Boa leitura!
Atena
—Você disse que o Mariano estava completamente fora de si, mas isso aqui é... —Procuro uma palavra para definir a situação quem que a mansão se encontra.
Assim, que nos aproximamos da casa é possível sentir o cheiro fétido vindo do corpo Gregório pendurado na janela do escritório. Onde ficava o centro de treinamentos agora é apenas cinzas e escombros. Moveis de dentro de casa parecem terem sidos jogados pela janela. O cenário é de caos completo.
—Talvez eu devesse ter contado a ele... —O Alberto sai do carro ao meu lado tão estarrecido quanto eu com a forma com que todas as coisas se encontram.
—Talvez? —Resmungo ainda mal-humorada por ele ter permitido que a minha família sofresse a minha morte. — Você vai ter um trabalhão para por tudo em ordem, Capo!
—Engraçadinha! —Agora é o Alberto a resmungar e eu sorrio divertida.
Enquanto andamos em direção a casa todos me encaram como se fosse um fantasma. Posso identificar as mais diversas expressões, alivio, felicidade, medo, surpresa.
—Eu poderia emoldurar uma foto com as expressões de você com a minha chegada. —Sorrio largamente entrando na enorme sala de estar da mansão Costa. Se o ambiente lá fora estava caótico aqui dentro está um verdadeiro cenário de guerra. Tudo revirado o piso sujo de sangue e um cheiro horrível por toda casa. —Na minha época essa casa cheirava melhor!
—Atena? — O Leone me olha pálido e dá alguns passos para trás. — Como a senhora sobreviveu? Quer dizer, que bom a senhora sobreviveu.
—Seria sorte ou azar você não ser mais um problema meu? —Caminho lentamente em sua direção. —Quem vai lidar com ratos como você é o novo capo!
—O Mariano? —Ele se faz de desentendido e sinto um certo ao alivio dele por saber que seu acerto de contas não será comigo. — Sei que não adianta eu me justiçar, você parece saber de tudo.
—Que você traiu a minha confiança? Que tentou me matar duas vezes? Não precisa mesmo!
—Eu não tentei matá-la, apenas passei sua localização para os Gregório. Não era justo você liderar a nossa organização, você sempre foi o elo fraco dessa casa, nunca foi nada pessoal... —Interrompo seu discurso medíocre socando seu maxilar.
—Meu problema com você também não é pessoal. —Sorrio docemente enquanto, os homens do Alberto seguram o Leone. —Para você ter certeza de que não é pessoal eu vou deixar o novo capo decidir sua punição. Ah! Já estava me esquecendo de apresenta-lo, Alberto Bianchi é o novo capo da máfia Costa.
—Me mata! —O Leone grita desesperado me fazendo gargalhar. —Deixe que o Mariano me mate. —Seu pavor me faz gargalhar, Alberto Bianchi é absurdamente cruel em suas punições, ele usa métodos muito antigos. Já tive o prazer de assisti-lo interrogando alguns homens, confesso que naquele dia eu invejei seu sangue frio. Apesar de ser impiedosa, meu temperamento intempestivo me faz perder a paciência muito rápido.
Ouvi dizer que o Mariano aprendeu tudo com o Alberto, mas que assim como eu deixa a emoção guiar seus atos. A prova disso é forma como essa casa se encontrar após ele achar que eu tinha morrido.
—Meu caro, porque todo esse medo de mim? —O Alberto diz tranquilo tragando seu charuto. —Nós dois nem começamos a nos divertir ainda. Levem-no para a minha casa! —Ele ordena aos seus soldados e se volta para mim. —O seu marido está no quarto de vocês, os membros da sua família que estavam aqui voltaram às pressas para Veneza porque a sua irmã Alessa teve o bebê.
—Obrigada, Capo! —Olho em seus olhos sorrindo grata.
—Essa casa sempre será sua, bambina! Agora eu preciso colocar as coisas em ordem! —Ele sai ao lado dos seus soldados e quando os perco de vista que decido subir as escadas e encontrar o Mariano.
Paro na porta do quarto e sinto meu coração bater frenético e milhões de borboletas decidirem fazer festa no meu estomago. Fico longos minutos apenas observando-o e ele parece devastado. Roupas sujas, barba por fazer, olheiras profundas e algumas garrafas vazias e bitucas de cigarro espalhadas pelo quarto.
O que deveria me causar pena, me causa raiva. Eu não acredito que ele se entregou dessa maneira ao luto. Os gêmeos perderiam a mãe e o pai? No estado em que o Mariano se encontra ele parece mais morto do que eu.
—Quer dizer que se eu morrer, você vai se enterrar junto? —Minha voz ecoa como um trovão pelo quarto. —Há quantos dias não toma banho, Mariano? Não faz a barba? Não troca de roupa?
—Finalmente o álcool fez efeito e você apareceu! —Ele diz sorrindo completamente bêbado. —Que demora, Atena! Eu matei todos eles e você não voltou, destruir a casa procurando por você e nada, mas eu sabia que o whisky a traria de volta.
—O que? —Olho para ele completamente confusa e sinto minha paciência por um fio.
—Não vou tentar te abraçar dessa vez, porque você some! —Ele rir sozinho e volta a levar a garrafa vazia até a boca. —Garrafa errada! —Ele se levanta com dificuldade.
—Cazzo! —Praguejo e o pego pelo braço arrastando até o banheiro, o Mariano se encontra tão bêbado que eu não tenho qualquer dificuldade em dar banho nele, fazer sua barba e escovar seus dentes, por exceção do seu peso todo sobre mim e das dores em meu corpo por conta do acidente.
Quando o coloco deitado na cama eu suspiro exausta me deitando ao seu lado, enquanto ele ressona tranquilo. Sinto meu coração doer ao imaginar toda a dor que ele sentiu. Quando nos separamos a dor de perde-lo me fez desejar morrer, o que manteve sã foi a descoberta da gravidez, porque de alguma forma eu sempre teria uma parte dele por perto. Mas, o que ele sentiu imaginando que eu tinha morrido, dio! Eu devia matar o Alberto.
Me levanto e procuro pelo celular do Mariano e o encontro jogado no canto da cama. Disco o número da minha mãe e sinto as mãos geladas ansiosa para ouvir a sua voz.
—Mariano, finalmente! Não atendeu nenhuma das minhas ligações, querido! Eu quero que venha para casa. —Sua voz sempre dócil faz com os meus olhos se encham de lagrimas.
—Prometo que logo estaremos em casa, mamãe!
—Atena? Filha é você? —Ela parece desesperada e eu ouço burburinhos ao seu redor.
—Eu preciso que todos vocês fiquem calmos e não chorem mais a minha morte, estou mais viva do que nunca! —Falo sorrindo e chorando ao mesmo tempo. —Prometo explicar tudo em breve!
—Irmã? Atena é você? —A voz do Ettore ecoa do outro lado me fazendo sorrio. Posso ouvir ao fundo as minhas irmãs pedindo para falar comigo.
—Sou eu, maninho! Não foi dessa vez que se livraram de mim!
—Eu estou indo te buscar agora! Onde você está? —Ele diz urgente.
—Não precisa vir, eu estou bem. É uma longa história para ser contada por telefone, eu liguei apenas para vocês soubessem que eu estou viva e logo estarei em casa.
—Você tem até o fim do dia para chegar em casa, mocinha! —Agora é a vez da Alessa falar ao telefone. —Eu vou arrancar a sua orelha!
—Parabéns pelo bebê, estou ansiosa para conhecer o Miguel!
—Que bom ouvir a sua voz, irmã! —A Donatella diz chorando. —O Mariano já sabe?
—Estou esperando-o acordar para irmos! —Sorrio. —Obrigada por ter cuidado dele.
—Não demora! —A Martina grita de longe. —Ou eu vou chutar a sua bunda!
Uma gargalhada escapa por entre os meus lábios e sinto meu coração leve em saber que finalmente poderei viver ao lado da minha família sem o peso que a Máfia Costa sob meus ombros.
E o Mariano se encontra em coma alcolico hahaha
Comentem e votem!
Estamos nos ultimos capitulos, pronto para dizer adeus?
Até breve.
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Atena - Serie Irmãos Valente (Livro 5)
RomanceO que todos acreditavam serem quatro irmãos, se transformou em cinco. Uma nova integrante surgiu na Família Valente. Agora são cinco irmãos que foram obrigados a viverem separados para se manterem a salvo. Apesar de distante eles são capazes de tudo...