Em Dívida

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- Você tá feliz com tudo isso?! Agora minha mãe sabe que eu sou gay e nós estamos tendo que dividir esse quarto... Agh, você não vai parar de dividir quarto comigo, não? - Reclamei, retirando minha camisa enquanto andava de um lado para o outro ao redor da cama.

- Primeiro, claro que eu estou feliz, segundo, sua mãe sempre soube e terceiro... Eu vou parar de dividir quarto com você quando te matar. - O menor respondeu, se jogando na cama me observando. - Ui, eu adoro seu corpo.

- P-para... - Tapei meu corpo com os braços e Kunikuzushi riu de mim.

- Para que toda essa vergonha? Vem aqui, me deixa tirar sua timidez e conhecer mais partes de você.~ - O rapaz abriu os braços e as pernas, e suspirei observando seu corpinho. - Se encaixa aqui Kazuha.~

- Você deveria se arrumar, a festa vai começar daqui a pouco. - Falei, jogando a minha blusa na cara do idiota azulado.

- Você sabe que eu me arrumo em segun... Oh! - Ele se levantou da cama em um pulo, agarrando minha camisa. - Eu tive uma ideia.

-... O que? - Tenho medo do tipo de ideia que esse cara pode ter.

O rapaz andou até mim, me observando de cima a baixo, até colocar a mão no meu peito acariciando com cuidado a marca azulada.

- Eu amo como a minha obra de arte ficou no seu corpo. - Do nada senti um arrepio no meu corpo inteiro, me fazendo levar um susto e soltar um pequeno gemido. - Sabe para que serve?

- N-não... - O rapaz passou as garras ali, apertando meu mamilo com os dedos. - A-ah K-kuni...

- É uma marca que representa que você é minha comida, nenhum outro demônio pode tocar em você. - O garoto se aproximou mais, me mandando um beijinho no ar. - E também... Aumenta a sua sensibilidade ao meu toque em específico.

- P-por Agh~ P-por isso q-que.~ - Senti minha voz falhar e meu corpo formigar enquanto o rapaz brincava com o meu mamilo.

- Que você está tão submisso a mim? É, é por isso mesmo. - Ele me abraçou, tocando em toda a minha pele.

Respirei fundo olhando para cima enquanto sentia a respiração de Kunikuzushi contra o meu pescoço, e as suas mãos desciam até a minha bunda a apertando.

- Certo, já me diverti. - O rapaz levantou as mãos, me abraçando com força.

- Hm...? - O olhei confuso, mas ele não se moveu, apenas parado me segurando.

-... O que você acha que eu sou? - Perguntou em um tom de voz baixo.

- Bem... Você é... - Movi minhas mãos, colocando uma na cintura de Kunikuzushi e outra na sua nuca de maneira carinhosa. - Um gato.

-... O que? - Disse irritado, e sorri levemente.

- Você demonstra o seu carinho de um modo único, gosta de brincar com a cabeça dos outros, é agressivo com quem não conhece, adora ser reconhecido pelas cosias que faz, odeia precisar da ajuda dos outros... Você também é bem solitário mesmo parecendo alguém extrovertido. - Comentei, acariciando a cabeça do rapaz.

Eu não estava vendo seu rosto, mas tenho certeza que senti uma respiração no meu pescoço e o rosto dele formar um sorriso, talvez seja só impressão minha.

- Você Kazuha, é uma flor. - Comentou.

- Por que?

-... É a bela flor do meu jardim que parece sempre calma e estática de uma maneira poetica e gentil mesmo sem falar nada. - Ele disse.

- Ah você inventou isso agora.

- Hey, você também inventou aquilo agora.

- Sim, mas gatos realmente agem daquela forma, flores não. - Sorri o provocando, e o rapaz me agarrou com força.

Sonho PecaminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora