Tour Pelo Campus

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Certo, é só pegar o celular do Kazuha... Hehe, aquela gracinha tá aí dentro, nem posso acreditar que o Kazuha deixou alguém como ele.

Arrumei meus cabelos e me olhei no reflexo da tela do celular rapidamente, preciso causar uma boa "primeira" impressão afinal. Nos vimos na festa mas foi só brevemente e no escuro, não deu para marcar muita coisa.

Abri a maçaneta da porta, e me deparei com o rapaz sentado na cama de Kazuha em posição de indiozinho, lendo um caderno igual uma criança, completamente vidrado.

Aquilo de certo modo me ergueu uma bandeira vermelha imediata.

— Hey! O que pensa que está fazendo? — Reclamei, e o rapaz se assustou me olhando.

— Oh... O rapaz da noite passada, deve ser amigo do Kazuha. Eu que te pergunto, o que faz no meu quarto? — Ele cruzou os braços, tentando se fazer de dono da razão, o que me irritou imediatamente.

— H-hey, primeiro que eu só vim buscar o celular do Kazuha, por que você está mexendo nas coisas dele sem permissão?! — Avancei no quarto indo até a frente da cama e observando o rapaz que me olhava com desdém.

— E-eu... — Seu rosto mudou de expressão para algo tímido e sínico. — S-só... Kazuha está me dando um gelo por causa da verdade que ele teve da noite passada, eu queria achar algo que ele gostasse para puxar assunto... É tão difícil ser novo em um lugar.

—...

Eu reconheço alguém que está mentindo bem facilmente, e esse cara tem cheiro de mentiroso. Me arrependo profundamente de ter achado que o Kazuha estava daquele jeito por ser doce e gentil demais para aguentar um pouco de putaria.

— Sim, eu entendo... É realmente bem difícil ser novo em um lugar, mas Hey, não precisa se rebaixar ao nível de invadir a privacidade alheia. — Peguei o caderno das suas mãos, vendo o rapaz diminuir o sorriso em desgosto. — Se você realmente gosta do Kazuha, eu posso te ajudar a conquistar ele, que tal isso invés de mexer nas coisas dele?

—... Claro, você está certo... Me desculpe, eu fui tão impulsivo. — Falou de modo doce, apontando para a pilha de bagunças no chão. — O celular do Kazuha deve estar por ali, ele largou tudo desse jeito ontem a noite.

— Haha Ai ai esse Kazuha... — Sorri de canto, indo até às coisas dele.

Talvez eu devesse arrumar essa bagunça para ele, vamos ver... Poemas, Haikus, desenhos, livros, cadernos velhos, algumas roupas.

— Hmm... — Ouvi o rapaz se levantar da cama de Kazuha.

Eu me abaixei, catando folha por folha dos poemas jogados pelo quarto, Kazuha não é alguém desorganizado, ele só deve estar sem espaço para colocar essas coisas todas.

— Você é próximo do Kazuha? — O rapaz perguntou, enquanto retirava sua camisa azul clara do pijama.

— Sim, meu nome é Heizou, é um prazer conhece-lo, Kunikuzushi? — Comentei, enquanto deixava o monte de folhas em um canto e começava pegar os cadernos.

— Sim, Kunikuzushi. — O rapaz estava desconfortável com a minha presença, me pergunto qual é a dele.

Ouvi passos atrás de mim, e me virei vendo o rapaz bem próximo me deixando desconfortável.

— O que foi? — Falei, e ele se abaixou ficando bem próximo de mim e me fazendo corar um pouco. — H-hey!

— Quão próximo do Kazuha você é? — Ele segurou meu queixo, me fazendo me afastar para trás.

— Que porra é essa?! Somos amigos, ok?! — Ele se aproximou mais, me fazendo cair de costas nas coisas de Kazuha. — Agh...

— Humf... — O rapaz bufou, cruzando os braços irritado. — Aqui está o celular.

Sonho PecaminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora