Capítulo 7

1.6K 184 10
                                    

Boa leitura!

Atena

Tiro meus óculos massageando minhas têmporas sentindo a minha paciência por um fio com o discurso interminável de uns dos membros do conselho da Família Costa, ele está há um bom tempo tentando me convencer a reconsiderar a minha decisão sobre o tráfico de pessoas.

—Atena... —Ergo a mão interrompendo qualquer merda que ele ia dizer e me levanto caminhando lentamente pela sala de reuniões.

No centro da sala temos uma mesa enorme com cerca de vinte lugares, mas temos apenas quatro cadeiras ocupadas, eu me sento na cabeceira da mesa e os três conselheiros sentaram-se dois a minha esquerda e o outro a minha direita. A sala tem uma pintura escura e a iluminação deixa o ambiente sombrio.

—Você deve ser referir a mim como senhora Costa ou chefe. Eu sou a sua líder e não dei a você a liberdade de me chamar pelo primeiro nome! —Digo entre dentes e seguro no encosto da sua cadeira. Gregório Romano é um homem baixinho de uns cinquenta anos e sempre foi muito fiel ao meu pai e é ele a tentar me convencer. —Pode parar de gastar seus argumentos, Gregório, eu não volto atrás em minha palavra, todas as proibições se manterão e quem não estiver satisfeito pode sair vivo ou morto.

—O seu pai escutava todos os nossos conselhos, estamos aqui para guia-la na missão de cuidar da nossa família! — Tommaso Romano, irmão mais novo do Gregório, diz calmante. Ele é apenas um peão na mão o irmão e faz tudo o que ele quer.

—Eu não sou o meu pai e vocês não são a minha família.  —Digo firme batendo as mãos contra a mesa. —Talvez eu deva eleger outro conselho, já que os senhores parecem muito reticentes em aceitar a minha liderança. —Olho diretamente para os dois e eles ficam inquietos em suas cadeiras.

—A senhora está certa em suas proibições, essa merda passou dos limites ao ponto te estarmos na mira dos federais! — Alberto Bianchi se pronuncia pela primeira vez desde que essa reunião começou, ele é um homem de quarenta anos e é o único sensato dos três. Ele me ajudou muito desde que se tornou conselheiro, graças a ele eu não morri nas mãos do meu pai quando ele descobriu sobre a minha gravidez. —E se formos sensatos, a nossa maior fonte de renda vem das drogas e das armas. Além do mais os bordeis não serão fechados, as mulheres que lá trabalham apenas o farão por livre e espontânea vontade e mediante um pagamento.

—Isso é um ultraje! —O Tommaso se revolta e eu apenas cruzo os braços assistindo sua crise de histeria. —Onde já se viu uma puta receber salário? Logo as mulheres irão acreditar que são alguma coisa além de buracos para serem fodidos!

—Leone! —Grito e rapidamente a porta da sala de reuniões é aberta e um dos meus homens de confiança adentra o local. —Leve o senhor Tommaso até as masmorras e garanta que ele sinta como é ter todos seus buracos fodidos! —Ordeno me sentando em minha cadeira e bebo calmamente meu vinho ouvindo os gritos de desespero do Tommaso enquanto ele é arrastado para fora da sala. —Onde nós paramos? —Os olhos do Gregório me fuzilam, mas, ele não esboça qualquer reação, ele sabe que se pedir pelo irmão terá o mesmo destino.

—Precisamos falar sobre o seu casamento! —O Gregório diz com um sorriso diabólico nos lábios, apenas para me desestabilizar e só que ele não consegue. —A senhora precisa se casar para garantir seu lugar como líder, não é aceito que uma mulher solteira, ainda por cima mãe, assume os negócios sem um homem para guia-la.

—O melhor seria se você se casasse com o pai dos seus filhos, evitaria que a senhora fosse vista com maus olhos! —O Alberto me olha com pesar. —Alguns dos subchefes tem apresentado resistência a sua liderança devido a esse fato. Um casamento seria bem visto aos olhos de todos e seria uma ótima forma da senhora ser respeitada como líder.

Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora