Capítulo 24

928 132 3
                                    

Boa leitura! 

Mariano 

Minhas mãos percorrem seu corpo ansiando sentir cada parte dela. Quero que ela sinta com meu toque, com meus beijos o quanto a amo. Quando falta ar em meus pulmões meus olhos se prendem aos dela e é como se o tempo nunca tivesse passado, ainda somos eu e a minha menina.

—O que foi? —Ela sussurra levemente tímida e me arranca um sorriso. —Odeio quando você viaja em sua própria mente.

—Me perdi em seus olhos. —Sorrio galanteador e ela revira os olhos. —Como conseguiu ficar ainda mais linda? —Meu corpo paira sobre o dela, enquanto meus olhos capturam a sua imagem tão entregue a mim. Eu esperei tanto tempo e posso esperar mais um pouco para ama-la da forma com que ela merece, não no chão de um centro de treinamentos. Quero dar a ela um momento único como sempre sonhei em nossos anos presos no inferno. — Vamos viajar em lua de mel?

— Não sei se você percebeu estávamos começando a nossa lua de mel, estávamos na parte que tira a minha roupa... —Ela sorri confusa e eu tomo seus lábios em um beijo rápido e me levanto. — Eu achei que esse joguinho que estávamos fazendo tinha acabado, eu... eu confessei meus sentimentos... —Ela levanta atordoada e me dá as costas.

—Você merece mais do que o chão de uma academia...

—Você não é a porra de um príncipe encantado! Cazzo! Para de tentar agir como um. —Sua fúria me faz sorrir. —Quando eu socar a sua cara com tanta força que você vai perder seus dentes, nesse instante você vai ter motivos para sorri!

—Vamos fazer uma viagem em família, eu, você e os gêmeos. —Falo animado e ela ergue uma sobrancelha me encarando.

—E o que isso tem a ver com sexo?

—Você me pediu para fazermos amor, me deixa fazer as coisas da forma certa dessa vez, como você merece! —Sorrio apaixonado e ela me olha com desdém. — Você pode baixar a guarda? Minutos atrás estava completamente rendida a mim.

—Vamos com os meus irmãos para Veneza, assim as crianças ficam em segurança enquanto, você faz suas bobagens românticas! —Ela decide me dando as costas e eu dou um soco no ar em comemoração. —Se soubessem o quanto você é sensível deixariam de temer você.

—Essa é uma parte minha que apenas você conhece, esposa! —Brinco e acelero os passos alcançando-a.

—Eu fiquei com receio de entrar a academia e os dois estarem nus! —A Alessa diz sorrindo quando passamos pela porta principal da mansão Costa. —Achei que iriam demorar mais.

—Me deem meia hora, vamos com vocês para Veneza! —O mal humor está evidente na voz da Atena quando ela sobe as escadas e todos os olhares se voltam para mim.

—Não vou dar detalhes da minha sexual com a minha esposa para vocês! —Me sirvo de uma dose de whisky. —Servidos?

—Você não tem vida sexual com a minha irmã, maldito! —O Ettore resmunga. —Preciso tratar de um assunto com você, Mariano, em particular! —Confirmo com um aceno de cabeça e sigo em direção ao escritório sendo acompanhado por ele.

—Já imagino sobre o que quer tratar! —Encaro meu cunhado que mantem a expressão fria. —Eu ainda não sei quais são os planos dos irmãos Romano, sinto uma certa resistência em confiarem plenamente em mim, a conversa de hoje foi apenas uma forma de estreitar os laços.

—Acha que o plano deles é tirar a Atena de circulação ou usar você para manipula-la?

—A primeira opção. —Resmungo puxando meus cabelos. —Eu queria arranjar uma maneira de manter a Atena longe de tudo isso, mas ela nunca aceitaria. Eu daria minha vida para tira-la daqui, para fazer com ela deixasse esse fardo de líder da máfia para trás.

—Eu soube que o Alberto é herdeiro direto do antigo capo, aquele que o pai do Franco assassinou! —Sou pego de surpresa pela revelação do meu cunhado. — Acredito que os irmãos Romano são apenas uma distração...

—O Alberto sempre esteve ao lado da Atena, não faria qualquer sentido ele ser o traidor, ele estava com Franco durante anos se quisesse tomar para si algo, ele já teria o feito. —Confio no Alberto, foi ele quem me tirou do Geena, graças a ele pude evitar que a Atena se casasse com um idiota qualquer.

—Você melhor do que qualquer pessoa sabe o que um homem com desejo de vingança é capaz de fazer! —Sinto que suas palavras são direcionadas as minhas atitudes no passado e me pergunto por quanto tempo mais vou pagar por meus erros?

—Cazzo! Você nunca vai confiar em mim, Ettore? —Suspiro frustrado, por mais que tente sempre parecer indiferente com o desprezo de parte da família da Atena em relação a mim, no fundo isso me incomoda, porque gostaria de me sentir parte de todos eles. —Quanto mais eu preciso provar que não sou um inimigo?

Seus olhos azuis e inexpressivos me avaliam por longos minutos e eu bato o pé contra de piso de madeira irritado com seu silencio. De todos os meus cunhados talvez o mais difícil de lidar seja o Ettore e de todos é o que mais me identifico, a escuridão que ele carregava dentro de si, já habitou em mim.

—Por que é tão importante a minha aprovação? —Ele se senta sem tirar os olhos de mim e um sorriso surge no canto dos meus lábios. — Não posso simplesmente, esquecer tudo o que fez a minha irmã.

—Também não pode se esquecer de tudo o que fiz pela Antonella, a sua esposa. —Posso ver a surpresa em seus olhos diante da minha afirmativa. —Não quero sua aprovação, Ettore, quero que sejamos uma família. Não preciso que me lembrem a todo momento os erros que cometi, eu sei cada um deles e paguei um preço alto pelas minhas decisões. Porém, de todos os homens dessa família você deveria ser o que melhor compreende como é agir tomado pela dor.

—Eu sempre serei grato por tudo o que fez pela Antonella, Mariano. —Ele suspira passando a mão em seu rosto. — Atena caiu de paraquedas nas nossas vidas e eu sinto que é meu dever protege-la de tudo que pode magoa-la.

—Eu amo a sua irmã, Ettore. O que peço é que me dê um voto de confiança, apenas isso.

—Me parece um pedido razoável. Podemos dar uma trégua, mas se magoar a Atena... —Ele diz em tom de ameaça.

—Você vai me matar! —Zombo da sua ameaça e um sorriso surge no canto dos seus lábios. —Aceito o acordo! —Ergo a mão em sua direção e ele aperta firme.

—Mas, não somos amigos! —Ele resmunga abrindo a porta do escritório saindo ao meu lado.

—Deus me livre de ter um amigo tão mal-humorado! —Zombo de suas palavras e recebo uma cotovelada no estomago como resposta.

—Fizeram as pazes? —A Donatella diz sorridente nos vendo chegar à sala juntos. —Não ouvimos sons de tiros, posso deduzir que foi uma boa conversa.

—Demos uma trégua, meu querido cunhado decidiu me dar um voto de confiança! —Sorrio animado e ouço o Ettore resmungar ao lado da Antonella que tem um sorriso brilhante nos lábios.

—Achei que tínhamos decidido odiar o Mariano! —O Felipe resmunga, mas posso ver a diversão em seus olhos.

—Não pode odiar o meu papai, tio Felipe! —A minha filha sai em minha defesa e abraça as minhas pernas. —Tem de amar muito ele, encher de beijos e abraços! —Pego a minha garotinha no colo e beijo suas bochechas rosadas.

—Não vou dar beijos nesse barbudo! — O Felipe faz uma careta que arranca risos de todos.

—Pode deixar que Martina faz isso no seu lugar! —Decido provoca-lo. —Não é cunhada?

—Eu vou matar esse cara! —O Felipe diz enciumado arrancando risos de todos.

—Felipe, as crianças!!! —A Martina ralha com ele e o mesmo pede desculpas indo abraça-la.

Partimos todos para Veneza um tempo depois e estou decidido a fazer essa viagem inesquecível para a Atena, vou reconquista-la de uma vez por todas ou não me chamo Mariano Costa! 



Nos proximos capitulos teremos muito romance! 

Comentem e votem! 

Até logo! 

Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora