Capítulo 16

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Boa leitura!

Mariano

—Nos deixem a sós! —Ela diz entre dentes e todos os presentes caminham para fora da sala de reuniões no mais completo silencio. —Que merda você tem na sua cabeça? —Suas mãos batem contra a mesa imponente a sua frente e ela se levanta me encarando cheia de fúria.

—O seu noivo é ou não o homem mais bonito nessa sala? —Provoco-a e um sorriso presunçoso brota no canto dos meus lábios. —Eu disse que não permitiria que outro homem a chamasse de espo... —Antes que possa terminar a frase sinto seu punho se chocar contra o meu rosto fazendo com que dê alguns passos para trás.

—Acha que pode me controlar? —Ela diz entre dentes e sinto a irá emanar dos seus olhos. —Acha que tem algum direito sobre mim? —Sua voz é como um trovão e seu punho me acertar sucessivas vezes e eu tento apenas em proteger, não quero revidar e machuca-la.

—Atena... —Seguro seus braços trazendo-a para perto de mim. —Eu estou tentando te proteger e proteger os nossos filhos. —Uso um tom mais brando e sinto sangue escorrer do meu nariz. Cazzo! Minha menina tem um bom gancho de direita.

Por mais antiquadas que sejam as leis da Máfia Costa tenho que admitir que essa me serviu muito bem. Foram dias procurando por maneiras de impedir que a Atena se casasse com alguém que não fosse eu e em uma conversa despretensiosa com o Alberto, um dos membros do conselho, ele comentou que estavam passando por cima de regra por ele ser a chefe, no momento em que ele me explicou que as mulheres da família são obrigadas a se casarem com o homem que produzisse herdeiros nelas, eu vi a chance perfeita de ter a minha menina de volta.

—Você vai desfazer essa merda! Vai dizer a todos que se equivocou, que achou que era o pai dos meus filhos porque nós dois passamos algumas noites juntos. —Ela ordena e um sorriso divertido surge em meus lábios, ela não sabe como fica sexy com essa postura de dona do mundo.

—Não! —Solto seus braços enlaçando sua cintura deixando seu corpo pequeno colado ao meu. —Por mais dolorosos que sejam seus socos, você precisaria me matar para que eu não me case com você!

—Matar você? —Sua voz de repente se torna suave e seus olhos se encontram com os meus e é como se estivesse sendo enfeitiçado por ela. A Atena me tem em suas mãos e parece saber muito bem disso. —Não teria graça alguma te dar uma morte lenta, eu vou fazer da sua vida um verdadeiro inferno. —Sua boca se aproxima da minha orelha e sua hálito quente me faz arrepiar. —Você tomou a pior decisão da sua vida, Mariano!

—A pior decisão da minha vida foi ter deixado você! Não há nada que dia ou faça que fará com que eu desista de nós! —Encaixo minha mão entre seus cabelos trazendo seus lábios para os meus.

—É mais uma etapa da sua vingança? Quantas vezes eu terei que dizer a você, que não fui eu quem matou a sua família? Quanto ainda eu preciso pagar por ser filha do Franco? —Suas acusações me deixam sem fala. Ela acha que eu estou fazendo isso por vingança? —Se o seu objetivo é se tornar o líder já te adianto que teremos uma guerra, porque eu não vou abrir mão do meu lugar.

—Você não pode estar falando sério! —Me afasto dela e soco a mesa de reuniões com toda a minha fora. — Acha que eu me casaria com você por motivos tão sórdidos? —Suspiro cansado de toda essa merda e ela me encara sem emoção. —Responde, Atena!

—Acho! Essa maldita vingança foi mais forte do que você dizia sentir por mim, Mariano. Foi mais forte do que tudo o que construímos em quase um ano juntos. —Sua voz soa fria como se ela fosse vazia de sentimentos e um medo novo se apodera de mim, medo de ter quebrado a Atena de tal forma que ela jamais volte a ser quem era.

—Não tem perdão para o que eu fiz cincos atrás, mas se você estiver disposta a me dar outra chance de amar você, eu prometo não a decepcionar outra vez. Me dê a oportunidade de cumprir todas as promessas que um dia eu fiz a você, de ser seu marido e pai dos seus filhos? —Não me importo em parecer desesperado, porque de fato eu estou ou de ter que suplicar para que ela me aceite de volta. —Eu ainda me lembro de cada um dos nossos sonhos, a casa na praia, os cachorros e os nossos filhos.

—Você é cruel! —Sua voz é repleta de magoa e me dá as costas como se olhar para mim a machucasse. —Depois de anos sem me procurar aparece aqui cheio de falsas promessas e palavras bonitas, apenas para ferir ainda mais a minha alma. Você quebrou meu coração em milhões de pequenos pedaços e sabe que é o único capaz de cola-los outra vez e se aproveita disso para penetrar a minha vida novo, me fazendo desejar coisas das quais eu não posso ter. —Sua voz está embargada e me sinto o pior dos homens por faze-la chorar. — Eu não posso te dar outra chance, porque eu não confio em você. Todas as vezes que eu olho para você, eu vejo o garoto que me deixou para trás, o garoto que prometeu ser a minha luz no meio da escuridão e que me jogou nas trevas na primeira dificuldade... —Ela se vira para mim e seu rosto lindo está banhado em lagrimas. Lagrimas que foram causadas por mim.

—Atena...

—Não! Eu não quero justificativas ou pedidos de desculpa. Eu mão quero nada, absolutamente nada que venha de você, Mariano! —Suas palavras me fazem dar uns passos para trás. A sua dor me fere a alma. Ela parece destruída como quando aqueles malditos a tocavam e ser o responsável por essa dor me faz desejar uma morte lenta e dolorosa.

—Eu posso fazer você confiar em mim outra vez, posso faze-la me amar de novo. Eu disse uma vez que meu amor bastava por nós dois e eu digo de novo que ele basta. —Seguro suas mãos trazendo-a para os meus braços. —Me deixe consertar as coisas, minha menina, me deixa cuidar de você?

—Esse casamento será apenas um contrato, algo que eu preciso fazer para alcança os meus objetivos. Não sei quais são seus planos ao me reivindicar, mas sinto muito em dizer que eles serão todos frustrados. —Sua voz fria e sem qualquer emoção e me deixa sem fala. — Teremos apenas o título de marido e mulher, mas nunca seremos um casal de verdade. —Ela se afasta do meu toque. —Se analisar bem todo esse circo que você criou não foi de todo mal, ao menos não precisarei casar com um desconhecido e correr riscos improviseis, já que de você eu sei exatamente o que prever.

Ser torturado doeria menos do que essas palavras e eu sei que as mereci, na verdade eu mereço muito mais do que o seu desprezo. E o certo seria deixa-la em paz e sumir da sua vida, mas, eu não consigo fazer o certo. Eu vou lutar por ela até o fim dos meus dias, vou protege-la de todos querem lhe fazer mal.

—Eu não vou desistir de nós, fiz isso uma vez e me custou tudo! —Digo decidido e ela me olha cheia de surpresa. —Pode me odiar, eu mereço isso, mas nunca mais vou deixar de cumprir as minhas promessas e eu prometi que a protegeria de tudo e eu vou fazer isso, quer você goste ou não. —Respiro fundo com os olhos presos ao seus e tento enxergar algo além de desprezo. —Não me importo se você nunca me enxergar como seu marido, eu sempre a verei como a minha menina, a mulher da minha vida. E você pode repetir quantas vezes quiser que me odeia, eu não vou desistir desse casamento, nunca mais vou deixar você ou os nossos filhos desprotegidos.

—Faça o que quiser. A vida sua pode desperdiça-la como quiser. —Sua voz é desdenhosa e ela me avalia por completo. —O casamento será amanhã, vista algo descente e compre as alianças! —Ela sai da sala depois de ditar ordens e eu fico perdido em pensamentos, procurando uma forma de ter o coração de Atena de volta.





Tirem os vestidos do armário, teremos um casamento na máfia.

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Até logo!

Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora