Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)

Capítulo 12

Boa leitura!

Atena

Eu te amei mais e mais a cada dia desses cinco anos. Eu não queria que a porra dessa frase mexesse tanto com meu coração, mas ela mexe desde a noite passada sua voz ecoa em minha mente. Eu posso dizer aos quatro ventos que odeio o Mariano, só que no fundo meu coração eu sei que é mentira, mentira que eu tento acreditar desde que ele me deu as costas, mas a verdade é que eu ainda o amo como há cinco anos atrás e eu daria tudo o que eu tenho para viver mais um dia ao lado dele, para reviver a experiência que é estar em seus braços e ser amada por ele. Só que as coisas não são tão simples assim, por mais que eu sinta cada célula do meu corpo reagir com a presença dele, algo se quebrou no dia em que ele me deixou, a confiança que depositei nele por todas as aqueles meses se partiu e eu não vou me entregar outra vez a alguém que eu não confio.

Por que todos os problemas tem que vierem ao mesmo tempo? Não estava em meus planos o Mariano descobrir sobre os gêmeos, eu assumir os negócios da família e ser pressionada a me casar e um ataque a minha casa, acontecerem todos ao mesmo tempo. E como se não bastasse tudo isso, agora estou em uma casa no meio do nada com os gêmeos e o pai deles, como se fossemos a droga de uma família feliz. São muitas emoções para administrar de uma vez, preciso organizar os meus sentimentos e priorizar o que importa, que é descobrir quem está invadindo meu território e colocando meus filhos em perigo.

Os gêmeos parecem fazer de tudo para ficarmos os quatro juntos e como eu posso negar isso a eles? Essa experiencia familiar, brincar no tapete da sala, cozinharmos todos juntos, jogos em família. De alguma maneira proporcionar isso aos meus filhos me permiti curar a mim mesma, curar a ausência de uma família na minha infância. Vê-los felizes e tão entregues ao amor de pai do Mariano me enche de paz.

—Alguma notícia de Milão? —O Mariano se senta ao meu lado na varanda enquanto, observo os meus filhos brincando na grama.

—Sim! —Mantenho meus olhos nas crianças porem, seu olhar queimar a minha pele. —Mas, são assuntos que não desrespeitam a você!

—Estamos falando da sua segurança e dos meus filhos! Como posso proteger vocês se não sei o que está acontecendo? —Sua irritação me faz sorrir e eu me viro para ele. —Qual a graça?

—Não preciso que proteja nenhuma de nós! —Olho em seus olhos e vazio que sempre vi neles parece ter sido preenchido, a Nina e o Heitor fizeram isso comigo e agora fizeram o mesmo com o Mariano.

—Não é mais sobre nos dois, Atena, é da vida dos meus filhos que estamos falando, não pode me deixar no escuro apenas para me punir!

—Te punir? Mariano, eu se quer me lembro da sua existência na maior parte do tempo, quanto mais dividir com um soldado, quaisquer assuntos da máfia. Não se sinta tão importante apenas porque é pai dos meus filhos, isso não te dar qualquer direito de se meter nos meus negócios! —Minhas palavras são duras e ele me olha magoado e uma pontada de arrependimento atingi meu coração.

—Você está cada dia mais parecida com ele... —Fecho os olhos diante da sua afirmação. Todas as vezes em que sou comparada com o Franco sinto vontade morrer. Por mais que eu fuja eu não posso negar a minha essência e o sangue que corre em minhas veias, são um monstro como o meu pai.

—Que bom! Ele deve estar orgulhoso! —Me levanto e caminho para longe do Marian, sei que ele não faria mal aos meus filhos e eu preciso ficar um pouco sozinha.

Caminho mata dentro por um longo tempo e paro quando ouço passos perto de onde estou e vozes alteradas me deixam em alerta. Caminho calmamente em direção a elas me escondendo atrás de uma das muitas arvores da propriedade.