Capítulo 13

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⚠️ALERTA GATILHO⚠️



Meredith



Ok, a ideia da Cristina foi maravilhosa mas não funcionou. Minha vontade de cometer pecados com meu cunhado não passou, só aumentou. Oh Meu Deus, eu beijei Derek! O meu Derek! O Derek que me cuidou desde criança! O marido da minha irmã! Me sinto enjoada ao mesmo tempo que me sinto sobre as nuvens. O jeito que ele me beijou...eu nunca fui beijada daquela maneira, tão carinhosa. Cada vez entendo mais porquê Addison se apaixonou por ele.

-Pode pegar essas toalhas e eu vou achar algo pra você poder dormir.- disse me entregando duas toalhas brancas e vasculhando seu roupeiro. Depois que nos separamos (com muita dificuldade, inclusive) não nos tocamos mais, mas meu corpo formigava por ânsia de tê-lo mais uma vez.- Tenho uma camiseta que fica grande em mim e que eu quase nunca uso, em você vai ficar enorme. Acredito que deve ser confortável. Mas se quiser posso pegar algo de Addie.- acho que seria muita cara de pau minha depois de trair minha irmã com seu próprio marido, ainda por cima usar suas roupas.

-Por mim pode ser.- dei de ombros. Enquanto ele pegava a camiseta azul escuro e me entregava também, foi então que vi no seu roupeiro algo antigo que eu achava que tinha sumido a muito tempo, fazendo um angústia enorme surgir no meu peito e minha respiração acelerar.

-Achei que tinha pedido pra você jogar fora aquilo.- falei séria olhando o cavalo de pelúcia cor de marfim. Ele já foi branco um dia.

-Desculpe, você era tão apegada nele que quando me pediu para sumir, eu resolvi guardar. Achei que pudesse querer de volta algum dia.- sorriu o pegando e tentando me entregar, mas eu desviei o olhar e lhe dei as costas.

-Vou pro banho.

-Tudo bem?- ouvi sua voz receosa enquanto fechava a porta. Apenas assenti.

Enquanto tomava meu banho, tentava não pensar nas lembranças horríveis que aquela pelúcia me trazia.

Dez anos antes - Derek 29, Meredith 8


-Oi, gatinha!- ouvi aquela voz que não gostava. Desde que os parentes da Flórida da mamãe e do papai começaram a todos os anos vir nos visitar, ele sempre vinha junto. O Tio Nathan era legal comigo, me trazia doces e brinquedos mas eu não gostava das coisas que ele me fazia fazer.-Trouxe um presente pra você.

-Qual?- me levantei do tapete que brincava para me aproximar dele na porta do meu quarto, olhando curiosa para as mãos que ele escondia atrás de si.

-Isso aqui.- se abaixou na minha altura e revelou um cavalo branco de pelúcia, com a crina cor de caramelo. Ele tinha um sorrisinho de lado e as bochechas vermelhas, muito fofo. Eu amava cavalos. Abri um sorriso enorme estendendo os braços para pegar, mas ele puxou para mais perto dele.- Como que se diz?

-Obrigada.- ele sorriu mas ainda não tinha me dado o brinquedo. Ele sempre fazia isso. O sorriso que eu tinha no meu rosto sumiu quando eu vi seus olhos me olharem do jeito que me dava medo.

-Eu ficaria muito feliz se você fizesse uma coisa pra mim. Sabe, pra agradecer o presente.- se levantou e pôs o cavalinho na parte de cima da minha estante, onde eu não alcançava.

-Mas...eu não quero. Não gosto disso.- senti meus olhos encherem de lágrimas vendo que o presente que eu tanto amei teria o mesmo preço dos outros.

-Vem, é rapidinho.- me estendeu a mão e olhou para porta do meu quarto. Estavam todos na sala. Dei a mão para ele que me guiou até o banheiro que tinha no meu quarto. Ele fechou a porta e aquele sentimento de medo, vergonha e vontade de morrer se apoderou de mim.- Lembra que não pode contar nada né? Seus pais não gostariam de saber o que você anda fazendo comigo.- suas mãos foram parar no seu cinto, o soltando junto com o botão da sua calça.

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