Felicidade da Libertação

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— Seu nome é Venti, certo? — Perguntei, assim que a pessoa do outro lado da linha atenção.

—... Quem é? — Falou levemente irritado. — Esse é o celular da Yae Miko, quem é você e o que pensa que está fazendo com o celular dela?

— Quem eu sou realmente importa?

— Sim, porque se for o Kunikuzushi... Eu estou feliz de falar pela primeira vez com o meu sobrinho! — Falou animado. — Oh sua peste, me conta como roubou o celular dela?

— O que?! Ah claro, a família de consideração é maior do que eu imaginava pelo jeito. — Cruzei os braços irritados, e em seguida senti um arrepio passar pelo meu corpo.

— O que pensa que está fazendo pivete? — A voz de Yae Miko veio de trás de mim, e senti o cu fechar ao ponto de não passar nem wi-fi.

— E-eu... Ah bem... Você não estava dormindo?!

— Você tentou me dopar mas advinha, drogas não fazem efeito num Youkai. — Cruzou os braços, e eu ri igual besta quando a mulher puxou o celular da minha mão. — Vai dormir, peste.

— Puf, nojenta, chata, velha. — Sai reclamando, enquanto a mulher colocava o telefone na orelha.

Ah ela ainda me paga.

* * *

— Hey Kuni, porque você anda sumindo esses dias? — Kazuha questionou, comigo sentado em seu colo.

— Hmm... Não é nada, não se preocupe. — Sorri de leve, enquanto minha cabeça doía.

Eu estava com uma dor de cabeça horrível hoje desde que voltei para o quarto de Kazuha, e com muitas dúvidas como: Quem é Venti?

Ele me chamar de sobrinho não prova nada, a minha mãe só tem a Makoto como irmã de sangue, eu considero a Nahida como uma tia ou irmã mais nova, mas é por conta do convívios que tivemos e o jeito que ela cuidava de mim mesmo sendo mais nova, eu... Gosto muito da Nahida.

Eu gosto da Tia Makoto também, embora o jeito muito pacífico me irrite um pouco, eu gosto da minha mãe embora o jeito duro dela faça com que a gente seja bem distante às vezes... E eu gosto da Yae Miko, não tem mais complementos, eu só gosto dela mas não o suficiente para me importar tanto.

Agora a Raiden Shogun... Eu nunca vou me dar bem com a minha irmã, não importa o quanto eu tente.

— Kazuha... O que vamos fazer hoje? — Questionei. — Eu estou entediado.

— Na verdade, eu não sei, que horas são? — Ele perguntou, pegando o celular no bolso. — Nossa, 18:40 já...

— Kazuha... — Apoiei a mão no peito do rapaz, e meu rosto no seu ombro, sentindo o seu cheiro delicioso pelo quarto. — Eu queria que você me tocasse...

— Oh, você está um pouco carente, não está? — Questionou, acariciando minha cintura enquanto eu me esfregava em seu pescoço.

— Estou... Estou muito carente, e com muita dor no coração também. — Falei com a voz manhosa. — Por favor, me atiça só um pouquinho, não precisamos transar de verdade.

— E-eu não sei se tenho auto controle o suficiente para simplesmente te tocar sem continuar o serviço... — Respondeu, e eu deslizei a mão pelo seu peito, até sua intimidade.

— E se for o contrário? Eu posso te atiçar...

— E-eu também não sei se isso adiantaria... Ah! — O rapaz se surpreendeu, quando coloquei a mão por debaixo do seu shorts agarrando o que me pertence. — Kuni!

— Sabe... É maior do que parece, mas não é tão impressionante também. — Comentei acariciando. — Mas com certeza deve ser delicioso, e se eu arrancar fora?

— K-kuni esses pa-pah... Ahgah... — O rapaz tentou falar, mas começou falar em meio a gemidos. — S-suas falas... V-você E-esta bem?!

— Nem um pouco... Eu estou com fome Kazuha, eu estou com tanta fome... — Virei o rapaz na cama, descendo até o centro das suas pernas. — Com MUITA fome.

— K-kuni não! — Kazuha chutou meu rosto, me fazendo desequilibrar um pouco.

Senti minha cabeça girar novamente, o que eu estava fazendo...? Ah...

Olhei para Kazuha, o rapaz já estava fora da cama e eu nem percebi, ele foi até sua bolsa, eu não sei o que deu em mim, mas pulei em cima dele novamente o derrubando contra o chão.

— ME SOLTA! VOCÊ NÃO ESTA BEM DA CABEÇA! — O rapaz tentou me socar, mas segurei sua mão.

— Estou bem! Estou bem! J-ja passou Kazuha ahhahajajakak p-por favor me deixa ficar perto de você! Hahahaha E-eu te amo! — Falei em desespero, e o rapaz me olhou espantado, tentando puxar sua mão. — KAZUHA EU TE AMO, NÃO FUJA DE MIM KAZUHA!

— KUNI VOCÊ NÃO ESTÁ PENSANDO DIREITO, ME SOLTA! — O rapaz deu uma joelhada na minha barriga, me fazendo soltar seu braço.

— Ah... — Coloquei as mãos na barriga, e Kazuha se arrastou até a mochila.

Quando me virei para ele, o rapaz esticou uma espada em minha direção, me fazendo fazer ficar paralisado.

— E-EU NÃO VOU RECUAR, SE VOCÊ AVANÇAR MAIS EU VOU TE MATAR! — Ele gritou, e senti meu peito doer.

— Você me mataria, Kazuha? — Falei de modo manhoso. — Então... Você era só mais um mentiroso traidor? Eu pensei que me amasse...

— N-não, não é isso... E-eu... — O rapaz falou tremendo, observei as mãos trêmulas abaixarem a espada, e aproveitei a chance para me teleportar para trás do rapaz.

— Há, grande idiota. — Tentei o agarrar, mas Kazuha desviou, rápido como o vento.

— Pare de usar meus sentimentos contra mim! — Falou, enquanto desviava dos meus ataques com lágrimas escorrendo dos seus olhos. — VAI EMBORA, VOCÊ PRECISA RECUPERAR A CABEÇA, POR FAVOR EU NÃO QUERO TE MACHUCAR!

— EU NÃO PRECISO RECUPERAR NADA! — Eu avançava, e o rapaz simplesmente se defendia, batendo a espada nas minhas garras várias e várias vezes, mas estava chegando mais perto da parede.

O rapaz bateu suas costas contra a parede, e quase derrubou a espada no chão, Kazuha olhou ao redor cercado, comigo à sua frente.

— Olha só... — Lambi os lábios, vendo o rapaz assustado chorando e tremendo na minha frente. — O jantar está servido, e parece tão delicioso quanto eu queria.

— P-por favor... — Avancei para cima do rapaz sem pensar muito, sentindo a lâmina perfurando meu peito. — E-eu te amo...

Olhei para baixo, vendo a espada de Kazuha atravessada, e minha cabeça parecia ter voltado ao lugar, eu sou Raiden Kunikuzushi, um demônio amaldiçoado e faminto.

— Eu... E-eu te m-machuquei...? — Perguntei, sentindo o sangue escorrer pelas minhas roupas.

— U-um pouco... — Kazuha respondeu, segurando a lâmina com força. — V-você voltou?!

— A-ah... Haha... Gah... — Cospi sangue nas roupas de Kazuha, caindo para frente em seu colo.

— K-kuni...

— Vamos ser... A-ah... Sinceros era... Era só... Q-questao de tempo a-até algo assim a-acontecer... — O rapaz chorava, me abraçando com força.

A única coisa que eu ouvia era o choro de Kazuha ecoando pelo quarto, eu não sabia nem como estava o meu estado... Por que eu recobrei a consciência? Ser morto por quem amo também quebraria a maldição? Hm... Eu deveria ter descoberto isso antes...

Senti meus olhos caindo e fechando aos poucos, enquanto Kazuha me agarrava com força, talvez tenha sido melhor assim, eu nem queria viver mesmo...

— E-eu te amo.... Eu te amo! E-eu te amo tanto... — Kazuha falava, e eu não tinha mais forças para mover meu próprio corpo direito.

— O-obrigado... — Falei. — E-eu só queria... Morrer...

O rapaz chorou ainda mais e mais, e abri um sorriso, então essa é a sensação de liberdade? Estranho, achei que fosse mais feliz...

Sonho PecaminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora