 20 nesse apartamento.

A mãe de Callie que olhou de cima abaixo, olhou minha barriga e perguntou se realmente era neto dela.

O pai dela apenas sorriu, e disse que estava feliz pelo neto.

Mas a abuela dela, essa me olhou de um jeito que eu não sabia explicar, eu não sabia se era bom o ruim, eu só ouvi a mesma cochichar para a mãe de Callie " então é essa mulher que a nossa Callie está apaixonada? Ela não é nem latina"

Foi difícil, mas eu soube lidar.

Eu não estava pronta pra ir ao hospital ver a Callie, mas foi preciso, ela queria saber se eu estava bem, como o bebê estava, como estávamos lidando.

Como eu ia contar que eu tinha que estar de repouso absoluto, que o estresse foi tão traumático que minha gravidez se tornou de risco?

Mas eu fui, e ver ela sorrir ao me ver foi tão satisfatório.

Eu andei até ela, eu abracei, eu a beijei, eu chorei dizendo que estava com medo de perde-la e no final eu disse o que sentia, disse o que estava guardado a muito tempo.

- Eu amo você, Calliope, nunca mais faça isso na sua vida.- eu disse, a abraçando.

- Arizona..

- Ei, não precisa dizer nada, eu só quero que saiba.- ela me puxou para um abraço.

Callie ficou no hospital por mais duas semanas, e eu ia visitar a mesma todo dia, eu levava flores, frutas e seus livros favoritos.

Foi bom ver a evolução dela, foi bom ver seus hematomas sumindo, foi bom ver ela melhorar.

Não vou negar que já estava cansativo ir ao hospital todo dia, minha barriga já estava enorme, eu já estava com 7 meses e esse menino estava maior do que o esperado.

Talvez ele não crescesse mais, mas a abuela da Callie disse que os Torres são grandes e como ele é um Torres já era de se esperar.

Chegou o grande dia, o dia em que a Callie iria para casa, o dia em que meu coração iria se acalmar de vez, já que ela estaria lá comigo 24h.

Quem foi buscar a mesma foi seu pai, Carlos Torres, Dona Lúcia e dona Rosa, sua mãe e abuela, fizeram o almoço, e eu apenas estudei e me arrumei para ela.

Callie chegou em uma cadeira de rodas, seu braço estava apenas com uma tala, seus hematomas eram poucos visíveis, mas sua feição de dor ainda era notória.

Ela me abraçou e elogiou meu vestido, beijou sua mãe e vó, contando como estava feliz por elas estarem alí e logo me olhou mais uma vez.

- Eu meio que tive um sonho.- ela disse.- Um anjinho, dizendo ser nosso filho, pediu pra eu aguentar firme e não desistir, que você e ele estariam esperando por mim.- contou.- E ele me dizia que o nome dele era Thomas.

- Eu pensei nesse nome esses dias.- falei.- Estava esperando você acordar pra ver o que você acha.

- Eu amei.- ela disse.- Igual eu amo a vocês.


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Sumi por uns dias, mas já estou de volta..

Espero que estejam gostando e até a próxima..

Ta sem revisão..


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