Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)

Capítulo 10

Boa leitura!

Mariano

Tê-los em meus braços é como pisar no paraíso. A solidão que sempre me atormentada se foi agora que eu os tenho. É como se vida tivesse ganhado um novo sentindo, cores mais vibrantes, novos aromas, é uma nova realidade. Eu não sabia da existência deles até poucos meses atrás, mas no instante em que os vi soube em meu amago que eles eram meus e fui arrebatado por um amor tão profundo que me faria ir aos confins da Terra para manter os meus filhos seguros.

—Eu quero saber tantas coisas sobre você, papai! —A minha garotinha diz sorridente quando me sento com os dois no tapete da sala de estar. —Você sempre esteve perto, não é? Espertinho! Bem que a mamãe ficava com aquela carinha de apaixonada com você por perto, lembra que eu te falei, Heitor?

—Lembro! Você só fala sobre isso! — Meu filho resmunga. — Eu disse que mamãe não tem carinha de apaixonada coisa nenhuma! —Ele parece enciumado com ideia de a Atena ser apaixonada por mim e eu acabo rindo da pequena disputa dos dois.

—Com o papai pode, Heitor! —A Nina fica com uma expressão irritada. —Com o papai ela pode casar e todas as coisas, igual as tias.

—Mamãe não é igual as tias! —Ele cruza os braços e junta as sobrancelhas assim como eu faço quando sou contrariado.

—Depois perguntamos a mãe de vocês o que ela acha sobre se casar comigo! —Finalizo a discursão dos dois e um sorriso bobo não sai dos meus lábios, ter uma família com a Atena é tudo o que eu mais quero nesse mundo e vou convencer o meu filho de que sou bom o suficiente para casar com a sua mãe.

—Você ama muito a gente e a mamãe não é, papai? —A Nina segura meu rosto me fazendo olhar para ela e confirmo com a um aceno de cabeça. — A mamãe me disse isso.

Me chuto mentalmente, por ter pensado, injustamente, que a Atena jogou os meus filhos contra mim, pelo contrário ela idealizou neles a figura de um pai amoroso e justificou a minha ausência na vida dos dois. Eu não estive presente nos primeiros anos da vida do Nina e do Heitor, mas de alguma a Atena fez com que eles sentissem a minha presença. Cheguei a essa conclusão, no instante em que os dois se jogaram em meus braços sem qualquer receio, como se já me conhecessem há muito tempo.

—A mamãe disse também, que você sabe fazer muitas coisas, papai, é verdade? Você sabe jogar vídeo game, futebol e todas as outras coisas? —O Heitor me olha interessado e fico meio bobo apenas encarando esses dois anjos que sem saber me tiraram do buraco em que eu vivia.

—E sabe tomar chá da tarde e lutar? —A Nina completa os questionamentos do irmão. —Eu estou no clube de luta dos pequenos Valentes, é o tio Felipe que ensina gente. Você vai me ensinar também, papai?

—Eu não tenho tanto tempo para joga vídeo game, mas você pode me ensinar a jogar filho, eu aprendo super-rápido, já no futebol eu sou muito bom. —Sorrio acariciando seus cabelos tão escuros quanto os meus. O Heitor é uma cópia fiel minha, mas, a Nina apesar de se parecer muito comigo tem algo da Atena nela, talvez o sorriso ou o brilho dos no olhar que me lembra a lua. —E eu acho que sei tomar chá da tarde e sou um lutador tão bom quanto o tio Felipe. —Aperto o nariz da minha garotinha. —Eu vou ensinar e brincar com vocês de tudo o que vocês quiserem!

—Hora de dormir! —A voz da Atena chama a atenção de todos e os meus filhos fazem um olharzinho de quem não quer ir dormir. Nem notei o tempo passando perto deles. —Não adianta me olharem assim...

—Mas, mamãe, eu tenho muitas coisas para perguntar ao papai e eu não estou com sono. —A Nina diz dengosa e coça os olhos deixando claro que ela está com sono.