Praia.

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Dois dias depois

Eu acabei de levar Brooke e Brady ao aeroporto, acontece que o Brady teve que viajar pra outra cidade pra buscar o primo mais novo que tinha acabado de chegar de intercâmbio do Canadá, a mãe dele pediu pra que ele fosse, e ele chamou eu e a Brooke, porém, eu não sou cega e muito menos burra, eu sei que tá rolando alguma coisa entre eles, então eu fingi ter coisas pra fazer aqui, e deixar eles irem a sós, sem eu ou Mason pra atrapalhar, um tempo só pra eles dois, eles vão passar apenas o final de semana lá, e voltam, então vai ser tranquilo, além do mais, o Mason tá sempre no "trampo" então eu fico a maior parte do tempo sozinha.

- De noite vem, de manhã vai, e todos querem saber quem é, quem é ela ai ai ai ai, quem é ela ai ai.. - Eu cantava enquanto dirigia de volta pra casa.

Chego em casa, estaciono o carro na garagem, carro esse que não era meu, e sim da Brooke, mas que ela deixou comigo até contar de viagem, entrei em casa e me deparei com Mason sentado no sofá com seu cigarrinho do capeta no canto da boca.

- Achei que estaria no trabalho a essa hora.

Mason: Eu tirei folga esses dias, só volto na segunda.

- Ah sim, entendi.

Mason: Quer fazer alguma coisa agora ? Sair ? Ver um filme, não sei.

- Vamos a praia.

Mason: Mas são 21 horas.

- Eu sei, já tentou ir a praia de noite, sentir o vento frio batendo, bagunçando o cabelo.

Mason: Achei interessante, bora lá.

Saímos de casa e fomos até a praia no carro do Mason, no meio do trajeto fomos ouvindo Guns n' roses, eu amo rock e Guns é tipo, o auge do auge.
Nos sentamos na areia, a praia estava vazia, não tinha ninguém, do jeitinho que eu gosto, ficamos fitando o mar em silêncio, um silêncio recofortante, até que eu resolvo quebrar o silêncio.

- Sabe, eu não odeio você, não mais.

Mason: É? E o que te fez mudar de ideia sobre mim ? - Ele acendia o baseado novamente.

- Eu não sei, parece que você mudou bastante desde a última vez que nos vimos.

Mason: Você também mudou bastante, tá menos chatinha. - Ele ri e eu pego o baseado da sua mão.

- Não me faz mudar de ideia sobre você de novo. - Dei um trago e solto a fumaça devolvendo o cigarro pra ele.

Mason: Longe da minha pessoa querer que você volte a me odiar. - Ele sorri e me olha, eu só reparei agora em como seus olhos eram tão chamativos e em como seu sorriso era tão atraente, mas que porra que eu tô pensando ? Mason se aproxima arrumando meu cabelo que tinha sido bagunçado pelo vento da praia. - Você fica ainda mais linda a luz da lua.

- Não começa com esses seus jogos de provocado, Mase.

Mason: Não estou jogando com você, eu tô falando a verdade, você não percebe que eu tô me sentindo atraído por você já tem um tempo ? Já tem um tempo que eu realmente quero beijar você, mas você tá sempre se esquivando, me evitando, fugindo disso, eu não sou a pessoa mais especializa em leitura corporal do mundo, mas eu sei que você também quer.

- Não, eu não quero...você que deduziu isso. - Mentira, eu queria sim, eu só não sei porque eu fugia tanto desse sentimento.

Mason: Você mente muito mal. - Ele sorri e dá mais um trago no baseado soltando a fumaça em seguida, ele ficava cada vez mais atraente.

- Eu não estou mentindo.

Mason: É claro que tá, você sempre olha pra baixo quando mente, eu convivi tempo o suficiente com você pra saber disso.

- Então você repara em mim a muito tempo, em Thames. - Eu sorrio convencida.

Mason: E quem não repararia ? - Ele me olha nos olhos com aquele sorrisinho que roubava completamente a minha atenção e fazia com que eu perdesse meu foco.

Eu não consegui falar mais nada, Mason também não disse mais nenhuma palavra, apenas se aproximou cada vez mais de mim, jogou o baseado pro lado, colocou uma das mãos em meu rosto, eu fechei meus olhos e senti seus lábios roçando os meus e em seguida se aprofundando em um beijo calmo e sereno assim como as ondas do mar aquela noite, coloquei minhas mãos em sua nuca puxando alguns fios com cuidado. Fui deitando meu corpo por completo na areia e Mason colocou seu corpo por cima do meu, apoiando seu peso em suas mãos, uma de cada lado do meu corpo, sua boca me trazia arrepios e conforto ao mesmo tempo, era uma sensação de alívio, depois de tanta tensão entre nós, finalmente estávamos ali.

Pov Mason

Eu sentia borboletas em meu estômagos sentindo o gosto do seu beijo, finalmente eu consegui o que tanto almejava naquele momento, eu queria a boca daquela garota a tanto tempo, finalmente uma brecha, eu acho que estava enlouquecendo aos poucos perto dela, quando o ar se fez ausente para nós dois, me afastei da S/n e deitei ao seu lado olhando pra mesma fixamente.

- Você não faz ideia do quanto eu queria isso.

S/n: Eu achava que não precisava...ou que não queria, mas depois disso, o alívio foi enorme.

- Então não era só ódio ?

S/n: Parece que não, Mase.

- Será que eu posso ganhar mais um beijo, então?

S/n: Deixe-me pensar, é, pode, pode sim.

Novamente nos beijamos, na verdade, aos que querem saber, ficamos naquela praia por horas, apenas matando a vontade que ambos tinham, não sabíamos quando começou a surgir esse interesse um no outro, mas agora é isso, eu finalmente consegui, e não foi só porque eu acho ela bonita, ou gostosa, não tem nada a ver com isso, independentemente do seu belo visual, não é quesito do seu corpo bonito e escutural, sei separar o que é sentimento do que não passa de atração carnal.

O irmão da Thames - Mason ThamesOnde histórias criam vida. Descubra agora